Confesso que me custa escrevê-lo, mas... Estou indecisa. Sei que as eleições são já no próximo domingo e que até vou poder votar no Faial, coisa que, ao longo destes anos, a distância tornou quase sempre impossível. O problema é que, desta vez, não sei mesmo onde pôr a cruz. Sei bem que não sou a única pessoa a viver este drama. Sei que meio país não acredita em nenhuma das promessas feitas por uns e por outros, nem tão pouco em quem as faz. Mas a verdade é que estou preocupada com a minha indecisão.
Sempre fiz parte daquele rol de pessoas que não têm dificuldades em tomar decisões. Começo por analisar os prós e os contras de cada opção e depois opto pela que me parece ser a mais certa. Nada mais simples! É claro que a vida se tem encarregue de me mostrar que nem sempre faço a escolha acertada, mas quando isso acontece tento transformar o erro numa vantagem. É uma boa forma de dar a volta à questão e ainda aprendo o que nunca aprenderia se tivesse acertado à primeira.
Considero-me, portanto, uma pessoa prática, que olha para o lado positivo das oportunidades que a vida oferece, sem descurar a procura de um bem comum. Talvez por isso nunca tenha sido pessoa de votar pelo partido, nem seguir qualquer doutrina partidária exclusiva (embora uns e outros tentem, sucessivamente, catalogar-me como sendo de esquerda ou de direita). Em vez disso, prefiro avaliar os líderes das listas pela minha própria cabeça, bem como as políticas que têm (ou não) sido realizadas. No fundo, escolho o tipo de Governo que quero para o futuro e isso costuma dizer tudo.
Contudo, os candidatos mais bem colocados para formar Governo depois das próximas eleições, têm feito tudo menos “ajudar-me” a escolher onde colocar a cruz no próximo domingo. Pelo contrário, cada vez que abrem a boca só me fazem ter vontade de fugir para longe caso algum deles for eleito. Não quero com isto defender o voto nos partidos mais pequenos. Longe disso! Não sou adepta de extremos, nem radicalismos, sejam eles de esquerda ou de direita. E é precisamente por isso que ainda estou mais indecisa.
Estas eleições são demasiado importantes para que eu escolha votar num partido radical só porque não tenho outra opção interessante. Tal como são demasiado importantes para votar em alguém que vive da imagem e para a imagem, seja ela reflectida do lado direito ou do lado esquerdo do espelho. Sendo assim, e bem vistas as coisas, será que sobra alguém em quem se possa votar? Que seja sério mesmo que não interessante? Quer-me parecer que não... E o meu problema é precisamente esse!
Com ou sem candidatos à altura dos desafios que Portugal precisa cumprir rapidamente, a verdade é que, tal como vocês, bravos e bravas deste País, vou ter de tomar uma decisão até domingo. O que não vou, de certeza, é deixar de votar, nem tão pouco permitir que outros escolham, por mim, o tal candidato, mesmo que nenhum deles o mereça ser Primeiro-ministro.
Deixar de ir votar só porque se está indeciso não é opção. A solução é sempre decidir. Mesmo que não se saiba onde colocar a cruz. Mesmo que a cruz escolhida se venha a revelar depois uma má opção. O que interessa é que pudémos escolher. E que o fizémos!
Sempre fiz parte daquele rol de pessoas que não têm dificuldades em tomar decisões. Começo por analisar os prós e os contras de cada opção e depois opto pela que me parece ser a mais certa. Nada mais simples! É claro que a vida se tem encarregue de me mostrar que nem sempre faço a escolha acertada, mas quando isso acontece tento transformar o erro numa vantagem. É uma boa forma de dar a volta à questão e ainda aprendo o que nunca aprenderia se tivesse acertado à primeira.
Considero-me, portanto, uma pessoa prática, que olha para o lado positivo das oportunidades que a vida oferece, sem descurar a procura de um bem comum. Talvez por isso nunca tenha sido pessoa de votar pelo partido, nem seguir qualquer doutrina partidária exclusiva (embora uns e outros tentem, sucessivamente, catalogar-me como sendo de esquerda ou de direita). Em vez disso, prefiro avaliar os líderes das listas pela minha própria cabeça, bem como as políticas que têm (ou não) sido realizadas. No fundo, escolho o tipo de Governo que quero para o futuro e isso costuma dizer tudo.
Contudo, os candidatos mais bem colocados para formar Governo depois das próximas eleições, têm feito tudo menos “ajudar-me” a escolher onde colocar a cruz no próximo domingo. Pelo contrário, cada vez que abrem a boca só me fazem ter vontade de fugir para longe caso algum deles for eleito. Não quero com isto defender o voto nos partidos mais pequenos. Longe disso! Não sou adepta de extremos, nem radicalismos, sejam eles de esquerda ou de direita. E é precisamente por isso que ainda estou mais indecisa.
Estas eleições são demasiado importantes para que eu escolha votar num partido radical só porque não tenho outra opção interessante. Tal como são demasiado importantes para votar em alguém que vive da imagem e para a imagem, seja ela reflectida do lado direito ou do lado esquerdo do espelho. Sendo assim, e bem vistas as coisas, será que sobra alguém em quem se possa votar? Que seja sério mesmo que não interessante? Quer-me parecer que não... E o meu problema é precisamente esse!
Com ou sem candidatos à altura dos desafios que Portugal precisa cumprir rapidamente, a verdade é que, tal como vocês, bravos e bravas deste País, vou ter de tomar uma decisão até domingo. O que não vou, de certeza, é deixar de votar, nem tão pouco permitir que outros escolham, por mim, o tal candidato, mesmo que nenhum deles o mereça ser Primeiro-ministro.
Deixar de ir votar só porque se está indeciso não é opção. A solução é sempre decidir. Mesmo que não se saiba onde colocar a cruz. Mesmo que a cruz escolhida se venha a revelar depois uma má opção. O que interessa é que pudémos escolher. E que o fizémos!
4 comentários:
Isso está mesmo complicado, hein? Bom, não sou hipócrita nem vou encher o blog de posts "vota este e não votes aquele", não seria razoável ir contra o que acredito e defender alguma personagem patética destas a ferro e fogo.
No entanto, e porque sou uma gaija de causas (perdidas ou não), sei onde vou votar e tu bem sabes onde a mão me leva a rabiscar a cruz mesmo de olhos vendados. Não tenho qualquer dúvida sobre o que acredito.
Qualquer deles que vá para o poder vai ter azares e felicidades, não há milagres amiga.
É preciso é pensar quais as medidas que estamos prontos a aceitar porque serão elas as consequências da nossa escolha de voto.
Seja como for, interessa é que de direita ou esquerda, seja consciente.
Já reparaste nas listas da Região? Os "meus" estão muito bem representados.
como te compreendo el bravinha... também eu ando nessa indecisão...podemos sempre seguir o exemplo do saramago...o que também não tenho a certeza que seja resposta... faça-se luz nas nossas cabeças até domingo. que venha o diabo e escolha
como te compreendo el bravinha... também eu ando nessa indecisão...podemos sempre seguir o exemplo do saramago...o que também não tenho a certeza que seja resposta... faça-se luz nas nossas cabeças até domingo. que venha o diabo e escolha
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