Mas afinal quem é que manda aqui? Aqui, neste mundo.
Serão os eminentes juízes, as autoridades militares, a academia de óculos e livros, os políticos janotas? Isso é que era doce! A esses, já estávamos habituados... Ná ná ná...
Hoje em dia, já todos conhecem um juíz, ninguém se intimida com fardas e galões, até a vizinha tirou um doutoramento e fala como se sabe, e político é aquele gajo que vemos todos os dias...
Quem manda nisto é:
1. o funcionário público - "tirou ficha? fechamos às 4, não viu, olhe que diz ali na entrada! há aqui uma fila, minha senhora, e desculpe, mas eu disse que me trouxesse mais uns impressos da viatura em questão. Não, não, o registo caduca ao fim de 15 dias. Hoje é o 16º dia. São mais 25 euros, por favor. Como? Era o que faltava, veja lá se me preenche com exactidão ou não sei se prometo que acabo isto hoje"
2. o taxista - " cobro mais porque leva bagagem. e é fim de semana. e de noite. e está a chover. e mandou-me chamar pela central. e isso que leva é um gato? então, são mais 2.5 euros."
3. a secretária - "tem entrevista? então, é aguardar. ai, o sr Dr está ocupadíssimo, ele não me disse nada e eu não o incomodo, tenha paciência... é aguardar. Pois, então, volte amanhã. Ou depois..."
4. o polícia - "Então, a menina viu a situação? E ele ia por que lado? então, não viu bem? assim, pela esquerda? e o caso foi rápido? Ah, não tem a certezada rapidez? Ora, todo o ponto crucial está em a menina não ter a certeza! Perde o seu tempo... e o meu, menina e o meu!"
Há mais, claro... A enfermeira que nunca mas nunca chamará o médico, o mecânico que evidentemente sabe tudo sobre o carro mas não o tem pronto sabe-se lá porquê, o mestre de obras que invariavelmente nos esfola a casa todinha e (esta vai para o meu mano) o porteiro da discoteca que implica com a roupa e diz que é sempre noite de casal quando um gajo está sozinho!
segunda-feira, 5 de setembro de 2005
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2 comentários:
Cara Caiê, faltou caracterizar os padres e os políticos
os políticos, nunca me meto nessa... ;) acho que não devia ser profissão, percebe?
os padres, já explico: visto que não sou católica, sempre que os critico (o que é frequente), as pessoas tomam a crítica como uma falta de fé minha, quando não é. sou anti-clerical e não anti-dogmática.
abraços. ;)
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