quinta-feira, 17 de março de 2005

O Beijo


A troca dos sopros, a mescla das almas - o beijo que reconcilia a carne com o espírito num contrato sagrado através duma vertigem que é a completa perda do eu, o abandono de si.
Ao tornarem-se mensageiros do Amor, desposaram também todas as contradições, a ponto de já nem sempre sabermos se são sérios ou frívolos e se este halo de sensualidade de que se rodeiam é um perfume de eternidade ou um leve vapor. Nada mais sério que um beijo, seja. Mas nada mais volátil e também, nada de mais deliciosamente fugaz.

in História do Beijo, Gérald Cahen

8 comentários:

«« disse...

O bom gosto da escolha do tema, é um facto limitador de quem gostacomentar.

Hoje no noticiario matinal ouvi dizer que as corridas de touros vão ser alargadas ao Faial, como é que esta comunidade bovina vê a coisa?

RD disse...

Li esse livro ontem à tarde, em vez de ler Popper (!), e não resisti em retirar um pouco dele para partilhar convosco, se bem que o livro não é nada de especial.

A última vez que vi uma largada de touros mansos no Faial, no Parque do Capelo, muito me ri. Vi um herói de collans a levar do touro e a seguir... do seu pai. hehe. Até cronometrei uma prova de cavalos mais um amigo meu, estávamos de chinelos com esporas! :)
Acho a ideia gira, sempre é mais uma coisa, mas acho que não temos muito jeito para isso.

Viuva Negra disse...

Gosto de garaiadas e touradas a serio o se brincadeira , mas toiros de morte não ... acho sanguinário ...

MAs o beijo , comentando , é uma acto simples onde se transmite tanto ...

Caiê disse...

Cara Brava:
ainda nem chegou a Primavera e já as flores do pasto tiveram o efeito de despertar tais leituras... hum hum!!!
Parabéns pela imagem francesa - todo o requinte e o imaginário do "beijo francês" e a velha história de que as /os faialenses gostam de conhecer outras culturas aprofundadamente.;)

Recuso-me a comentar touros com beijos... Muito pouco compatível; nem sequer passível de analogias.
além de que as touradas são de todo fora do nosso espírito.

Ah! Mais uma coisa importante: o Post do beijo ilustra a minha ideia de que a prática é MUITO mais importante do que a teoria. Mas de longe! Portanto, moços, vou-me deixar de teorias beijoqueiras e passar à acção. Bravas, allez!!!

RD disse...

Foi adequado e uma boa desculpa para Klimt, confesso. :)
Não podem ser só vacas, não é?
Quanto à prática... neste caso em particular, sem dúvida que a teoria não a bate.

Anónimo disse...

o beijo tem realmente essa carga simbólica... pelo menos para mim...

by the way.... beijos!!!!! muitos

RD disse...

Para mim também amigo. Vai muito além do contacto físico.
Muitooooos beijinhos pa ti e para o POVO!

dinorah disse...

Adoro Klint!
Muito boa escolha!
um bj (dos tais!)