As palavras que se seguem abaixo não são novas. Escrevi-as há um ano, mas parecem-me tão actuais, que resolvi deixá-las aqui, para voltar a lembrar que não há dias que façam milagres.
Sou mulher, mas nunca fui feminista. Nunca aceitei que uma mulher progredisse na carreira mais depressa só por ser mulher. Nunca defendi o acesso privilegiado das mulheres ao poder. Nunca achei que por ser mulher valia mais do que um homem.
No entanto, também nunca aceitei que as mulheres fossem discriminadas pela sociedade. Nem que fossem prejudicadas na carreira. Nem que fossem preteridas em favor de homens com menor capacidade. Nem que fossem privadas de liberdade de escolha.
Longe vão os tempos em que as mulheres eram um acessório que se tinha lá em casa. Hoje, já lhes é reconhecida competência e profissionalismo. Às vezes, falta é vontade de ir à luta para chegar mais além. Seja no trabalho, no desporto, na política, na religião, ou até mesmo na maternidade, na família e no lar. Mas aí, não há Dia Internacional da Mulher que faça milagres!
Acredito que cada um, homem ou mulher, vale por aquilo que é, o que significa que deve lutar por aquilo que merece e por aquilo que acha justo. Mas ninguém disse que a luta é fácil. E a sorte não cai do céu!
terça-feira, 8 de março de 2005
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3 comentários:
E mais nada. O truque é ponderar bem, decidir e apontar os dois pés para a frente sem chorar sobre o leite derramado - quando se o derrama, aprender com ele para não se repetir.
Subscrevo na íntegra. Até parece que crescemos juntas, hein? ;)
Bonito texto, parabéns, sou um homem apostado na igualdade de direitos, com o respeito á diferença (que nem é qualitativa nem quantitativa, simplesmente diferença).
Esta nossa vaca das letras faz sempre umas coisas perfeitinhas ;)
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