quinta-feira, 29 de setembro de 2005

Questão de trabalho

Dizem os números que 3 milhões de pessoas neste país não trabalham... Mas na verdade há muitos mais se contarmos aqueles que também têm empregos...

domingo, 25 de setembro de 2005

Perguntinha

Porque é que estes povos orientais tecnologicamente tão avançados... ainda insistem em comer com PAUZINHOS???

(esta pergunta descabida resulta do meu esforço vão, claro está!!!)

quinta-feira, 22 de setembro de 2005

Agradecimento

Queridas amigas,
Recebemos por carta um agradecimento dos Voluntários do Hospital da Horta pelo contributo dado no jantar de beneficiência.
A todas aquelas que participaram, espero que este seja considerado mais um incentivo para continuarmos com as actividades, mesmo que esporadicamente.
A todas as outras que não puderam estar presentes por diversas razões e, entre elas, a distância física, faço votos que numa próxima vez tal seja possível.
Com muito carinho,
Rosa

sexta-feira, 16 de setembro de 2005

Flagrantes da vida real

Era uma vez quatro funcionários chamados Toda-a-Gente, Alguém, Qualquer-Um e Ninguém.
Havia um trabalho importante para fazer e Toda-a-Gente tinha a certeza que Alguém o faria.
Qualquer-Um podia fazê-lo, mas Ninguém o fez. Alguém zangou-se porque era um trabalho para Toda-a-Gente. Toda-a-Gente pensou que Qualquer-Um podia tê-lo feito, mas Ninguém constatou que Toda-a-Gente não o faria.
No fim Toda-a-Gente culpou Alguém quando Ninguém fez o que Qualquer-Um poderia ter feito.

Sessões de 24h em qualquer casa perto de si. :)

terça-feira, 6 de setembro de 2005

"Viver não dói..."

Após uma longa ausência resolvi regressar ao pasto... Sabem como é, férias são férias! Mas para me redimir venho deixar aqui um poema mt giro do Carlos Drummond de Andrade, intitulado "Viver não dói". Espero que gostem!

"Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.

Porque sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer,
apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana,
que gerou em nós um sentimento intenso
e que nos fez companhia por um tempo razoável,
um tempo feliz.

Sofremos por quê?

Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado
e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas,
por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido
ao lado do nosso amor e não conhecemos,
por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos,
por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco,
mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema,
para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe é impaciente connosco,
mas por todos os momentos em que poderíamos
estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias
se ela estivesse interessada em nos compreender.

Sofremos não porque nosso time perdeu,
mas pela euforia sufocada.

Sofremos não porque envelhecemos,
mas porque o futuro está sendo confiscado de nós,
impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.

Como aliviar a dor do que não foi vivido?

A resposta é simples como um verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!!

A cada dia que vivo,
mais me convenço de que o desperdício da vida
está no amor que não damos,
nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca, e que,
esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável.

O sofrimento é opcional."

segunda-feira, 5 de setembro de 2005

Quem manda nisto

Mas afinal quem é que manda aqui? Aqui, neste mundo.
Serão os eminentes juízes, as autoridades militares, a academia de óculos e livros, os políticos janotas? Isso é que era doce! A esses, já estávamos habituados... Ná ná ná...
Hoje em dia, já todos conhecem um juíz, ninguém se intimida com fardas e galões, até a vizinha tirou um doutoramento e fala como se sabe, e político é aquele gajo que vemos todos os dias...

Quem manda nisto é:
1. o funcionário público - "tirou ficha? fechamos às 4, não viu, olhe que diz ali na entrada! há aqui uma fila, minha senhora, e desculpe, mas eu disse que me trouxesse mais uns impressos da viatura em questão. Não, não, o registo caduca ao fim de 15 dias. Hoje é o 16º dia. São mais 25 euros, por favor. Como? Era o que faltava, veja lá se me preenche com exactidão ou não sei se prometo que acabo isto hoje"


2. o taxista - " cobro mais porque leva bagagem. e é fim de semana. e de noite. e está a chover. e mandou-me chamar pela central. e isso que leva é um gato? então, são mais 2.5 euros."

3. a secretária - "tem entrevista? então, é aguardar. ai, o sr Dr está ocupadíssimo, ele não me disse nada e eu não o incomodo, tenha paciência... é aguardar. Pois, então, volte amanhã. Ou depois..."

4. o polícia - "Então, a menina viu a situação? E ele ia por que lado? então, não viu bem? assim, pela esquerda? e o caso foi rápido? Ah, não tem a certezada rapidez? Ora, todo o ponto crucial está em a menina não ter a certeza! Perde o seu tempo... e o meu, menina e o meu!"

Há mais, claro... A enfermeira que nunca mas nunca chamará o médico, o mecânico que evidentemente sabe tudo sobre o carro mas não o tem pronto sabe-se lá porquê, o mestre de obras que invariavelmente nos esfola a casa todinha e (esta vai para o meu mano) o porteiro da discoteca que implica com a roupa e diz que é sempre noite de casal quando um gajo está sozinho!