Por mais que queira, não posso fugir ao tema do dia, que varia entre quem ganhou o debate de ontem na RTP 2 e quem o perdeu na SIC Notícias. Entre Santana e Sócrates, venha o diabo e escolha, digo eu. Mas o que interessa é que aquilo que o país assistiu em directo no canal mais visto em Portugal não foi um debate. A ver pelas luzes, pelas perguntas deixadas por responder, pela contabilidade do tempo e pelas respostas dos participantes, foi apenas a nova versão do "Quem quer ser Primeiro-ministro?". Só que o júri, formalmente instalado em quatro cadeiras sem molas, esqueceu-se de avisar os concorrentes de dois pormenores importantes: que o vencedor só seria conhecido no dia 20 de Fevereiro e que o dinheiro investido em sondagens não seria devolvido. Quanto ao prémio, esse, duvido que algum português no seu perfeito juízo o quisesse levar para casa. É que um país como o nosso não é fácil de esconder dos olhares invejosos dos vizinhos...
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2005
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3 comentários:
Mas quem é que viu o debate? Creio que só aqueles que gostam de repetições.
Ainda assim, houve muita gente que o viu, eu vi porque achei que deveria ver, mas sinceramente não gostei.
Foi uma auto-promoção muito forçada, restrita a tempos mínimos e como diz a elBravinha, com muita pergunta deixada por responder.
É mais um bom exemplo de se querer mudanças a toda a força, e adere-se às novidades sem se pensar na adequação. Este modelo de debate - repito - não se adequa aos portugueses. Para mim ninguém ganhou e só o povo perdeu... mais uma vez.
Se calhar quem ganhou foram aqueles que lá não estiveram.
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