MULHER: Se eu morresse, casavas outra vez?
MARIDO: Claro que não!
MULHER: Não? Não porquê? Não gostas de estar casado?
MARIDO: Claro que gosto.
MULHER: Então porque é que não casavas de novo?
MARIDO: 'Tá bem,casava...
MULHER: (com um olhar magoado) Casavas?
MARIDO: Então?...
MULHER: E dormirias com ela na nossa cama?
MARIDO: Onde é que tu querias que nós dormíssemos?
MULHER: E substituirias as minhas fotografias por fotografias dela?
MARIDO: É natural que sim...
MULHER: E ela ia usar o meu carro?
MARIDO: Não. Ela não tem carta...
MULHER: (silêncio)
MARIDO: Merda....
(Thanks, Luckycat, pelo mail...!)
sábado, 30 de abril de 2005
sexta-feira, 29 de abril de 2005
Einstein e os QI's
Albert Einstein foi a uma festa e não conhecia ninguém... logo foi tentando misturar-se aos convidados:
- Olá, como vai? - Perguntou ele.
- Vou muito bem, obrigado!
- Qual o seu Q.I.?
- 200
Então começou a conversar sobre física quântica, teoria da relatividade, bombas de hidrogénio, etc...
Andou mais um pouco e encontrou outra pessoa:
- Olá, como vai? - Perguntou ele, novamente.
- Eu vou bem, muito obrigado.
- Qual o seu Q.I. ?
- 170.
Então, novamente começou a conversar, só que desta vez sobre politica, desigualdade social, reforma agrária, etc.
Andou mais um pouco e encontrou uma terceira pessoa:
- Olá, como vai? - Perguntou ele.
- To bem!
- Qual o seu Q.I.?
- 100.
Então começou a conversar sobre desemprego, aumento dos combustíveis, Bin Laden, terrorismo, americanos, etc.
Andou mais um pouco e encontrou outra pessoa:
- Como està, tudo bem?
- Tà-se!- Qual o seu Q.I.?
- 50.
Então começou a falar sobre o Quinta dos Famosos, Big-Brother, CinhaJardim, etc.
Deu mais uma volta e encontrou outra pessoa e perguntou:
- Como vai, tudo bem?
- ía ...
- Qual o seu Q.I.?
- 10!
- E o seu Sporting, hein???
- Olá, como vai? - Perguntou ele.
- Vou muito bem, obrigado!
- Qual o seu Q.I.?
- 200
Então começou a conversar sobre física quântica, teoria da relatividade, bombas de hidrogénio, etc...
Andou mais um pouco e encontrou outra pessoa:
- Olá, como vai? - Perguntou ele, novamente.
- Eu vou bem, muito obrigado.
- Qual o seu Q.I. ?
- 170.
Então, novamente começou a conversar, só que desta vez sobre politica, desigualdade social, reforma agrária, etc.
Andou mais um pouco e encontrou uma terceira pessoa:
- Olá, como vai? - Perguntou ele.
- To bem!
- Qual o seu Q.I.?
- 100.
Então começou a conversar sobre desemprego, aumento dos combustíveis, Bin Laden, terrorismo, americanos, etc.
Andou mais um pouco e encontrou outra pessoa:
- Como està, tudo bem?
- Tà-se!- Qual o seu Q.I.?
- 50.
Então começou a falar sobre o Quinta dos Famosos, Big-Brother, CinhaJardim, etc.
Deu mais uma volta e encontrou outra pessoa e perguntou:
- Como vai, tudo bem?
- ía ...
- Qual o seu Q.I.?
- 10!
- E o seu Sporting, hein???
quinta-feira, 28 de abril de 2005
De volta ao cantinho
PARABÉNS pra nós pelos 1000, clap, clap, clap!
Pronto, voltei.
Agora, aturem-me, aqui e na Gata. Lol.
Vim a ler Hesse no avião. Vou partilhar um pouco com as vaquinhas - mimosas ou bravas. eh eh eh!
"Pretendia viver exclusivamente o que de espontâneo brotasse no meu íntimo. Por que razão se tornava isto de tal modo árduo?"
Herman Hesse, Demian
Pronto, voltei.
Agora, aturem-me, aqui e na Gata. Lol.
Vim a ler Hesse no avião. Vou partilhar um pouco com as vaquinhas - mimosas ou bravas. eh eh eh!
"Pretendia viver exclusivamente o que de espontâneo brotasse no meu íntimo. Por que razão se tornava isto de tal modo árduo?"
Herman Hesse, Demian
Os 10000
Estamos a chegar a um número histórico no nosso blog, e por isso é altura para a devida vénia a todas que postam e a todos os que cá vem comentar.
Está certo que destes 10000 a maior parte são os tais hits, as visitas repetidas ou melhor, os refresh's - e convenhamos - umas 3000 pelo menos devem ser minhas! :) Mas isso como não nos diz nada, ficamos contentes na mesma por ver o número crescer e pessoas como vós a passarem por cá.
Em piadas, em conversa mais séria ou menos séria, sobre comidas, sobre o tempo, sobre as ilhas ou sobre nós - o nosso obrigado aos já considerados da casa, e a todos os outros que dão cá um pulinho de vez em quando e sempre que podem.
Gostamos de vos ter por cá e ficamos todas muito agradecidas pela vossa simpatia partilhada connosco.
terça-feira, 26 de abril de 2005
Saudades de lapas
Sempre achei que as lapas tinham cheiro de mar. Talvez porque era o mar que me molhava quando, criança traquina, saltava de pedra em pedra para as apanhar, qual pescador destemido e cheio de trabalho. Ou talvez porque era a mar que me sabiam, quando as trincava ainda cruas, pouco depois de as arrancar das pedras onde momentos antes saltara.
Na altura, confesso que nem sequer gostava muito de as comer. Achava-as duras e fazia-me impressão ver os seus corninhos a mexer poucos antes de as meter na boca. Mas depois cresci e depressa aprendi a comê-las grelhadas com manteiga, bastante alho picado e massa de malagueta quanto baste. Depois, comecei a aventurar-me a saboreá-las cruas. Primeiro as pretas, mais tenrinhas, depois as brancas, mais bravas. Mas confesso que nada iguala o sabor das lapas mergulhadas no célebre “Molho Afonso”, uma receita tradicional do Faial quase em vias de extinção.
Aliás, as próprias lapas são já hoje, nos Açores, um petisco que está a desaparecer, fruto da apanha escessiva que já limpou as costas da maior parte das ilhas. O que me faz pensar que não deveria ter escrito um post sobre sobre as lapas enquanto delícias gastronómicas...
Na altura, confesso que nem sequer gostava muito de as comer. Achava-as duras e fazia-me impressão ver os seus corninhos a mexer poucos antes de as meter na boca. Mas depois cresci e depressa aprendi a comê-las grelhadas com manteiga, bastante alho picado e massa de malagueta quanto baste. Depois, comecei a aventurar-me a saboreá-las cruas. Primeiro as pretas, mais tenrinhas, depois as brancas, mais bravas. Mas confesso que nada iguala o sabor das lapas mergulhadas no célebre “Molho Afonso”, uma receita tradicional do Faial quase em vias de extinção.
Aliás, as próprias lapas são já hoje, nos Açores, um petisco que está a desaparecer, fruto da apanha escessiva que já limpou as costas da maior parte das ilhas. O que me faz pensar que não deveria ter escrito um post sobre sobre as lapas enquanto delícias gastronómicas...
sábado, 23 de abril de 2005
Será que estamos verdadeiramente interessados em evitar a derrocada da Democracia?
"A liberdade exterior que devemos atingir será unicamente em proporção exacta à liberdade interior que podemos ter desenvolvido num dado momento. E essa é uma opinião correcta de liberdade, a nossa principal energia deve ser concentrada em encontrar uma reforma interior."
"O verdadeiro democrata é aquele que por meios puramente não-violentos defende a sua liberdade e, por conseguinte, a sua terra e, finalmente, a liberdade de toda a humanidade."
"A democracia disciplinada e esclarecida é a coisa mais honesta do mundo. Uma democracia prejudicial, ignorante, supersticiosa, caminhará por si mesma para o caos e pode ser autodestruída."
" A democracia e a violência dificilmente podem caminhar juntas. Os Estados que hoje são nominalmente democráticos tornar-se-ão francamente totalitários ou, se quiserem tornar-se verdadeiramente democráticos, devem ser corajosamente não-violentos. É uma blasfémia dizer que a não-violência só pode ser praticada pelos indivíduos e nunca pelas nações, que são compostas de indivíduos."
M. K, Gandhi, Todos os Homens são Irmãos
sexta-feira, 22 de abril de 2005
O abortista
Fui certa vez ouvir uma conferência dada por um médico norte-americano chamado Bernard Nathanson, que, para começar, pousou as mãos abertas sobre a mesa e disse que aquelas mãos tinham feito muitos milhares de vítimas. Era um homem profundamente arrependido, que corria o mundo procurando resgatar alguma paz interior, um homem perseguido por terríveis remorsos. A utilização de uma nova tecnologia para estudar o feto no útero, quando se tornou director de um grande hospital de obstetrícia, fê-lo compreender a enormidade do seu erro.
Pessoalmente responsável por 75 000 abortos, tinha sido pioneiro do abortismo nos Estados Unidos, fundando o N.A.R.A.L com o propósito de revogar as leis americanas, que eram contrárias ao aborto. Em apenas cinco anos, de 1968 a 1973, apesar de a maioria dos americanos serem contra o aborto livre, conseguiu que este fosse legalizado até ao momento anterior ao nascimento.
Pessoalmente responsável por 75 000 abortos, tinha sido pioneiro do abortismo nos Estados Unidos, fundando o N.A.R.A.L com o propósito de revogar as leis americanas, que eram contrárias ao aborto. Em apenas cinco anos, de 1968 a 1973, apesar de a maioria dos americanos serem contra o aborto livre, conseguiu que este fosse legalizado até ao momento anterior ao nascimento.
Como o conseguiu? No seu livro The Hand of God conta tudo:
"A primeira táctica era ganhar a simpatia dos media. Convencemos os meios de comunicação de que permitir o aborto era uma causa liberal (…). Nós simplesmente fabricámos resultados de sondagens fictícias (...) - que 60% dos americanos eram favoráveis à liberalização do aborto (...). Poucas pessoas gostam de fazer parte da minoria (...). Enquanto o número de abortos ilegais era aproximadamente de 100 000, nós dizíamos incessantemente aos meios de comunicação que o número era de 1 000 000. A repetição de uma grande mentira convence o público. O número de mulheres que morriam em consequência de abortos ilegais era cerca de 250. O número que dávamos constantemente aos meios de comunicação era 10.000 (…)".
"A segunda táctica era atacar o catolicismo. Nós difamávamos sistematicamente a Igreja Católica e as suas "ideias socialmente retrógradas", e apresentávamos a hierarquia como o vilão que se opunha ao aborto. Esta música foi tocada incessantemente. Divulgávamos aos media mentiras como: "todos sabemos que a oposição ao aborto vem da hierarquia e não da maioria dos católicos", "as sondagens provam que a maioria dos católicos quer uma reforma"... E os media martelavam tudo isto sobre os americanos, persuadindo-os de que quem se opusesse ao aborto livre estava sob a influência da hierarquia católica e que os católicos favoráveis ao aborto eram esclarecidos e progressistas. O facto de que as outras religiões, cristãs e não cristãs, eram (e ainda são) completamente opostas ao aborto foi constantemente silenciado, assim como as opiniões dos ateus pró-vida."
"A terceira táctica era obscurecer e suprimir toda a evidência de que a vida se inicia na concepção. Uma táctica favorita dos abortistas é a ideia de que é impossível saber quando se inicia a vida humana; que isso é uma questão teológica, moral ou filosófica; nada científica. Ora a fetologia tornou inegável a evidência de que a vida se inicia na concepção... (…) A permissividade do aborto é claramente a inegável destruição de uma vida humana (…). Como cientista, eu sei - e não apenas "acredito" - que a vida humana se inicia na concepção".
Ó sua grande VACA
Já não se dá direitos de autor???? Olha que vou fazer queixa à Sociedade Portuguesa de Autores!!!
E olha que esta veio fresquinha de New York, com paragem em Puerto Rico e direitinha ao Faial...acho que não me importava nada de fazer a mesma viagem!
À cá cada email com sorte!
Mas prontos...... vou deixar passar esta para não andarem para aí a dizer que tenho mau feitio e sou má lingua!!!!MOI!!!!!!!!!!!!!!!!
Jinhos para todos no fim de semana grande da revolução dos cravos....bem me parecia que o 25 de Abril ainda ia servir para alguma coisa!!!piadinha, juro! Os fascistas dão-me urticária.
E olha que esta veio fresquinha de New York, com paragem em Puerto Rico e direitinha ao Faial...acho que não me importava nada de fazer a mesma viagem!
À cá cada email com sorte!
Mas prontos...... vou deixar passar esta para não andarem para aí a dizer que tenho mau feitio e sou má lingua!!!!MOI!!!!!!!!!!!!!!!!
Jinhos para todos no fim de semana grande da revolução dos cravos....bem me parecia que o 25 de Abril ainda ia servir para alguma coisa!!!piadinha, juro! Os fascistas dão-me urticária.
Momento Zen VI
Shortest Fairy Tale Ever
Once upon a time a guy asked a girl: "will you marry me?"
She said: "No"
And the guy lived happily ever after.
Once upon a time a guy asked a girl: "will you marry me?"
She said: "No"
And the guy lived happily ever after.
Flash
"Nós gostamos de dizer mal pelas costas e bem pela frente. Nós gostamos de ser amigos de toda a gente e de não gostar de ninguém. Nós gostamos de ser manhosos e, passe a palavra (...), gostamos de ser merdosos. E eu não gosto disso. É um lado da alma portuguesa que me irrita profundamente."
José Miguel Júdice, Diário de Noticias em 2005-04-22
Via O Ser e o Nada, do Pico
José Miguel Júdice, Diário de Noticias em 2005-04-22
Via O Ser e o Nada, do Pico
quinta-feira, 21 de abril de 2005
Para uma baixinha muito brava
Porque hoje é um dia especial para a baixinha do nosso coração (que apesar de não ser membro oficial do clube das bravas, sempre o foi de coração), ocorreu-me deixar aqui um poema de Vinicius de Moraes que diz tudo o que lhe poderiamos desejar de bom.
«Desejo primeiro que você ame,
E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim,
Mas se for, saiba ser sem desesperar.
Desejo também que tenha amigos,
Que mesmo maus e inconsequentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Você possa confiar sem duvidar.
E porque a vida é assim,
Desejo ainda que você tenha inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exacta para que, algumas vezes,
Você se interpele a respeito
De suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que você não se sinta demasiado seguro.
Desejo depois que você seja útil,
Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.
Desejo ainda que você seja tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Você sirva de exemplo aos outros.
Desejo que você, sendo jovem,
Não amadureça depressa demais,
E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer,
E que sendo velho, não se dedique ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e
É preciso deixar que eles escorram por entre nós.
Desejo por sinal que você seja triste,
o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o riso contínuo é insano.
Desejo que você descubra,
Com o máximo de urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.
Desejo ainda que você afague um gato,
Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque, assim, você se sentirá bem por nada.
Desejo também que você plante uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E acompanhe o seu crescimento,
Para que você saiba de quantas
Muitas vidas é feita uma árvore.
Desejo, outros sim, que você tenha dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
E que pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele
Na sua frente e diga "Isso é meu",
Só para que fique bem claro quem é o dono de quem.
Desejo também que nenhum de seus afectos morra,
Por ele e por você,
Mas que se morrer, você possa chorar
Sem se lamentar e sofrer sem se culpar.
Desejo por fim que você sendo homem,
Tenha uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenha um bom homem
E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada a te desejar.»
Feliz aniversário, Flávia!
«Desejo primeiro que você ame,
E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim,
Mas se for, saiba ser sem desesperar.
Desejo também que tenha amigos,
Que mesmo maus e inconsequentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Você possa confiar sem duvidar.
E porque a vida é assim,
Desejo ainda que você tenha inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exacta para que, algumas vezes,
Você se interpele a respeito
De suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que você não se sinta demasiado seguro.
Desejo depois que você seja útil,
Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.
Desejo ainda que você seja tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Você sirva de exemplo aos outros.
Desejo que você, sendo jovem,
Não amadureça depressa demais,
E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer,
E que sendo velho, não se dedique ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e
É preciso deixar que eles escorram por entre nós.
Desejo por sinal que você seja triste,
o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o riso contínuo é insano.
Desejo que você descubra,
Com o máximo de urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.
Desejo ainda que você afague um gato,
Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque, assim, você se sentirá bem por nada.
Desejo também que você plante uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E acompanhe o seu crescimento,
Para que você saiba de quantas
Muitas vidas é feita uma árvore.
Desejo, outros sim, que você tenha dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
E que pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele
Na sua frente e diga "Isso é meu",
Só para que fique bem claro quem é o dono de quem.
Desejo também que nenhum de seus afectos morra,
Por ele e por você,
Mas que se morrer, você possa chorar
Sem se lamentar e sofrer sem se culpar.
Desejo por fim que você sendo homem,
Tenha uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenha um bom homem
E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada a te desejar.»
Feliz aniversário, Flávia!
quarta-feira, 20 de abril de 2005
Mundividências
Nos primeiros tempos da dança dos blogs - já não sei como nem porquê - fui ao encontro dum blog que me marcou bastante. Como debutante que era então, a curiosidade impelia-me a navegar por todo o lado, deixava-me levar por espirais de nicks que me íam transportando para a mente de outras pessoas, e tal como bons livros que se folheiam, entrava em outros mundos.
Sempre gostei de escritas fortes, daquelas que dizem muito com poucas palavras. De escritas que conseguem transpôr a alma da pessoa com toda a profundidade. Daquelas que remetem para a simbologia da força do mundo. Daquelas que tem em si tanta vitalidade como a própria vida. Daquelas onde se percebe que foram extraídas a ferro e fogo num mergulho a si mesmo.
O Rodrigo, um anónimo para mim, tinha tudo isso.
Hoje voltei a lê-lo e voltei a sentir o mesmo encanto de outrora. Não foi só do meu entusiasmo, ele tinha uma pontinha do que os gregos chamavam de Daimon, uma espécie de géniozinho interior vivaço que corrói até sair cá para fora. Deixou a blogosfera desiludido há uns tempos. "Encontrei-o" precisamente quando o estava a fazer, mandei-lhe um email e continuámos a trocar ideias durante bastante tempo. Pelo seu cantinho já entendem um pouco do que escrevo.
Deixo como sugestão o seu blog: O emergir vespertino da quotidiana esterilidade... a quem tenha alguma paciência e tempo para leituras um pouco mais sérias que o nosso Bravo blog.
Quero!
"Gerês, 23 de Agosto de 1942 --- Não queira coisas impossíveis, --- dizia-me hoje uma mulherzinha que andava na serra à lenha, quando eu tentava subir a uma penedia inacessível.
- Quero, quero! --- respondi-lhe, obstinado.
Ela então olhou-me com uns doces olhos de ovelha tosquiada pela vida, e sorriu melancolicamente. Depois, pôs o molho à cabeça e partiu.
E eu fiquei-me o resto da tarde ali, a ver cair o sol e a pensar em que sonho irrealizável teria aquela alma simples posto um dia o desejo, para com a sua desilusão formular uma frase tão carregada de renúncia e amargura."
Miguel Torga, Diário
Roubo de ideias
[Embora seja um blogue que não costumo frequentar, fiz uma visita curiosa ao Barnabé.
Num post assinado por Celso Martins, o visitante é convidado a estabelecer o melhor perfil para o sucessor de João Paulo II. Na caixa de respostas deparei-me com um curioso comentário, cripticamente assinado por “Caznocrat”, em que o autor se expressava da seguinte forma: “Em relação aos "comentaristas" que anseiam por um Papa que não condene o aborto, abençoe os casamentos homossexuais, permita o sacerdócio às mulheres, acabe com o celibato dos padres, etc… há uma coisa que me intriga: são crentes católicos?Se são, merecem a minha mais sincera compaixão.Se não são, tenham juízo. Como ateu já chegam os problemas que tenho, não sinto necessidade de me intrometer em questões que não me afectam, nem me dizem respeito.”]
Retirado d'O Velho da Montanha
Dêem lá um pulinho e leiam o texto na íntegra, vale a pena.
Num post assinado por Celso Martins, o visitante é convidado a estabelecer o melhor perfil para o sucessor de João Paulo II. Na caixa de respostas deparei-me com um curioso comentário, cripticamente assinado por “Caznocrat”, em que o autor se expressava da seguinte forma: “Em relação aos "comentaristas" que anseiam por um Papa que não condene o aborto, abençoe os casamentos homossexuais, permita o sacerdócio às mulheres, acabe com o celibato dos padres, etc… há uma coisa que me intriga: são crentes católicos?Se são, merecem a minha mais sincera compaixão.Se não são, tenham juízo. Como ateu já chegam os problemas que tenho, não sinto necessidade de me intrometer em questões que não me afectam, nem me dizem respeito.”]
Retirado d'O Velho da Montanha
Dêem lá um pulinho e leiam o texto na íntegra, vale a pena.
terça-feira, 19 de abril de 2005
Para as bravas da geração de 75
Queridas bravas à beira dos 30,
Não posso negar que passar a ter um 3 na idade (como diria a nossa amiga Mimosa), é estranho. Acho que hoje até até acordei uns minutos antes das 7h35 (hora a que o mundo teve o privilégio de me receber) para ver se sentia a idade passar. Mas a verdade é que nada mudou desde a última madrugada.
Posto isto, sinto muito-me bem com os 30 anos fresquinhos, apesar de alguns anos pesarem a dobrar (ou a triplicar) e outros terem passado quase sem deixar marca.
Chegar aos 30 é mais ao menos como chegar aos vinte. Só custa habituarmo-nos ao número. Tudo resto, vem com um sabor mais apurado e muito melhor apreciado. Por isso, não se assustem, que a idade só pesa a quem não a quer carregar.
Um brinde às almas que não envelhecem, que é como quem diz, um brinde às bravas da geração de 75!
Não posso negar que passar a ter um 3 na idade (como diria a nossa amiga Mimosa), é estranho. Acho que hoje até até acordei uns minutos antes das 7h35 (hora a que o mundo teve o privilégio de me receber) para ver se sentia a idade passar. Mas a verdade é que nada mudou desde a última madrugada.
Posto isto, sinto muito-me bem com os 30 anos fresquinhos, apesar de alguns anos pesarem a dobrar (ou a triplicar) e outros terem passado quase sem deixar marca.
Chegar aos 30 é mais ao menos como chegar aos vinte. Só custa habituarmo-nos ao número. Tudo resto, vem com um sabor mais apurado e muito melhor apreciado. Por isso, não se assustem, que a idade só pesa a quem não a quer carregar.
Um brinde às almas que não envelhecem, que é como quem diz, um brinde às bravas da geração de 75!
Parabens ElBravinha
Parabéns á nossa vaca trintona que como boa vaca que é está a entrar nos 30 com a cabeça erguida e as patas no ar!!! Por acaso nem por isso, mas isso agora não interessa nada!
Como alguém disse uma vez, as almas não tem idade, por isso vais ter para sempre a idade de uma menina traquina que batia nos rapazes no Largo da Républica e era maria rapaz!
Com a certeza que daqui a uns meses vou estar com depresão pós-trinta tal como tu!!!! Assim como a maioria das outras vacas deste blog!!!!
Muitos, mas mesmos muitos jinhos de parabéns e boa entrada nos GRANDES 30, 30, 30, 30, 30, 30, 30, 30, 30, 30, 30, 30, 30 - Já estás traumatizada?
Como alguém disse uma vez, as almas não tem idade, por isso vais ter para sempre a idade de uma menina traquina que batia nos rapazes no Largo da Républica e era maria rapaz!
Com a certeza que daqui a uns meses vou estar com depresão pós-trinta tal como tu!!!! Assim como a maioria das outras vacas deste blog!!!!
Muitos, mas mesmos muitos jinhos de parabéns e boa entrada nos GRANDES 30, 30, 30, 30, 30, 30, 30, 30, 30, 30, 30, 30, 30 - Já estás traumatizada?
segunda-feira, 18 de abril de 2005
Homem Culto
O que é um homem culto?
É aquele que:
1º - Tem consciência da sua posição no cosmos e, em particular, na sociedade a que pertence;
2° - Tem consciência da sua personalidade e da dignidade que é inerente à existência como ser humano;
3° - Faz do aperfeiçoamento do seu ser interior a preocupação máxima e fim último da vida.
Ser-se culto não implica ser-se sábio; há sábios que não são homens cultos e homens cultos que não são sábios; mas o que o ser culto implica, é um certo grau de saber, aquele precisamente que fornece uma base mínima para a satisfação das três condições enunciadas.
(...)
Como se põe então agora a questão das elites? Evidentemente que o cultivo e progresso da ciência, bem como a sua aplicação à vida corrente da sociedade, hão-de ser sempre obra de grupos especializados - prospectores e realizadores; chamemos-lhe elites, se assim o quiserem - existem e existirão, como existem e existirão as elites das outras profissões e actividades.
Mas o que não deve nem pode ser monopólio de uma elite, é a cultura; essa tem de reivindicar-se para a colectividade inteira, porque só com ela pode a humanidade tomar consciência de si própria, ditando a todo o momento a tonalidade geral da orientação às elites parciais.
Bento de Jesus Caraça, in Cultura Integral do Indivíduo.
Via Professorices
sábado, 16 de abril de 2005
Pós-Caos: A Fénix
Cá estou novamente. Afinal nem deu para terem saudades minhas amiguinhos. Foi só um dia para vocês, mas foi uma eternidade para mim. No entanto poupei-vos dum sofrimento desnecessário... depois digam que não sou amiga! ;)
Um pouco mais a sério, estou tristinha. Tinha tantas coisas no meu pc que sei que nunca mais as vejo, trabalho pró brejo, é o que é. Agora este pobrinho está vazio como o cérebro duma galinha. Azares pedidos.
Seja o que fôr, quero é pedir-vos de novo os vossos contactos. Especialmente com quem comunico nos backgrounds. Os que têm messenger não é preciso mandarem, esses mantêm-se, não foram à vida, uff.
O meu email está no lugar do costume e obrigadinho a todos desde já.
Sentir em Antíteses
"A beleza de um corpo nu só a sentem as raças vestidas. O pudor vale sobretudo para a sensualidade como o obstáculo para a energia.
A artificialidade é a maneira de gozar a naturalidade. O que gozei destes campos vastos, gozei-o porque aqui não vivo. Não sente a liberdade quem nunca viveu constrangido."
Pessoa, O Livro do Desassossego
A artificialidade é a maneira de gozar a naturalidade. O que gozei destes campos vastos, gozei-o porque aqui não vivo. Não sente a liberdade quem nunca viveu constrangido."
Pessoa, O Livro do Desassossego
O mar por estrada
A poucas horas de apanhar o quinto avião em menos de duas semanas, lembrei-me das palavras que eu própria escrevi noutro blog, em jeito de comentário a um post do autor do Foguetabraze. «Estar sempre de partida ou de chegada é um dialecto que os açorianos cosmopolitas conhecem melhor do que ninguém. É o preço que todos temos de pagar por não conseguirmos ficar presos num só pedaço de terra. Ter o mar por estrada (como escreveu o Carlos noutro blog), dá-nos a obrigação de o percorrer. Nos dois sentidos!» Foi há mais de dois meses que as alinhavei, mas bem podia ter sido hoje. Mais uma vez, estou de saco às costas, a caminho do aeroporto. Qualquer dia, já nem preciso mostrar o BI às meninas do Check-in. A verdade é que o meu conta-quilómetros terá sempre lugar para umas milhas extra. Afinal, partir é o primeiro passo para chegar. Seja aonde for esse lugar a que a viagem me conduz.
Gado Bravo crash down
Ok, não se assustem! eh eh eh!
O pc da nossa vaca-mor Gado Bravo "foi à vida" (sic) , pelo que ela está impedida de postar até que a situação se resolva...
Desejamos todos que volte depressa! We already miss you!!!
***
Abraços das bravas (posso falar por todas, não posso? ó pá, já falei. lol)
Caiê
ps- Confirma-se o (meu) cepticismo nas novas tecnologias. Mulheres, mantenham isto vivo até a R. voltar!
O pc da nossa vaca-mor Gado Bravo "foi à vida" (sic) , pelo que ela está impedida de postar até que a situação se resolva...
Desejamos todos que volte depressa! We already miss you!!!
***
Abraços das bravas (posso falar por todas, não posso? ó pá, já falei. lol)
Caiê
ps- Confirma-se o (meu) cepticismo nas novas tecnologias. Mulheres, mantenham isto vivo até a R. voltar!
quinta-feira, 14 de abril de 2005
A importância das pequenas coisas
Já repararam no paradoxo que é a vida? Quando a felicidade nos envolve, fechamos-lhe a porta na cara e ficamos presos nas pequenas coisas negativas que nos impedem de ver o todo. Quando a tristeza nos rodeia, desprendemo-nos das coisas negativas e agarramos outras pequenas coisas, que nos transmitem a beleza de um mundo que parecia já não existir.
A vida, de facto, é feita de pequenas coisas e, às vezes, retempera-se nas mais extraordinárias insignificâncias. Um raio de sol, um cheiro da infância, um olhar encantado, um sorriso profundo, uma gargalhada traquina.
Hoje, foi a alegria de uma criança correndo num pátio triste, atrás de uma cadela farfalhuda, que transformou o meu dia. O força do seu abraço amigo, que quase sufocou o animal que insistia em escapulir-se para onde não devia, fez-me viajar no tempo. Recordei, por momentos, a criança que um dia fui naquele mesmo pátio e senti-me feliz por alguém ter preenchido o vazio.
A vida, de facto, é feita de pequenas coisas e, às vezes, retempera-se nas mais extraordinárias insignificâncias. Um raio de sol, um cheiro da infância, um olhar encantado, um sorriso profundo, uma gargalhada traquina.
Hoje, foi a alegria de uma criança correndo num pátio triste, atrás de uma cadela farfalhuda, que transformou o meu dia. O força do seu abraço amigo, que quase sufocou o animal que insistia em escapulir-se para onde não devia, fez-me viajar no tempo. Recordei, por momentos, a criança que um dia fui naquele mesmo pátio e senti-me feliz por alguém ter preenchido o vazio.
Imagem do novo poster do OMA
Para amigos... são 5 euros o poster. Tem que ser, já que o Observatório do Mar dos Açores é uma instituição sem fins lucrativos.
Quem quiser pode encomendar aqui, que tenho a certeza que a brava C. os reserva com toda a sua bondade, e eu como sou caridosa, faço a gentileza de os trazer para o mês que vem. Promoção válida aos habitantes do Faial e S. Miguel.
quarta-feira, 13 de abril de 2005
Pascoaes (1877-1952)
Teixeira de Pascoaes produziu a partir da experiência existencial da saudade - presente de forma vaga e imprecisa nos seus primeiros textos em verso - uma reflexão, a que subjaz o princípio fundamental de que o ser manifesta uma condição saudosa. Do Ser ao ser, processa-se uma verdadeira queda ontológica, uma cisão existencial, manifestando o mundo, na sua condição decaída, um "pathos universal". Da condição saudosa de ser resulta pois uma condição dolorosa do mesmo ser. Dor de privação, dor de saudade, consciência da finitude, de imperfeição, de insuficiência ôntica.
A experiência da dor pelo homem saudoso, é simultaneamente individual e universal. Por ela o homem–poeta-filósofo entende o mundo como "uma eterna recordação", percebendo a realidade como evocadora de uma outra realidade mais real que aquela.
A condição dramática da existência manifesta-se assim numa permanente tensão entre Ser e existir. O homem existe num primeiro nível de dignidade ontológica, partilhando pelo corpo o mundo da matéria, e vive pelo espírito. A vida é pois uma eterna aspiração à ultrapassagem da realidade material. O "pensamento poético" de Teixeira de Pascoaes é a expressão da possibilidade de conhecimento que se abre pela via da saudade. O conhecimento filosófico-poético é simultaneamente estético, metafísico e ontológico: estético porque o que lhe é próprio se conhece pelo sentimento, metafísico e ontológico porque o seu horizonte é o da verdade que manifesta um caracter transcendente.
A condição dramática da existência manifesta-se assim numa permanente tensão entre Ser e existir. O homem existe num primeiro nível de dignidade ontológica, partilhando pelo corpo o mundo da matéria, e vive pelo espírito. A vida é pois uma eterna aspiração à ultrapassagem da realidade material. O "pensamento poético" de Teixeira de Pascoaes é a expressão da possibilidade de conhecimento que se abre pela via da saudade. O conhecimento filosófico-poético é simultaneamente estético, metafísico e ontológico: estético porque o que lhe é próprio se conhece pelo sentimento, metafísico e ontológico porque o seu horizonte é o da verdade que manifesta um caracter transcendente.
«Irmana-te às cousas brutas; integra-te na realidade que ergue, em volta de ti, a sua tremenda arquitectura universal.
Meio-dia. Nem um vestígio de bruma. A claridade salienta, dum modo
imprevisto e cruel, os ângulos que nos ferem e os relevos que nos esmagam.
Os relevos tornam-se densos e volumosos até à forma do trovão ensurdecedor que tudo abala e desmorona; os ângulos tornam-se agudos até à incandescência fulminante. A luz é um grito a repercutir-se na abóbada celeste que petrificou de lado a lado - um mármore azul impenetrável.
Céu e Terra - mármore e granito; e o pobre tolo emparedado, sem
um gesto libertador, sem uma palavra.
Quer mover os braços; não pode: são os braços duma estátua.
Quer falar, abre a boca, e a boca fica-lhe cheia de silêncio.
O silêncio é um mar onde ele naufragou, seduzido pelo mistério das profundidades tenebrosas.(...)»
Teixeira de Pascoaes in O Pobre Tolo - Prosa e Poesia
terça-feira, 12 de abril de 2005
Só mais um bocadinho de poesia
Uma vaca dizia que faltava poesia neste blog, pois aqui vai uma lindissima de José Luis Peixoto, que continua a ser o único autor português que consigo ler! (Li, minha amiga, já é um passo em frente.....daqui a dias ainda leio Saramago....mentirinha!!!!nem que me matasses Augh!!).
Vou receber muitas criticas de fans do tipo, não vou?
Mas ele ainda é pior do que eu a colocar acentos e pontos!
De qualquer maneira este poema é sobre amor, amor aos livros que nos dão vida e amor à vida que nos dá os livros.
Espero que gostem
"Este livro. Passa um dedo pela página, sente o papel como se sentisses a pele do meu corpo, o meu rosto.
Este livro tem palavras, esquece as palavras por momentos. O que temos para dizer não pode ser dito.
Sente o peso deste livro. O peso da minha mão sobre a tua. Damos as mãos quando seguras este livro.
Não me perguntes quem sou. Não me perguntes nada. Eu não sei responder a todas as perguntas do mundo.
Pousa os lábios sobre a página, pousa os lábios sobre o papel. Devagar, muito devagar. vamos beijar-nos."
José Luis Peixoto; "este livro. Passa um dedo pela página, sente o papel", O Amor in A casa, a Escuridão, pág 19
Vou receber muitas criticas de fans do tipo, não vou?
Mas ele ainda é pior do que eu a colocar acentos e pontos!
De qualquer maneira este poema é sobre amor, amor aos livros que nos dão vida e amor à vida que nos dá os livros.
Espero que gostem
"Este livro. Passa um dedo pela página, sente o papel como se sentisses a pele do meu corpo, o meu rosto.
Este livro tem palavras, esquece as palavras por momentos. O que temos para dizer não pode ser dito.
Sente o peso deste livro. O peso da minha mão sobre a tua. Damos as mãos quando seguras este livro.
Não me perguntes quem sou. Não me perguntes nada. Eu não sei responder a todas as perguntas do mundo.
Pousa os lábios sobre a página, pousa os lábios sobre o papel. Devagar, muito devagar. vamos beijar-nos."
José Luis Peixoto; "este livro. Passa um dedo pela página, sente o papel", O Amor in A casa, a Escuridão, pág 19
segunda-feira, 11 de abril de 2005
O Papa que Deus nos deu
Acabei de ler na SIC online que o jornal britânico o The Guardian (e é um jornal daqueles a sério, não do tipo 24 Horas) dá como favoritos na corrida papal o cardeal português e o brasileiro... e perguntam-se vocês minhas vacas o porquê desta revelação algo incrivel?
Porque ambos falam português e podem assim criar uma forte ligação entre a velha Igreja (Europa) e a nova (América Latina).
Ok,sabemos que cada vez existem menos católicos na Europa e que a América Latina é o "mercado da fé do futuro" mas por amor a Deus não arranjam melhor que isto!!
Não sei se sou só eu, mas para ser Papa não devia ser requesito essencial falar português.
Ser-se um bom católico, aberto à modernidade, com tendencias sociais e ambientalistas e acima de tudo ter muita vontade de tentar mudar o mundo para melhor, mesmo sabendo que é tarefa impossível......
Porque para ocupar a cadeira de Pedro o que é preciso é ter fé na raça humana (por mais dificil que isso seja) e não falar português!!!!!!!!
Porque ambos falam português e podem assim criar uma forte ligação entre a velha Igreja (Europa) e a nova (América Latina).
Ok,sabemos que cada vez existem menos católicos na Europa e que a América Latina é o "mercado da fé do futuro" mas por amor a Deus não arranjam melhor que isto!!
Não sei se sou só eu, mas para ser Papa não devia ser requesito essencial falar português.
Ser-se um bom católico, aberto à modernidade, com tendencias sociais e ambientalistas e acima de tudo ter muita vontade de tentar mudar o mundo para melhor, mesmo sabendo que é tarefa impossível......
Porque para ocupar a cadeira de Pedro o que é preciso é ter fé na raça humana (por mais dificil que isso seja) e não falar português!!!!!!!!
domingo, 10 de abril de 2005
Ainda a eutanásia... e “Romeu e Julieta”
Há dias li uma crónica sobre o eternamente polémico tema da eutanásia, as doenças e a história de Romeu e Julieta, e achei que seria interessante partilhá-lo com vocês. Neste momento devem estar a pensar: o que tem a eutanásia a ver com Romeu e Julieta?? Leiam e vão ficar a saber...
“O drama de Terry Schiavo, a americana em situação de paralisia cerebral a quem os tribunais – contra a vontade dos pais e “defensores da vida”, um vasto leque que vai desde a Igreja Católica ao presidente George Bush e à maioria protestante do Congresso americano – concederam o direito de “não viver indignamente”, que é como quem diz, de morrer, suscitou um profundo e emocional debate sobre o que é a vida, a doença, e o direito de cada um a dispor de si próprio. Metafísicas à parte, isto é, pondo de lado a natureza divina da vida, que é um argumento que vale apenas para quem acredita que a vida é um milagre, a questão mais interessante é perceber de que modo a ciência e a medicina estão a modificar radicalmente a experiência humana. Ao contrário da tradição oriental, que acredita na reincarnação e encara a vida individual não como uma coisa única e irrepetível mas como um episódio apenas de um contínuo eterno, visto que o indivíduo não morre, apenas muda de corpo, a tradição judaico-cristã (e muçulmana) ensinou-nos a sofrer com resignação e coragem a travessia pela terra, o vale de lágrimas, na esperança de ressuscitar um dia e merecer a vida eterna no céu.
Graças à medicina, e ao crescente cepticismo sobre a vida no outro mundo, as pessoas estão menos dispostas a sofrer e muito menos a morrer, e cada vez mais se encara como um direito natural, que o Estado e o Serviço Nacional de Saúde têm de providenciar, atravessar o vale de lágrimas bíblico e chegar ao fim vivo e de boa saúde. Terry Schiavo, se não estivesse a ser alimentada artificialmente já teria morrido de morte natural há 17 anos. Sem a penicilina, os antibióticos, as vacinas, os transplantes, os “pacemakers”, as máquinas de diálise e toda a parafernália de maquinaria que é hoje indispensável em qualquer centro de saúde, e cujo custo é cada vez maior e incontrolável, uma grande parte dos portugueses já teria entregue a alma ao criados. A esperança média de vida aumentou 30 anos num século graças à alimentação, ao saneamento básico e aos médicos.
Cada vez mais o normal não é estar de boa saúde mas estar doente. Em Portugal, os dias perdidos no trabalho por doença ultrapassam os dez milhões, e seriam muito mais se uma quantidade interminável de novas maleitas justificassem a “baixa”. Os portugueses são dos maiores consumidores europeus de anti-depressivos e pílulas para dormir, acompanhando a nova tendência da medicina para considerar os estados de espírito ou maneiras de ser como situações clínicas. A vergonha e a timidez, por exemplo, chamam-se agora “fobias sociais”, e podem-se tratar, não com uns copos e um jantar com amigos, mas com pílulas receitadas por médicos e comparticipadas pelo Estado. Desde que Dr.Freud, o charlatão de Viena, descobriu as doenças da alma, que a indústria farmacêutica descobriu novas maneiras de ganhar dinheiro à custa do feitio de cada um. A paixão infeliz, ou o mal de amor, são já catalogados pelos psiquiatras como “uma doença genuína que necessita de diagnóstico”. Morrer de amor está em vias de deixar de ser um exagero poético para ser uma situação clínica. Romeu e Julieta não morreram por amor. A acreditar nos psiquiatras, estando apaixonados, o que eles tinham era uma doença terminal. Não se suicidaram, exerceram o seu direito à eutanásia.”
José Júdice, in “Metro”, 29/03/05
“O drama de Terry Schiavo, a americana em situação de paralisia cerebral a quem os tribunais – contra a vontade dos pais e “defensores da vida”, um vasto leque que vai desde a Igreja Católica ao presidente George Bush e à maioria protestante do Congresso americano – concederam o direito de “não viver indignamente”, que é como quem diz, de morrer, suscitou um profundo e emocional debate sobre o que é a vida, a doença, e o direito de cada um a dispor de si próprio. Metafísicas à parte, isto é, pondo de lado a natureza divina da vida, que é um argumento que vale apenas para quem acredita que a vida é um milagre, a questão mais interessante é perceber de que modo a ciência e a medicina estão a modificar radicalmente a experiência humana. Ao contrário da tradição oriental, que acredita na reincarnação e encara a vida individual não como uma coisa única e irrepetível mas como um episódio apenas de um contínuo eterno, visto que o indivíduo não morre, apenas muda de corpo, a tradição judaico-cristã (e muçulmana) ensinou-nos a sofrer com resignação e coragem a travessia pela terra, o vale de lágrimas, na esperança de ressuscitar um dia e merecer a vida eterna no céu.
Graças à medicina, e ao crescente cepticismo sobre a vida no outro mundo, as pessoas estão menos dispostas a sofrer e muito menos a morrer, e cada vez mais se encara como um direito natural, que o Estado e o Serviço Nacional de Saúde têm de providenciar, atravessar o vale de lágrimas bíblico e chegar ao fim vivo e de boa saúde. Terry Schiavo, se não estivesse a ser alimentada artificialmente já teria morrido de morte natural há 17 anos. Sem a penicilina, os antibióticos, as vacinas, os transplantes, os “pacemakers”, as máquinas de diálise e toda a parafernália de maquinaria que é hoje indispensável em qualquer centro de saúde, e cujo custo é cada vez maior e incontrolável, uma grande parte dos portugueses já teria entregue a alma ao criados. A esperança média de vida aumentou 30 anos num século graças à alimentação, ao saneamento básico e aos médicos.
Cada vez mais o normal não é estar de boa saúde mas estar doente. Em Portugal, os dias perdidos no trabalho por doença ultrapassam os dez milhões, e seriam muito mais se uma quantidade interminável de novas maleitas justificassem a “baixa”. Os portugueses são dos maiores consumidores europeus de anti-depressivos e pílulas para dormir, acompanhando a nova tendência da medicina para considerar os estados de espírito ou maneiras de ser como situações clínicas. A vergonha e a timidez, por exemplo, chamam-se agora “fobias sociais”, e podem-se tratar, não com uns copos e um jantar com amigos, mas com pílulas receitadas por médicos e comparticipadas pelo Estado. Desde que Dr.Freud, o charlatão de Viena, descobriu as doenças da alma, que a indústria farmacêutica descobriu novas maneiras de ganhar dinheiro à custa do feitio de cada um. A paixão infeliz, ou o mal de amor, são já catalogados pelos psiquiatras como “uma doença genuína que necessita de diagnóstico”. Morrer de amor está em vias de deixar de ser um exagero poético para ser uma situação clínica. Romeu e Julieta não morreram por amor. A acreditar nos psiquiatras, estando apaixonados, o que eles tinham era uma doença terminal. Não se suicidaram, exerceram o seu direito à eutanásia.”
José Júdice, in “Metro”, 29/03/05
sábado, 9 de abril de 2005
A Imagem dos Políticos
Agora vamos falar um pouco mais a sério.
Se há conversa que ande na boca de qualquer pessoa, assuma-se a pessoa como «política» ou não, é a questão da imagem dos políticos, ou melhor, o que eles representam, representavam ou deveriam representar.
Goste-se ou não da «classe», esta a todos incomoda por igual, e faz todo o sentido que assim seja, já que são estes quem nos representa.
Nesta matéria todos criticamos - mais para mal do que para bem - mas a questão é que não sabemos se faríamos melhor, porque não estamos simplesmente no lugar deles. Não sejemos idealistas exacerbados.
Se há conversa que ande na boca de qualquer pessoa, assuma-se a pessoa como «política» ou não, é a questão da imagem dos políticos, ou melhor, o que eles representam, representavam ou deveriam representar.
Goste-se ou não da «classe», esta a todos incomoda por igual, e faz todo o sentido que assim seja, já que são estes quem nos representa.
Nesta matéria todos criticamos - mais para mal do que para bem - mas a questão é que não sabemos se faríamos melhor, porque não estamos simplesmente no lugar deles. Não sejemos idealistas exacerbados.
Acabamos por ser treinadores de bancada - com bastante influência, claro está, mas isso não nos dá o direito de humilharmos e trazermos a vida pessoal de cada um ao barulho. Dá-nos apenas o direito de participar na vida política indirectamente.
Todos os políticos são pessoas como nós - falíveis, mas chegou-se a um ponto patético de se falar dos políticos como se fossem deuses maléficos e maquiavélicos. Uns corruptos, uns procuradores de tachos, uns espertalhaços que tiveram sorte pelo paizinho ou pela mãezinha, uns isto e outros aquilo.
Pode haver desses e há desses, todos sabemos disso, há gente para tudo e aqui também não há excepções. Mas é importante que se tenha cuidado a falar da «classe» quando nos referimos a um ou dois (ou 50), pois nem todos são iguais. Se há incómodo em particular, aponte-se o dedo à pessoa e dê-se a cara com conhecimento de causa e faça-se justiça, afinal isto é ou não é uma democracia? Anda tudo a rosnar baixinho porque não é conveniente ladrar à mesa, depois então não se queixem de levar dentadas.
Há muito boa gente competente na nossa sociedade, capaz e inteligente, que não pertence a partido nenhum - quiçá hipoteticamente, porque ouça a conversa de todos os dias - e talvez, como consequência, retrai-se de dar a sua participação. A verdadeira participação que poderia vir a alterar muita coisa e nomeadamente a imagem que se tem actualmente dos políticos. Assim cai-se mesmo em descrédito meus amigos, porque não, se nem em si mesmos acreditam!?
Quem tenha convicções ideológicas, concretas, mais ou menos, ou assim assim, e que pensa ser capaz de fazer melhor ou de dar apenas um sério contributo, que tente fazê-lo. Não duvido que hajam bastantes potenciais escondidos de todas as cores. Pelo contrário, quem não goste da actividade e não ache nada, não está a decidir nem a participar, está só a resistir e portanto, que se limite a não estragar.
Os partidos são associações como outras quaisquer, compostas por pessoas como nós, e estão de portas abertas a todos, que se perca de vez a triste imagem de inacessibilidade à participação da sociedade. Queremos todos mudanças em geral, não queremos? Então estamos à espera de quê? Das notícias e da informação de rodapé para ir ao tasquedo do Sr. João verborrear que a situação actual está má? Com sorte estará lá um olheiro político que o reconheça, não?
Engane-se quem pense que pertencer a um partido é condicionar o livre espírito de pensar.
A liberdade vive-se apenas quando começa dentro de nós.
O Homem das 3 Namoradas
Um homem tinha três namoradas e não sabia com qual delas deveria casar.
Resolveu então fazer um teste, para ver qual estava mais apta a ser a sua mulher. Tirou 15 mil euros do banco, deu 5 mil para cada uma e disse:
-Gastem como que quiserem.
A primeira foi ao shopping e comprou roupas, jóias, foi ao cabeleireiro, salão de beleza, etc. Voltou para o homem e disse:
-Gastei todo o teu dinheiro para ficar mais bonita para ti, para te agradar. Tudo isso porque te amo.
A segunda foi ao mesmo shopping, comprou roupas para ele, um cd player, uma televisão ecran plano, dois pares de ténis para jogar basquetebol e futebol, tacos de golfe e filmes porno. Voltou para o homem e disse:
-Gastei todo o teu dinheiro para te fazer mais feliz e te agradar. Tudo isso porque te amo.
A terceira pegou no dinheiro e aplicou em acções. Em três dias duplicou o investimento, devolveu os 5 mil euros ao homem e disse:
-Apliquei o teu dinheiro e ganhei o meu. Agora posso fazer o que quiser com o meu dinheiro. Tudo isso porque te amo.
Então o homem pensou, pensou....
Pensou...
Pensou...
Pensou...
Pensou...
Pensou...
Pensou...
Pensou...
Pensou...
E casou com aquela que tinha as mamas mais fixes!
sexta-feira, 8 de abril de 2005
Sabedoria infantil
A idade certa para casar
"Aos oitenta e quatro anos, porque nesta idade já não precisamos de trabalhar e podemos passar o dia inteiro a namorar com a outra pessoa."
Júlia - 8 anos
"Eu vou-me casar assim que sair do infantário."
Tomás - 5 anos
Solteiro ou casado?
"As raparigas devem ficar solteiras. Os rapazes devem casar-se para terem alguém que lhes limpe a roupa e lhes faça a comida."
Catarina - 9 anos
"Fico com dor de cabeça só de pensar nesse assunto. Sou muito pequena para pensar nesses problemas."
Lina - 9 anos
"Uma das pessoas deve saber preencher um cheque. Mesmo que haja muito amor, é sempre necessário pagar as contas."
Eva - 8 anos
Manter uma relação
"Passar a maior parte do tempo a namorar em vez de irmos trabalhar."
Tomás - 7 anos
"Não esquecer o nome da namorada. Isso estragava tudo! "
Ricardo - 8 anos
"Pôr o lixo lá fora todos os dias."
Guilherme - 5 anos
"Nunca dizer a uma pessoa que se gosta dela se não for verdade."
Pedro - 9 anos
Beleza
"Não tem a ver com sermos bonitos ou não. Eu sou bonito e ainda não encontrei ninguém para casar comigo."
Ricardo - 7 anos
Tácticas infalíveis
"Diz a toda a gente o quanto gostas dela. E não te importes se os pais dela estiverem ao pé."
Manuel - 8 anos
"Levá-la a comer batatas fritas costuma funcionar."
Bernardo - 9 anos
"Eu gosto de hambúrgueres e também gosto de ti."
Luís - 6 anos
"Abanamos as ancas e rezamos para que tudo corra pelo melhor."
Carla - 9 anos
Amor
"O amor é a melhor coisa que existe no mundo. Mas o futebol ainda é melhor!"
Guilherme - 8 anos
"Sou a favor do amor, desde que ele não aconteça quando estão a dar desenhos animados."
Ana - 6 anos
"O amor encontramos mesmo quando nós tentamos nos esconder dele. Eu fujo dele desde os 5 anos mas as raparigas conseguem sempre encontrar-me."
Nuno - 8 anos
"O amor é a loucura. Mas quero experimentar um dia."
Fábio - 9 anos
"Aos oitenta e quatro anos, porque nesta idade já não precisamos de trabalhar e podemos passar o dia inteiro a namorar com a outra pessoa."
Júlia - 8 anos
"Eu vou-me casar assim que sair do infantário."
Tomás - 5 anos
Solteiro ou casado?
"As raparigas devem ficar solteiras. Os rapazes devem casar-se para terem alguém que lhes limpe a roupa e lhes faça a comida."
Catarina - 9 anos
"Fico com dor de cabeça só de pensar nesse assunto. Sou muito pequena para pensar nesses problemas."
Lina - 9 anos
"Uma das pessoas deve saber preencher um cheque. Mesmo que haja muito amor, é sempre necessário pagar as contas."
Eva - 8 anos
Manter uma relação
"Passar a maior parte do tempo a namorar em vez de irmos trabalhar."
Tomás - 7 anos
"Não esquecer o nome da namorada. Isso estragava tudo! "
Ricardo - 8 anos
"Pôr o lixo lá fora todos os dias."
Guilherme - 5 anos
"Nunca dizer a uma pessoa que se gosta dela se não for verdade."
Pedro - 9 anos
Beleza
"Não tem a ver com sermos bonitos ou não. Eu sou bonito e ainda não encontrei ninguém para casar comigo."
Ricardo - 7 anos
Tácticas infalíveis
"Diz a toda a gente o quanto gostas dela. E não te importes se os pais dela estiverem ao pé."
Manuel - 8 anos
"Levá-la a comer batatas fritas costuma funcionar."
Bernardo - 9 anos
"Eu gosto de hambúrgueres e também gosto de ti."
Luís - 6 anos
"Abanamos as ancas e rezamos para que tudo corra pelo melhor."
Carla - 9 anos
Amor
"O amor é a melhor coisa que existe no mundo. Mas o futebol ainda é melhor!"
Guilherme - 8 anos
"Sou a favor do amor, desde que ele não aconteça quando estão a dar desenhos animados."
Ana - 6 anos
"O amor encontramos mesmo quando nós tentamos nos esconder dele. Eu fujo dele desde os 5 anos mas as raparigas conseguem sempre encontrar-me."
Nuno - 8 anos
"O amor é a loucura. Mas quero experimentar um dia."
Fábio - 9 anos
Prémio Pulitzer de Poesia
After Years
Today, from a distance, I saw you
Today, from a distance, I saw you
walking away, and without a sound
the glittering face of a glacier
slid into the sea. An ancient oak
fell in the Cumberlands, holding only
a handful of leaves, and an old woman
scattering corn to her chickens looked up
for an instant. At the other side
of the galaxy, a star thirty-five times
the size of our own sun exploded
and vanished, leaving a small green spot
on the astronomer's retina
as he stood on the great open dome
of my heart with no one to tell.
Ted Kooser
(Abençoado pela Bravíssima C-Angel, a nossa crítica principal, que anda atarefadíssima e sem oportunidade de postar.)
quinta-feira, 7 de abril de 2005
Ser ilhéu
No seu «Primeiro Corso», resultado de um regresso às ilhas, Vitorino Nemésio escreveu: «Tudo, para o ilhéu, se resume em longitude e apartamento. A solidão é o âmago do que está separado e distante.» A frase é linda, mas muito triste. Deixa no ar um peso mais trágico do que aquele que bruma merece. Para mim, a solidão das ilhas pode ser leve. É ela que me permite verdadeiramente disfrutar do que me rodeia, apreciando os pormenores e os comportamentos, bebendo as paisagens e deixando voar as emoções. Para mim, a solidão do ilhéu resume-se na essência dos sentidos. É o partilhar de laços invísiveis aos olhares mais distraídos, mas resistentes às tempestades mais assustadoramente brilhantes. Ser ilhéu, é sentir-se por dentro e por fora. Por inteiro.
O apagar da vida
Este post já vem com atraso, mas mesmo assim acho que vale a pena colar a citação que me fez pensar. Li-a no artigo «O Papa que morreu perto», assinado por Graça Franco no Público de segunda-feira (4 de Abril) e reza assim:
«Durante todo este tempo o Papa insistiu em recordar ao mundo que as vidas valem a pena ser vividas, desde o seu início e até ao seu final, e podem apagar-se serenamente como velas, numa entrega fiel ao criador.»
Gostei da imagem. Mas a vida, por vezes, tem demasiado vento para poder permitir um apagar sereno. Mesmo para quem faz questão de a viver até ao fim!
«Durante todo este tempo o Papa insistiu em recordar ao mundo que as vidas valem a pena ser vividas, desde o seu início e até ao seu final, e podem apagar-se serenamente como velas, numa entrega fiel ao criador.»
Gostei da imagem. Mas a vida, por vezes, tem demasiado vento para poder permitir um apagar sereno. Mesmo para quem faz questão de a viver até ao fim!
quarta-feira, 6 de abril de 2005
Patrocinador
Digam-me lá se não sabem o que é isto e se não vos incomoda tanto como a mim?!?!
Foi hoje, não aguentei mais. Preciso mesmo de dar um ARGHHHHH!
Há já bastante tempo que penso que isto é das coisas mais chatas que já vi, pior mesmo que qualquer pingo de água ou mesmo uma pedrita no sapato.
Serve para quê afinal? Alguém me explica???
Foi hoje, não aguentei mais. Preciso mesmo de dar um ARGHHHHH!
Há já bastante tempo que penso que isto é das coisas mais chatas que já vi, pior mesmo que qualquer pingo de água ou mesmo uma pedrita no sapato.
Serve para quê afinal? Alguém me explica???
terça-feira, 5 de abril de 2005
domingo, 3 de abril de 2005
As Regras do Click-Clack
Sabem como é... É Domingo e tenho em PDL um dos meus manos que veio cá jogar. Onde é que vamos comer? Fast food ao Pk Atlântico. Perdoem-me os puristas, eu cá até comi salada, mas nem só de boa nutrição vive o atleta, especialmente após a vitória... (e não extrapolemos, isto NÃO é sobre comida!).
Queríamos tirar uma foto juntos. Já quase nem nos vemos, ultimamente. Os dois todos relax, apontamos a máquina para as nossas carinhas e o segurança, atento e pressuroso chega-se: "Ó menina, é proibido fotografar dentro do nosso centro comercial." (Menina ou sra, depende sempre se me querem dar ordens ou perguntar-me o que desejo...)
Expliquei: "Não estou a tirar fotos AO centro comercial, mas ao meu irmão e a mim. Acontece que estou cá dentro."
Coitado, o segurança (que não faz mais que a sua obrigação) reafirmou que eu não podia.
O meu irmão, todo luta homem para homem, diz: "No Museu do Louvre, e isto é para lhe dar um exemplo, podem-se tirar fotos... em todo o lado, excepto à Mona Lisa, para não empatar o trânsito de turistas... Aqui não se pode porquê?"
Ora, claro... para que a arquitectura do Centro Comercial seja preservada!
De onde eu concluíria, se tivesse 5 anos, que a arquitectura do centro comercial é mais importante e passível de ser imitada do que as obras-primas do Louvre! Felizmente que não tenho 5 anos e não me dedico a raciocínios destes...
Queríamos tirar uma foto juntos. Já quase nem nos vemos, ultimamente. Os dois todos relax, apontamos a máquina para as nossas carinhas e o segurança, atento e pressuroso chega-se: "Ó menina, é proibido fotografar dentro do nosso centro comercial." (Menina ou sra, depende sempre se me querem dar ordens ou perguntar-me o que desejo...)
Expliquei: "Não estou a tirar fotos AO centro comercial, mas ao meu irmão e a mim. Acontece que estou cá dentro."
Coitado, o segurança (que não faz mais que a sua obrigação) reafirmou que eu não podia.
O meu irmão, todo luta homem para homem, diz: "No Museu do Louvre, e isto é para lhe dar um exemplo, podem-se tirar fotos... em todo o lado, excepto à Mona Lisa, para não empatar o trânsito de turistas... Aqui não se pode porquê?"
Ora, claro... para que a arquitectura do Centro Comercial seja preservada!
De onde eu concluíria, se tivesse 5 anos, que a arquitectura do centro comercial é mais importante e passível de ser imitada do que as obras-primas do Louvre! Felizmente que não tenho 5 anos e não me dedico a raciocínios destes...
«Aprender...»
«Aprender é a coisa mais inteligente que se pode fazer. Ensinar é um acto generoso mas, quando se limita à transmissão, é bastante mais estúpido. (...) Na aprendizagem, existe uma combinação de humildade e curiosidade mas, ao mesmo tempo, tomando consciência do que se já aprendeu. Dizem que é arrigante. Será? Duvido. Se o é, como é que aprendeu e vai aprendendo tanta coisa? O mundo está cheio de chico-espertos que já nascem a dizer que sabem tudo. Uns dizem que não precisam de estudar; que os mestres são burros; que eles - aqui o Necas - é que sabem. Os outros dizem que não sabem nem valem nada; que isso é talento (cultura/privilégio/sorte); que os doutores é que sabem tudo enquanto eles, pobres coitados, só agradecem haver seres superiores que os aturam.
(...) Acho impossível que uma pessoa inteligente possa ser narcisista. Convencido é - mas tem razões para o ser.
(...) Acho impossível que uma pessoa inteligente possa ser narcisista. Convencido é - mas tem razões para o ser.
Miguel Esteves Cardoso, Diário de Notícias de 03.04.2005.
Via Aventuras
(Não comprei o DN nem este artigo está disponível online, penso eu de que.)
Sangue
Compatibilidade dos Grupos Sanguíneos:
- Indivíduos do grupo A Rh+
podem dar aos grupos A Rh+ e AB Rh+
podem receber dos grupos A Rh+ , A Rh- , O Rh+ e O Rh- - Indivíduos do grupo O Rh+
podem dar aos grupos O Rh+, A Rh+ , B Rh+ , AB Rh+
podem receber dos grupos O Rh+ e O Rh- - Indivíduos do grupo B Rh+
podem dar aos grupos B Rh+ e AB Rh+
podem receber dos grupos B Rh+ , B Rh- , O Rh+ , O Rh- - Indivíduos do grupo AB Rh+
podem dar aos grupos AB Rh+
podem receber de todos os grupos positivos e negativos - Indivíduos do grupo A Rh-
podem dar aos grupos A Rh+ , A Rh- , AB Rh+ e AB Rh-
podem receber dos grupos A Rh- e O Rh- - Indivíduos do grupo O Rh-
podem dar a todos os grupos positivos e negativos
podem receber O Rh- - Indivíduos do grupo B Rh-
podem dar aos grupos B Rh+ , B Rh- , AB Rh+ , AB Rh-
podem receber dos grupos B Rh- e O Rh- - Indivíduos do grupo AB Rh-
podem dar aos grupos AB Rh+ e AB Rh-
podem receber de todos os grupos negativos.
Aos indivíduos do grupo O, pelo facto de poderem dar sangue a todos os outros grupos, são chamados de «Dador Universal» e aos indivíduos do grupo AB de «Receptor Universal» por poderem receber sangue de todos os outros grupos.
sábado, 2 de abril de 2005
O que fazer quando a política fica Brava?
Estava a ler o biografia de Gabriel Garcia Marquez (sim, aquele calhamaço intitulado “Viver para Contá-la” que levei nas últimas férias para o Faial na esperança de chegar ao fim...) quando encontrei uma frase que me fez pensar e que rezava assim: «Se não te meteres com a política, a política acabará por meter-se contigo». O autor aprendeu a citação quando andava na escola e diz que os manuais de então a atribuíam a Lenine. Embora não seja fã deste personagem, não posso deixar de concordar com o seu significado. Há sempre uma altura em que as coisas descambam de tal maneira que acabam por nos atingir, directa ou indirectamente. E, aí, o que fazer? Virar as costas? Sair de fininho? Apoiar quem está mal? Ou enfrentar o touro pelos cornos? Eu cá por mim, sou mais do género de saltar para a arena, apesar de não achar piada nenhuma a touradas. E vocês?
O Artista Açoriano
" O artista açoriano tende, regra geral, a criar um "universo" marcado pela insularidade, mesmo quando a sua actividade se desenvolve fora dos Açores. Este princípio - naturalmente sujeito a excepções - assume um significado relevante desde que o conceito de Açorianidade ganha consistência. O binómio Poeta / Isolamento, que Vitorino Nemésio tão certeiramente introduziu no título de um famoso ensaio sobre Roberto de Mesquita, poderia, sem distorção escandalosa, parafrasear-se como Artista / Isolamento no que respeita ás condições de criatividade de raíz açórica. [...]
O isolamento do artista açoriano será antes de mais uma frustração multifacetada. Esse "isolamento" resulta de obstáculos mais opressivos do que o simples determinismo geográfico."
José Martins Garcia , A Criatividade Artística nos Açores - Limites e Barreiras
O isolamento do artista açoriano será antes de mais uma frustração multifacetada. Esse "isolamento" resulta de obstáculos mais opressivos do que o simples determinismo geográfico."
José Martins Garcia , A Criatividade Artística nos Açores - Limites e Barreiras
sexta-feira, 1 de abril de 2005
Ilhas e Mar
There's a new blog in town para quem sente a falta do cheiro do Mar.
Sejam bem vindos os teus ares Maresia.
Sejam bem vindos os teus ares Maresia.
Extinção
Bravas e queridos leitores,
O Gado Bravo vai ter que «encerrar as suas portas».
Com muita tristeza minha, este espaço não pode continuar mais a existir. As razões serão informadas às bravas brevemente.
A todos o nosso obrigado por terem passado por cá.
Abraços.
O Gado Bravo vai ter que «encerrar as suas portas».
Com muita tristeza minha, este espaço não pode continuar mais a existir. As razões serão informadas às bravas brevemente.
A todos o nosso obrigado por terem passado por cá.
Abraços.
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