Se desculpas se aceitassem para tão prolongada ausência, as minhas seriam de força maior. Mas como não se aceitam, resta-me teclar qualquer coisa que faça sentido. Na verdade, acho que um longo post não compensaria meses de ausência, ainda mais quando a vontade de dizer disparates é maior do que a vontade de escrever coisas com sentido.
Já reparei que quem tem andado cheia de vontade é a Bravíssima mor, que parece ser a única cheia de genica no meio desta manada tresmalhada. É bom ver que há alguém sempre atento, que não desiste de tentar reunir as bravas mais distraídas/ocupadas/perdidas.
Quanto a esta pequena brava, folga em ver que o debate voltou às páginas do Gado Bravo. Mesmo que seja para falar de aborto... Confesso, que eu própria me sinto um aborto cada vez que tento discutir o assunto. As opiniões são tantas, tão diferentes e tão pouco abertas a pequenas alterações de pensamento, que não sei se discutir é a melhor forma de abordar o assunto.
No que toca à IVG, acho que não importa a posição de cada um, que é sempre mais radical do que o outro lado quereria. O que importa aqui é formar consciências, para que cada um possa decidir pela sua própria cabeça. E quando digo formar, falo de explicar às novas gerações o valor da vida, da moral, dos costumes. Falo de explicar bem o que é um embrião, um óvulo ou um espermatozóide, mas também o que é a sobrevivência e as condições soció-económicas. Falo sobretudo de ensinar e não de opiniar, ou tão pouco julgar.
Quer queiramos, quer não, neste caso, a lei é só um pormenor. Que pode mudar, ou não, consoante a vontade política do futuro pseudo-Governo que nos governe, venha ele de que ala vier. Mas que quer mude, ou não, poucos efeitos terá na mentalidade das nossas gentes, se não nos preocuparmos em formar consciências.
Seja ilegal ou não, a IVG existe, e em números mais assustadores do que gostaríamos de admitir. Duvido que algum de nós não conheça alguém que já fez um. Se foi legal, ou não, se foi sem moral ou não, essa é outra discussão. Uma discussão que nunca acabará com a mudança de uma simples lei. Uma discussão que só acabará se a moral desaparecer. E isso não me parece que matéria legislável.
Abraços para as bravas do meu coração e um cumprimento especial para o bravo que mais contributos tem dado a esta manada selvagem, e que ainda não tive a honra de conhecer.
Cumprimentos bravios!
sexta-feira, 28 de janeiro de 2005
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