segunda-feira, 31 de janeiro de 2005

Sophia... O nome que diz tudo.

Já que estamos em troca de galhardetes, deixo-te o meu preferido da minha preferida.

Não encaro a Liberdade como Pessoa, não me identifico em nada. É-me simples optar pelo não-fazer quando assim o entendo (e não pela má-fé de Sartre), mas o importante é saber quando escolher não-fazer e mais importante ainda, creio, é escolher fazer. E uma escolha envolve sempre uma vontade autónoma, que é o que é preciso.

A Liberdade, a mim, ensina-me: "A fazer, sem ser comandado, aquilo que os outros fazem apenas por medo da lei." Aristóteles.


"HOMENAGEM A RICARDO REIS"
(Fernando Pessoa)

Não creias, Lídia que nenhum estio
Por nós perdido possa regressar
Oferecendo a flor
Que adiámos colher

Cada dia te é dado uma só vez
E no redondo circulo da noite
Não existe piedade
Para aquele que hesita.

Mais tarde será tarde e já é tarde
O tempo apaga tudo menos esse
Longo e indelével rasto
Que o não vivido deixa.

Não creias na demora em que te medes
Jamais se detém kronos cujo passo
Vai sempre mais á frente
Do que o teu próprio passo.

Sophia de Mello Breyner Andresen

Liberdade

A vida não são obrigações cognitivas e demais convulsões. Há mais para além de trabalho e opinião. Há o nada fazer que tem muito que se lhe diga. É preciso saber nada fazer. Liberdade por Fernando Pessoa:


Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.

O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...


sábado, 29 de janeiro de 2005

M.A.D.A.

Há estórias mesmo muito estranhas.
Após o Mestre Ginquina, o Mestre Xupáguita, o Mestre Abdula, o Mestre Surubu, o Mestre Dacápilim, o Mestre Andacaséstolo, o Mestre Vodumaster entre outros, não é que surge a M.A.D.A.? Mulheres (que) Amam Demais Anónimas. É verdade, existe e já corre os jornais diários micaelenses. Fantástico não é? É a iniciativa que faltava para todas as mulheres que amam demais e que querem manter o anonimato.
O Gado Bravo teve acesso ao que se passou na primeira sessão, através duma mulher que descobriu que não ama demais, e foi portanto, expulsa desta associação amorosa. Conta-nos a fonte que foi tudo uma grande confusão: "Pensei que tinha ido à U.M.A.R., mas não! Um erro de pesquisa na internet levou-me à peripécia de em vez de UMAR digitar mal e foi para AMAR. Quando lá cheguei qual o meu espanto em constatar que também elas tinham olhos negros mas estavam felizes da vida - trocavam receitas, e faziam testes de sabão da roupa com olhos vendados, além disso ainda combinavam o próximo passeio do ano, que calhava desta vez - um pouco mais longe - a S. Roque." Diz-nos ela ainda em tom de desabafo: "Sei que devo ser uma cabra frígida, mas fartei-me de levar com a frigideira nos olhos, via o meu futuro negro!"
O Gado Bravo valoriza a emancipação desta mulher mas condena a sua expulsão da MADA, porque apesar de ainda não percebermos o que mais se poderá fazer na Associação, é importante contudo, saber qual o melhor produto de limpeza do mercado, e é só com muito amor nos corações que se pode aguentar as provas de sujidade, é preciso amar demais para deixar que alguém nos esfregue um hamburguer na roupa, tal como vemos no bom exemplo das publicidades.
Por fim, o Gado Bravo, entrando na emancipação, deve informar os seus leitores que está a pensar criar também uma associação, a PPK - Pessoas (com) Paciência (aos) Kilos. Aguardamos inscrições.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2005

Para que a memória não se apague

Aproveitando que se fala de aborto e, portanto, do valor da vida, ocorreu-me que seria uma boa altura para falar aqui deixar mais um pequeno contributo. Para os mais atentos, decerto não terá passado despercebido que ontem se comemoraram 60 anos sobre a libertação dos prisioneiros do campo de extermínio nazi de Auschwitz.-Birkenau, na Polónia. Tal como não terá passado despercebido um fait-diver que ocupou as páginas de várias jornais, que dava conta da fantasia escolhida pelo príncipe de Inglaterra para levar a um baile de máscaras. Juntado as duas coisas, ocorreu-me que há muito mais coisas a fazer pelas novas gerações do que discutir temas indiscutíveis. E que mais uma vez o que é preciso é formar as consciências.

Tenho a certeza que ontem, ao atravessar as portas dos portões daquele campo de concentração, as dezenas de chefes de Estado do mundo inteiro dificilmente conseguiram imaginar o que sentiram as cerca de 1,2 milhões de pessoas que ali foram exterminadas entre 1941 e 1945. Mas nem por isso a cerimónia em que participaram para assinalar o dia em que aqueles mesmos portões se abriram para a liberdade teve menor importância.
A imprensa de todo o mundo (ou quase) deu algum destaque à cerimónia. Mas o mundo é que devia ter parado para olhar com olhos de ver para o local que roubou a vida a milhares de judeus, incluindo os que lhe sobreviveram.

Quando, ontem, voltaram a atravessar os portões do maior campo de extermínio dos nazis para acompanhar a cerimónia de homenagem, esses ex-prisioneiros enfrentaram o maior dos inimigos: a sua própria memória. Se conseguiram, ou não, controlar as explosões dessa memória, que decerto desfiou mais imagens e provocou mais sentimentos do que aqueles que a alma humana consegue digerir, isso é secundário. O que importa é que enfrentaram a memória e estiveram lá, para se certificarem que o mundo não esquece o que aconteceu ali.

Cabe-nos a todos nós velar para que o seu sacrifício não seja em vão. Cabe-nos a nós ajudar a educar o futuro. Para que nenhuma criança deseje, um dia, fantasiar-se com uma farda nazi, com a mesma inocência com que se fantasiaria com a farda de um príncipe. Para que a memória não se apague e com ela a consciência que temos do nosso mundo.

Que nenhuma brava se esqueça disso!

Debate bravio

Se desculpas se aceitassem para tão prolongada ausência, as minhas seriam de força maior. Mas como não se aceitam, resta-me teclar qualquer coisa que faça sentido. Na verdade, acho que um longo post não compensaria meses de ausência, ainda mais quando a vontade de dizer disparates é maior do que a vontade de escrever coisas com sentido.
Já reparei que quem tem andado cheia de vontade é a Bravíssima mor, que parece ser a única cheia de genica no meio desta manada tresmalhada. É bom ver que há alguém sempre atento, que não desiste de tentar reunir as bravas mais distraídas/ocupadas/perdidas.

Quanto a esta pequena brava, folga em ver que o debate voltou às páginas do Gado Bravo. Mesmo que seja para falar de aborto... Confesso, que eu própria me sinto um aborto cada vez que tento discutir o assunto. As opiniões são tantas, tão diferentes e tão pouco abertas a pequenas alterações de pensamento, que não sei se discutir é a melhor forma de abordar o assunto.

No que toca à IVG, acho que não importa a posição de cada um, que é sempre mais radical do que o outro lado quereria. O que importa aqui é formar consciências, para que cada um possa decidir pela sua própria cabeça. E quando digo formar, falo de explicar às novas gerações o valor da vida, da moral, dos costumes. Falo de explicar bem o que é um embrião, um óvulo ou um espermatozóide, mas também o que é a sobrevivência e as condições soció-económicas. Falo sobretudo de ensinar e não de opiniar, ou tão pouco julgar.
Quer queiramos, quer não, neste caso, a lei é só um pormenor. Que pode mudar, ou não, consoante a vontade política do futuro pseudo-Governo que nos governe, venha ele de que ala vier. Mas que quer mude, ou não, poucos efeitos terá na mentalidade das nossas gentes, se não nos preocuparmos em formar consciências.
Seja ilegal ou não, a IVG existe, e em números mais assustadores do que gostaríamos de admitir. Duvido que algum de nós não conheça alguém que já fez um. Se foi legal, ou não, se foi sem moral ou não, essa é outra discussão. Uma discussão que nunca acabará com a mudança de uma simples lei. Uma discussão que só acabará se a moral desaparecer. E isso não me parece que matéria legislável.

Abraços para as bravas do meu coração e um cumprimento especial para o bravo que mais contributos tem dado a esta manada selvagem, e que ainda não tive a honra de conhecer.

Cumprimentos bravios!


Duas questões sobre este assunto

É que, sinceramente, gostava de saber a V. opinião. Por favor, sejam objectivas: 1) Qual o objectivo da actual lei da IVG? 2) A actual lei da IVG permite o aborto em 3 situações excepcionais.´Se o objectivo, dizem os defensores, é preservar a vida, porque é que concordam com a actual lei que dá "valor à vida, com três excepções". O feto gerado por um violador não tem "direito à vida" tal como os outros fetos? Acham correcto atribuir excepções ao "direito à vida"?

Um só comentário não dava II

Ninguém aprova o acto de abortar, nem ninguém o faz de ânimo leve. Mas apoiar uma lei que é clara ao considerar esse acto um crime...dá que pensar! Quem dera a todos que as razões que levam as mulheres a essa solução fossem resolvidas e desaparecessem. Mas de hipocrisias estamos cheios nesta sociedade. Lembro-me do referendo. Quem apoiou a manutenção da actual lei encheu a boca de medidas para combater as causas: educação sexual nas escolas, planeamento familiar, mais e melhor informação etc., mas a verdade é que sempre foram governar o país e sete anos depois estamos na mesma nesta matéria.

Aborto

Não, só um comentário não dava.
JP, não é objectivo de ninguém dar cadastros ao desbarato a quem aborte. Nunca se tratou disso. O maior problema é a falta de formação que temos em Portugal e bem à frente dos nossos olhos, nos Açores. Os pobrezinhos são os de espírito, e são também os que vão a Londres às comprinhas, para que não hajam confusões.
Não podemos ficar impávidos e serenos quando nos aparecem mulheres na TV a dizer "Ah sabe, era o meu 6º filho mas não tinha condições e então fui aqui ao lado, à abortadeira" ou "se o meu pai descobrisse expulsava-me de casa"! Isto acontece todos os dias, não estou a falar de outra coisa que não esta.
O valor duma vida humana actualmente é quase comparado ao de uma caixinha de comida congelada que se tirou do congelador e como não apeteceu comer, deita-se fora, porque não dá para voltar a congelar! Não pode ser. Temos que dar importância ao que tem importância.
Não se trata de impôr moralismos, mas se também eu tivesse um barquinho cheio de mulheres que pensassem como eu e andássemos nós a defender os direitos humanos, e desta vez, daqueles que ainda não tem voz (em vez de olharmos para o nosso umbigo), se calhar também haveria uma fragata de roda e outras tantas pessoas em terra a condená-la, ou não? Ou a minha opinião não é legitimamente partilhada por muitos?
"Ainda retrógado e conservador, catecista e moralista." Teríamos que definir estes conceitos para falar do mesmo amigo JP.
A ciência supera-nos todos os dias e temos que estar constantemente informados. Para saber mais um pouco: aqui , aqui e aqui entre outros.

Vá para a Prisão!

Talvez seja melhor cadastrar alguém que aborta. Talvez possa sobrepôr a minha moral às restantes pessoas. Talvez quem faz os abortos clandestinos em Portugal sejam os pobrezinhos e esses, já sabemos, não têm consciência e têm é que aprender à força, porque quem pode vai a Londres e aproveita e faz umas comprinhas. Talvez todos os países europeus estejam errados e nós, que mantemos esta lei, é que estamos certos. Ao menos temos uma corveta de guerra a guardar as águas territorias de um pequeno barco com pacifistas e lutadoras pelos direitos e dignidade das mulheres. Que orgulho!

De facto a lei actual está perfeitamente de acordo com Portugal. Ainda retrógado e conservador, catecista e moralista.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2005

O Estado da Região...

...Fraco, muito fraco. Pouco conteúdo, pouca clareza, pouca convicção.
Antes disso dever-se-ia ter apostado num debate sobre o aborto primeiro. Só a título de exemplo... e com especialistas da área.
Entende-se que o objectivo seria reunir as opções dos partidos e passá-las desta forma aos telespectadores, mas a verdade é que acabámos na mesma. Sabemos quase o que já sabíamos. Não, a culpa não é do programa (até simpatizo com o Osvaldo Cabral), nem sempre há culpas a delegar a partes, há coisas que correm mal apenas, falta de encaixe... quem sabe.
Talvez tenha falhado um pouco quanto à performance dos convidados em relação ao tratamento de temas, não à sua competência pessoal, isso não está aqui em causa (por enquanto).
Quem quer defender ou condenar deve ir bem preparado para fundamentar, nem todos o foram, uns pareciam debutantes nervosos, outros cobriram-se pela retórica, um ou outro safou-se melhor.
E por exemplo, num caso que me incomoda em particular, o aborto, as coisas não podem nem devem, ser discutidas duma maneira tão superficial. Estamos a tratar de vidas humanas. Será que algum sabe o que quer dizer zigoto? Sem querer ser ofensiva, até porque também tive que perguntar para saber, o aborto não se discute em meia hora.
É que não me parece que tenham consciência que aqui nas casas dos anónimos, um senhor que fale bem, mesmo que não diga nada, entra logo para o rol dos que parecem que sabem, e pronto...! Tá o caldo entornado. Vai tudo votar no senhor que fala... fala... E decidem-se assim coisas importantes.
Gostei duma atitude. Quem não quer falar sobre o assunto (seja porque motivo for) di-lo, e não cai em seguidismos.
Pessoalmente sou contra a alteração da lei em vigor. E não me venham com as conversas das pobres que sofrem muito quando fazem abortos clandestinos, que sofrem mazelas físicas que as acompanham para o resto da vida. A maior mazela para uma mulher que aborta é psicológica, essa sim, ela terá que carregar para o resto da sua vida e se não a carrega é porque não tem consciência. Há bastante informação, prevenção. As pílulas são dadas nos centros de saúde... etc etc. Não há justificação séria que cole.
Seria a favor de qualquer despenalização, das drogas leves ou do aborto, se e só se, houvesse informação correta sobre o assunto, esclarecimento, e se atingíssemos níveis de civismo médios pelo menos. Estou convencida que a estatística baixava.
Mas vai-se varrendo para debaixo do tapete em vez de se ir ás causas, é como a droga. Mas isso ainda é outro assunto que fica para outra vez.


terça-feira, 25 de janeiro de 2005

Congresso da Cidadania

Hoje foi a sessão solene de abertura do Congresso de Cidadania dos Açores.
Até Maio, vão andar pelas ilhas vários intelectualóides a pregar aos ares as suas altivas palavras.
Digo isto, não que não ache bem. Acho sim muito bem que o Laborinho Lúcio tenha resolvido levantar o rabo da secretária e que faça alguma coisa útil, que é para isso que lhe pagamos. E convenhamos que é bem preciso falar-se mais em cidadania. A maior parte dos Açorianos pensa que cidadania é tudo menos o poder de usufruirem dos seus direitos, entre outras coisas.
A minha picadela vai apenas para a linguagem hermética dos senhores que tem a seu cargo a nobre tarefa de elucidar o povo.
Tenho uma professora, entre outras (mas esta mais que as outras e ainda bem, porque foi com ela que aprendi quase tudo), que me está sempre a corrigir o tom coloquial. Bom, concordo com ela, cada ciência tem a sua própria linguagem e deve-se ter um nível de exigência quando, entre nós, estamos a tratar de algum assunto.
Mas se quero falar de filosofia com alguém que não seja académico, tenho que desdobrar o português para me entenderem, senão corro o risco de cair no monólogo e os outros no sono.
È um facto. Bem o sei.
De qualquer forma, crendo que esta seja uma boa iniciativa - a do Congresso da Cidadania, não posso deixar de contar, que antes de chegar lá à abertura, vi os primeiros discursos na RTPA na companhia da minha colega de casa. Se ela entendeu alguma coisa? Gostava de vos dizer que sim.
Entremeio de tanta conversa floreada, porque a ocasião assim o exigiu (estava lá o PR e tal...), percebeu-se apenas o corrente, o ordinário, porque basta um "palavrão" pelo meio e perdemos significação e consequentemente, sequência. Esperemos que estes senhores não se esqueçam que o objectivo é o de, precisamente, esclarecer o povo. Os outros de fatinho já sabem qualquer coisinha, não é apenas, mas é também para eles.
Se queremos que o povo aprenda mais, temos que ter um discurso ao seu nível, depois sim, que venha o enriquecimento da língua, não há nada mais bonito que o Português bem falado. Da mesma forma que escolhemos roupa para ocasiões, temos que escolher palavras também para elas.

sábado, 22 de janeiro de 2005

A Biografia do Cavalo

Em seguimento das já aclamadas Biografias da casa mais famosa do país, de Alexandre Frota, Mónica, Ana Maria Lucas e Deco, eis que inspirado pela biografia de Carlos Cruz, aparece solidário o Cavalo da Quinta. Dizem as más linguas que foi influenciado pela Porca da Quinta.
Em escritos apologéticos, o Cavalo vem também trazer a público toda a verdade. Retrata-se como um verdadeiro mártir e acusa os habitantes da casa de abusos nocturnos. Na sua biografia, além de fotos e imagens de uma câmara oculta (que podem ser compradas em anexo), o Cavalo diz que quem mais o chateou foi Cinha Jardim. Acusa a ex-ex-ex-primeira dama de bestialismo e de práticas fetiches, alega ainda, "desde o 25 de Abril que não sofria represálias tão grandes" e descosendo-se por completo, acrescenta, que Frota e Castello seriam punidos pela brincadeira do comboio. Cavalo nunca mais será o mesmo depois do programa, começou a sofrer de "rótulas estrábicas" e sabe que a sua honra está manchada pois mais nenhuma égua olhará para ele.
É de louvar mais uma vez a iniciativa da editora que a todas estas celebridades tem dado voz. Portugal tem muito orgulho no seu espólio literário actual, a nossa educação está finalmente em boas mãos.
Dizem os críticos (do blog com menos colesterol na net) e não o sabemos dizer melhor, que estas produções serão consideradas para um Nobel de Educação: "...pelo seu trabalho e esforço desenvolvido para aumentar os níveis de literacia de um dos países mais atrasados da união europeia. Os seus textos simples e repletos de imagens, são já tidos como um exemplo de pedagogia e no próximo ano serão incluídos nos programas do ministério da educação para o primeiro ciclo e para o curso superior de Ciência Politica."
O Gado Bravo em conferência com Adriano Moreira conseguiu apurar a verdade. Este politólogo acredita que a Ciência Política, ao estudar o poder, não poderá estar mais bem servida com Biografias destas. Este pedagogo aguarda fervorosamente a publicação da Biografia de C.César onde, segundo ele, certamente se perceberão influências e inspirações da sua política. Esperemos então pela desmistificação da linha de orientação de César e pelos cruzamentos entre este e o Cavalo.


sexta-feira, 21 de janeiro de 2005

Mãe

Hoje não é o dia da mãe, é o dia da minha mãe.
Parabéns por teres feito uma filha como eu! hehe. Não, nada disso.
Parabéns por todos os dias da tua vida em que foste sempre um grande exemplo a seguir. Sorte a minha de te ter sempre ao meu lado, mesmo com todos os teus conservadorismos, profecias e conselhos, avisos e raspanetes. Tens sido, és, serás, uma AMIGA.
Parabéns por teres a eterna paciência de nos sofrer, a mim e a meu irmão.
Antes dizia-te que nunca havia de ser como tu, que eras uma chata, agora só quero ter a sapiência de passar aos meus filhos, quando os tiver, metade do que me passaste, porque só metade já era bom.
Parabéns por este dia mãe linda, muitos abraços e beijinhos!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2005

Dia das Amigas

Hoje quando acordei tinha 14 mensagens no meu telemóvel.
Acordei tarde? Sim, também.
Não há nada que me apeteça mais com este frio, e quando não há mais do que fazer claro, do que dormir enroscadita no quentinho.
Mas voltando às 14 mensagens.
A maior parte da culpa do entupimento é vossa, claro está.
Então, pensei em deixar-vos um post bonito, mas não me ocorreu nada que vos fizesse jus. Por isso só vos tenho a dizer que, daqui além mar - da ilha verde, apesar de ter o tradicional jantar com outras amigas que se vão fazendo pelos anos, os meus pensamentos vão para vocês.
Estejam onde estiverem estão sempre comigo. Bem o sabem.
Um grande abracinho a todas e divirtam-se como se não houvesse amanhã ;)
Beijos.

domingo, 16 de janeiro de 2005

Confraria...

...Vai ou não vai para a frente?

sexta-feira, 14 de janeiro de 2005

Disparates

Bravas, estamos a ganhar terreno, qualquer dia dominamos a net, o nosso plano está quase concretizado! Afinal isto de eu andar a comentar aqui e ali notou-se! eheh.

Há gentes por aí que lêm os nossos disparates! Pois é miúdas, coisas do arco da velha.
Andamos nós aqui a dizer uns disparatezinhos e tal... umas private jokes e tal... em toda a nossa inocência e tal...

Mas é assim. O nosso alibi foi descoberto.
Agora somos oficialmente Bravas do Faial e adicionadas no Foguetabraze, blog de S. Miguel (e com mais de 800 visitantes, hehe). Pelo menos lá, 'prá nossa ilha, já aparece mais que um blog.

Os nossos agradecimentos ao especialista em generalidades pelo acto simpático.

Mas Bravas: não se inibam de escrever, não acredito que estes disparates interessem a mais alguém. Estou em crer que o colega "blogueiro" caiu aqui sem querer, e que não deve repetir a proeza tão cedo. Isto traumatiza qualquer um.

Bom, além disto, tou de férias filosóficas, entrei portanto em demência, em fase de declínio que se acentuará hoje com um congresso que me impingiram. Sim, porque o que se irá palrar por lá deve ser deveras interessante, qualquer coisa que valha a pena ouvir. Aliás, tem sido como bem se vê.
A solução é me escapar de mansinho depois de marcar ponto e me ir enxurrar para algum bar. Pois, também é preciso desopilar.

Um beijinho a todas.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2005

Louquícias

Não posso de deixar de comentar este novo programa da RTP Açores.
Sou a primeira a dizer que deve haver iniciativas. Não sou daquelas pessoas que dizem que não há nada e que quando as há, só sabe é criticar, mas este é um caso diferente. De facto o programa é um horror, é medonho demais para que hajam palavras que o definam.
Há tempos, um amigo meu que participa no programa, contou-me que o programa iria para o ar - fiquei maravilhada, achei imensa piada à coisa, na verdade, muita falta nos fazia quem tivesse um humor sarcástico, caricaturial e neutro que soubesse colocar os políticos no seu lugar, baixar-lhes a crista para que entendessem os ridículos a que se prestam por vezes. Pensei mesmo que fosse resultar.
Quando vejo o horror que saiu do projecto até fiquei nervosa. Nem os "macacos" são apelativos! Dos diálogos nem falo. Além de fracos de espírito e banais mesmo, não se entendem. Será que esta gente não entende que as "private jokes" dum grupo de jornalistas não se estendem ao grande público? Será que não entendem que nem todos acham piada aos disparates deles? E anda assim a nossa sociedade.
Tenho sinceramente vergonha que alguém de fora veja este programa, bela imagem que vão levar da nossa televisão. E depois queixam-se das audiências. Pudera...
O nosso maior problema, cá nos Açores, é a falta de mérito e de préstimo para se fazer algo bem feito.
Como dizia alguém ontem (sobre a nossa política) no Choque de Gerações "as expectativas são tão baixas que quando se faz alguma coisa, faz-se para contentar o povo" - subscrevo na íntegra e estendo à TV.
Pois meus amigos, uma novidade: Não basta sermos os melhores, temos que ser bons! (E melhores neste caso, não se aplica).
Bolas, mais valia que tivessem estado quietinhos!
Pelo contrário, este novo programa, o Choque de Gerações, está a ser uma boa tentativa de mostrar aos Açorianos, que existe quem se preocupe com as coisas. Nos primeiros programas estava um pouco céptica, confesso. Pareceu-me haver umas lacunas que se não fossem corrigidas, caíriamos em só mais um programa novo, com alguma novidade mas contudo sem grande qualidade.
Dou os meus parabéns ao Joel, o moderador, que se corrigiu na perfeição. Está mais sereno, modera melhor, tem excelentes convidados e assuntos pertinentes. Agora já tenho pena que seja um programa curto, mais uma meia hora e os assuntos seriam discutidos de uma forma mais profunda.
Fazia-nos falta um programa do género, aliás, diria até que um projecto a roçar os Prós e Contras seria viável cá para a nossa realidade. Sobre generalidades somos dos melhores... é que nós, os Açorianos, temos a mania que sabemos um bocadinho de tudo, mas por vezes para se chegar a consenso sobre assuntos sérios, bloqueamos. E quando nos aparece alguém que realmente sabe fundamentar, não reconhecemos legitimidade.
Se queremos chegar a uma maturidade de raciocínio, temos que ser mais humildes na aprendizagem, aprender com quem sabe e não ficar pelo superficial que acaba sempre por ser detectado entremeio de conversas.

terça-feira, 11 de janeiro de 2005

O nosso blog

Caras amigas bravas,

Orgulho-me deste nosso bloguezito! Passo a explicar porquê. Porque a verdade é que é dos poucos, senão o único (desafio-vos a encontrarem outro) a assumir os disparates escritos. É uma virtude dizer-se a verdade amigas.

Entre pesquisas, estudos e conversas, farto-me, como bem sabem ou imaginam, de vaguear aqui pelo universo blogosférico e portanto, de dar de caras com outros blogs.
Já vi de tudo, já posso dizer que tenho uma maturidade bloguística virtual... ou real... Afinal a virtualidade é uma realidade a partir da altura em que se torna nossa, certo?! ;)
Em frente.

Com isto quero-vos dizer que de entre 100 blogs encontro: 25 com pretensões intelectuais (o meu encaixa aqui também: o Marketing Axiológico), 25 que não valem nada, 20 de intelectuais de gaveta, outros 15 que são puros jornais, 10 porreiros, 4 de amigos (O Sopinha, o Povo, o Janus e o Filosofia) e o nosso. O nosso tá muito mais à frente, aqui mora a estultícia, a verdadeira loucura nua, pura e crua.
Qualquer dia começo mesmo a fazer estatísticas para o INE sobre as características de blogs em voga.

Seja como for, andei à procura essencialmente dos blogs açorianos e aqui do nosso Faialinho só encontrei um, valha-nos Deus. De S. Miguel ---> "já se sabe", uma porradinha deles.

A verdade é que há umas coisas giras pelo meio, e então, deixo-vos alguns links para os tempos mais mortos no serviço ou para o serão.

Fayal Da terra
Foguetabraze Coriskinho
ViaAberta Dos vizinhos da frente
PASMADO Dos vizinhos da frente
Aviz Do Sr. que é amigo da Li e que vai ao Choke de Gerações ;)

E pronto, quem quiser ir consultando mais blogs, pode ter a liberdade de olhar para este último blog à esquerda e passar uns bons dias a clicar. Aqui não falta nada.

Já agora, vão vendo o Choque de Gerações. Credo, já pareço uma dos outros todos "vê isto, vai aqui, aquilo é que é bom", etc etc. Façam o que quiserem amigas bravas, desde que façam bem ou pelo menos, sempre em grande estilo ;)

Beijos e abraços.


terça-feira, 4 de janeiro de 2005

O POVO É BOM TIPO

O POVO É BOM TIPO

Este texto é retirado do Blog acima mencionado, e ainda sem permissão, mas creio que está tudo bem, porque o objectivo destes amigos é mesmo este, passar palavra. Leiam e ajudem se possível. Beijinhos a todas!

"Umas palavras rápidas para exortar toda a população a passar dos choros de café para ajudar quem faz algo para atenuar toda a dor provocada pela maior catástrofe humana de sempre. Todos nós passamos por dificuldades económicas, mas ninguém deixa de tomar café e ninguém, graças a deus, sabe o que é PASSAR FOME. Portanto, contem connosco para vos chatear. Chateiem os vossos amigos e pensem o que seria de nós se estes TSUNAMIS tivessem feito uma visitinha ao nosso nobre e desprotegido cantinho? Seria assim tão improvável de acontecer?


Deixemo-nos de chorinhos inúteis e FAÇAMOS ALGO!!!


Aqui vão os NIB de organizações que fazem algo no nosso e vosso lugar, por quem tanto sofre."


AMI Missão Ásia
NIB: 0035 0001 0003 0003 8306 2


UNICEF SOS Crianças da Ásia
NIB: 0035 0127 0002 8241 2305 4


CARITAS Ajuda Vítimas da Ásia
NIB: 0035 0697 0063 0917 9308 2