Este post já vem com atraso, mas mesmo assim acho que vale a pena colar a citação que me fez pensar. Li-a no artigo «O Papa que morreu perto», assinado por Graça Franco no Público de segunda-feira (4 de Abril) e reza assim:
«Durante todo este tempo o Papa insistiu em recordar ao mundo que as vidas valem a pena ser vividas, desde o seu início e até ao seu final, e podem apagar-se serenamente como velas, numa entrega fiel ao criador.»
Gostei da imagem. Mas a vida, por vezes, tem demasiado vento para poder permitir um apagar sereno. Mesmo para quem faz questão de a viver até ao fim!
quinta-feira, 7 de abril de 2005
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6 comentários:
E até no teu final, o Papa é exemplo.
que imagem bonita el bravinha "a vida tem demasiado vento"... desde que não seja o de um furacão senti-lo na face pode dar-nos um prazer enorme... talvez seja necessário a ventania para nos sentirmos mais frescos e renovados no dia seguinte
já agora...adorei a música que vcs têm no blog... que saudades dos amigos de gaspar... ó toia toia soia...lol
Concordo. Um apagar sereno é cada vez mais raro. Só se morrermos a dormir, e, mesmo assim, é necessário que não tivéssemos sofrido muito antes com doençazinhas morosas... A ciência desiludiu-me muito - prolonga a vida das pessoas, mas não lhes retirou os sofrimentos brutais do fim da vida e de doenças várias, sobretudo neurológicas e incapacitantes.
Um vento leve pode, de facto, ser refrescante. Mas as tempestades só são proveitosas para quem as pode observar de fora e não sofre os seus efeitos mais devastadores.
[A windy night is reserved for each one of us
"qual de nós não teve o seu Inverno"]
Este roubei eu ao Carlos do Ilhas porque me pareceu bastante oportuno para dizer que não é só esse momento que conta, são todos os "do durante". Pode não restar nada mas paradoxalmente fica tudo.
Já agora passem lá e leiam o poema que está muito bonito.
ps: Carlos, espero que não se importe pelo roubinho.*
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