quarta-feira, 20 de abril de 2005

Mundividências

Nos primeiros tempos da dança dos blogs - já não sei como nem porquê - fui ao encontro dum blog que me marcou bastante. Como debutante que era então, a curiosidade impelia-me a navegar por todo o lado, deixava-me levar por espirais de nicks que me íam transportando para a mente de outras pessoas, e tal como bons livros que se folheiam, entrava em outros mundos.
Sempre gostei de escritas fortes, daquelas que dizem muito com poucas palavras. De escritas que conseguem transpôr a alma da pessoa com toda a profundidade. Daquelas que remetem para a simbologia da força do mundo. Daquelas que tem em si tanta vitalidade como a própria vida. Daquelas onde se percebe que foram extraídas a ferro e fogo num mergulho a si mesmo.
O Rodrigo, um anónimo para mim, tinha tudo isso.
Hoje voltei a lê-lo e voltei a sentir o mesmo encanto de outrora. Não foi só do meu entusiasmo, ele tinha uma pontinha do que os gregos chamavam de Daimon, uma espécie de géniozinho interior vivaço que corrói até sair cá para fora. Deixou a blogosfera desiludido há uns tempos. "Encontrei-o" precisamente quando o estava a fazer, mandei-lhe um email e continuámos a trocar ideias durante bastante tempo. Pelo seu cantinho já entendem um pouco do que escrevo.
Deixo como sugestão o seu blog: O emergir vespertino da quotidiana esterilidade... a quem tenha alguma paciência e tempo para leituras um pouco mais sérias que o nosso Bravo blog.

2 comentários:

Rocha disse...

Vivam...

Obrigado pela inclusao, espero merecer a manutencao

O vosso prado e o meu mar azul

Abracos

RD disse...

Viva!
Pois então aguardamos visitinhas.
Como é que anda tudo na ilha da frente? Tudo ok? :)