sexta-feira, 28 de janeiro de 2005
Um só comentário não dava II
Ninguém aprova o acto de abortar, nem ninguém o faz de ânimo leve. Mas apoiar uma lei que é clara ao considerar esse acto um crime...dá que pensar! Quem dera a todos que as razões que levam as mulheres a essa solução fossem resolvidas e desaparecessem. Mas de hipocrisias estamos cheios nesta sociedade. Lembro-me do referendo. Quem apoiou a manutenção da actual lei encheu a boca de medidas para combater as causas: educação sexual nas escolas, planeamento familiar, mais e melhor informação etc., mas a verdade é que sempre foram governar o país e sete anos depois estamos na mesma nesta matéria.
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5 comentários:
Oh João, a meu ver É um crime! Que ninguém o faça de ânimo leve? Gostava de pensar que estás correcto.
Uma das razões que levam as mulheres a essa solução é precisamente essa, a de saberem que podem. Acredita que desde que se saiba que se pode ou que há esse facilitismo, mais o farão e por seu turno menos preocupação ao engravidar terão. Detesto falar em estatísticas mas é o que elas mostram.
Não vou comentar políticas, ambos o sabemos e muito bem, que não há partidos milagrosos dotados de iluminados que actualmente façam a diferença nestes campos. Outros sete anos virão com o mesmo, se não se tratarem as coisas com a importância que elas têm.
As pessoas querem resoluções fáceis e liberalistas, cada um sabe de si e tal..., mas nem sabem de si, é o problema. Concordo com medidas governamentais mas sou apologista que as próprias pessoas é que tem que procurar esclarecimentos, não precisamos de governos a todo o minuto a dar conselhos, não somos adultos? São todos muito espertos para fazerem a sua vidinha mas quando alguma coisa falha - é o governo! É por essas e por outras que os subsídios todos não resolvem nada, só ajudam na pobreza de espírito.
Até parece que concordas comigo. Se é matéria do foro íntimo e privado, porque é que tem de ser o Estado a decidir sobre a moral de cada um? JP
É matéria do foro íntimo porque em última análise é sempre a própria pessoa quem por fim decide. Mas não confundamos as coisas. Aqui estamos a falar de pessoas bem formadas e esclarecidas -> serei a primeira a levantar o braço pela liberalização quando isso acontecer à maioria da população portuguesa, por isso tavez estejamos a concordar com o mesmo.
Agora não concordo com um Estado regulador e intervencionista, acho que o Estado deve promover a segurança, a justiça, a saúde e principalmente apostar numa boa educação, e não andar constantemente a tapar buracos, a dar subsídios a torto e a direito. Todos temos direito a usufruir do sistema mas temos que formar consciências e isso só nos compete a nós, o Estado aqui não faz nada. A própria pessoa é que deve procurar o seu caminho e procurar informação mas como podes entender isso não acontece num Portugal em que tudo é fácil e os resultados estão à vista pela falta de préstimo, "para quê saber mais se vou ganhar o mesmo que o x que pediu subsídio?" ...Irónicamente e a título de exemplo, sabes que eu se quisesse poderia ter 1 subsídio e um atestado e ganhar mais do que tu? Mas não o faço. Não sou hipócrita para isso amigo JP. Acredito em mérito.
A moral de cada um afecta todos, não estamos cá sozinhos. Viver em sociedade é isso mesmo, aceitar o contrato social e viver consoante as normas voluntáriamente.
Quem não está bem pode sempre trabalhar para melhor ou mudar de país.
Não o faz de ânimo leve... não andas a ler a Maria ultimamente pois não JP? hehe
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