A notícia parece já estar por todo o lado, embora só agora eu tenha dado por isso (sim, confesso que ando um pouco distraída...). Parece que as livrarias Novel acabaram de chegar a Portugal e o franchising até pode ser canalizado para os Açores. Se alguém tiver pelo menos dez mil euros para investir, claro!
Por mim, confesso que adoraria, mas, infelizmente, sou uma brava das mais tesas... E sem euros não há milagres, mesmo para quem pertence a uma manada invencível.
Será que não há por aí nenhum euro-milionário com vontade de investir no Faial? Eu, se tivesse os tais euros, nem hesitaria. Não os tendo, só posso continuar a mugir umas palavrinhas de vez em quando. E sonhar que um dia elas sejam lidas por nóbeis bravas e bravos de todas as manadas.
Saudações bravias!
domingo, 27 de fevereiro de 2005
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2005
Googleando o Gado Bravo
Por curiosidade, fui googlear o Gado Bravo, tal como fiz no sopinha de massa, e encontram-se coisas interessantes, tais como:
“Não será altura de se pensar, mas urgentemente, junto dos órgãos competentes da governação, requerer que seja criada legislação própria para que em definitivo passe a haver uma lei que defina a "ZONA DE PROTECÇÃO AO GADO BRAVO"?”
Revoltem-se bravas: Querem-vos por num guetto!
p.s. Tirando estes disparates, fiquei a saber que em 1937, em Portugal, foi realizado um filme chamado Gado Bravo. Vão ver, depois contam-me.
“Não será altura de se pensar, mas urgentemente, junto dos órgãos competentes da governação, requerer que seja criada legislação própria para que em definitivo passe a haver uma lei que defina a "ZONA DE PROTECÇÃO AO GADO BRAVO"?”
Revoltem-se bravas: Querem-vos por num guetto!
p.s. Tirando estes disparates, fiquei a saber que em 1937, em Portugal, foi realizado um filme chamado Gado Bravo. Vão ver, depois contam-me.
Conversa de Macho
- Não, não tem... Então não sabes que a açoriana é de primeira? É genuína meu caro, sem corantes nem conservantes.
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2005
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2005
Gado Bravo
Só para avisar as vacas que me conhecem que mudei de emprego, de casa(pelo menos por este mês) e mais algumas coisas que agora não interessam nada. Aproveito para dar parabéns pelos novos vitelinhos que muito orgulham a nossa manada.
Já agora aproveito para lembrar que uma irmã vaca faz hoje 28 aninhos - Parabéns fofa.
Até á próxima
Já agora aproveito para lembrar que uma irmã vaca faz hoje 28 aninhos - Parabéns fofa.
Até á próxima
terça-feira, 22 de fevereiro de 2005
Uma beijoka...
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2005
Os regimes políticos, você e as suas duas vacas.
Comunismo (idealizado): Você tem duas vacas. Os seus vizinhos ajudam-no a cuidar da vaca e todos compartilham o leite.
Comunismo (v. 2) : Você tem duas vacas. Você cuida das vacas, mas todo o leite fica com o governo.
Ditadura militar: Você tem duas vacas. O governo fica com as duas vacas para alimentar os corruptos que o apoiam. Torturam e depois matam-o porque você é um subversivo perigoso.
Ditadura militar (v. 2): Você tem duas vacas. O governo fica com as duas e prendem-no para averiguações.
Fascismo: Você tem duas vacas. O governo fica com as duas vacas, contratam-no para cuidar das vacas e vendem-lhe o leite.
Democracia: Você tem duas vacas. Os vizinhos decidem como repartir o leite.
Democracia representativa: Você tem duas vacas. Você e os seus vizinhos marcam uma eleição para escolher quem irá dizer como o leite será repartido.
Ditadura militar latino-americana: Você tem duas vacas. O governo mata-o. Fica com as duas vacas, vende as vacas e manda o dinheiro para um banco suíço.
Democracia Surrealista: Você tem duas vacas. O governo aplica-lhe uma pesada multa porque um quintal não é lugar para criar duas vacas.
Democracia americana: O governo promete dar-lhe duas vacas se você votar nele. Após a eleição, o presidente é acusado de especular no mercado futuro de vacas. Importante jornal descobre o que existe por trás das vacas (!) e cria um escândalo chamado Cowgate (não confundir com o dentifrício). O presidente é forçado a renunciar e as vacas contratam advogado para processar o governo por quebra de contrato.
Democracia britânica: Você tem duas vacas. Você "brinca" tanto com as vacas que elas ficam loucas. O governo não está nem aí...
Democracia francesa: Você tem duas vacas. O governo baixa regras sobre a forma de as alimentar e ordenhá-las. Paga um gordo subsídio para você reduzir a produção para continuar facturando e não ter de ir procurar emprego na cidade. Depois, manda-o desfilar com as vacas em frente ao bar do zé.
Capitalismo: Você tem duas vacas. Vende uma e compra um touro.
Capitalismo (versão Hong Kong): Você tem duas vacas. Vende as três para uma empresa fantasma em nome do primo de uma namorada e depois compra as quatro vacas de volta com o financiamento obtido junto a um banco cujo gerente é seu amigo e com quem reparte o rebanho: quatro vacas para cada um.
Democracia brasileira: Você tem duas vacas. Você leva as duas vacas para uma exposição e vende dez vezes cada uma delas a dez pecuaristas que as compram com financiamento de banco oficial. Depois, você leva as vacas de volta para a sua fazenda e recebe as comissões dos compradores de vacas.
Democracia verde (politicamente correta): Você tem duas vacas. O governo manda-o soltá-las no pasto.
Democracia surrealista (v. 2): Você tem duas vacas cor de rosa. Elas flutuam placidamente sobre uma relva de cores fortes. O governo? No governo só há políticos honestos e eles não estão nem aí para suas vaquinhas amarelas.
Feudalismo: Você tem duas vacas. O senhor, le Baron de La Merde-Rouge, fica com a maior parte do leite para alimentar a sua, dele, família.
Democracia Portuguesa: Você tinha duas vacas mas comeu-as. Entretanto pediu um subsídio e comprou uma manada que está a passar fome, porque o seu dinheiro acabou com a compra do Porsche.
Outra versão aqui.
Comunismo (v. 2) : Você tem duas vacas. Você cuida das vacas, mas todo o leite fica com o governo.
Ditadura militar: Você tem duas vacas. O governo fica com as duas vacas para alimentar os corruptos que o apoiam. Torturam e depois matam-o porque você é um subversivo perigoso.
Ditadura militar (v. 2): Você tem duas vacas. O governo fica com as duas e prendem-no para averiguações.
Fascismo: Você tem duas vacas. O governo fica com as duas vacas, contratam-no para cuidar das vacas e vendem-lhe o leite.
Democracia: Você tem duas vacas. Os vizinhos decidem como repartir o leite.
Democracia representativa: Você tem duas vacas. Você e os seus vizinhos marcam uma eleição para escolher quem irá dizer como o leite será repartido.
Ditadura militar latino-americana: Você tem duas vacas. O governo mata-o. Fica com as duas vacas, vende as vacas e manda o dinheiro para um banco suíço.
Democracia Surrealista: Você tem duas vacas. O governo aplica-lhe uma pesada multa porque um quintal não é lugar para criar duas vacas.
Democracia americana: O governo promete dar-lhe duas vacas se você votar nele. Após a eleição, o presidente é acusado de especular no mercado futuro de vacas. Importante jornal descobre o que existe por trás das vacas (!) e cria um escândalo chamado Cowgate (não confundir com o dentifrício). O presidente é forçado a renunciar e as vacas contratam advogado para processar o governo por quebra de contrato.
Democracia britânica: Você tem duas vacas. Você "brinca" tanto com as vacas que elas ficam loucas. O governo não está nem aí...
Democracia francesa: Você tem duas vacas. O governo baixa regras sobre a forma de as alimentar e ordenhá-las. Paga um gordo subsídio para você reduzir a produção para continuar facturando e não ter de ir procurar emprego na cidade. Depois, manda-o desfilar com as vacas em frente ao bar do zé.
Capitalismo: Você tem duas vacas. Vende uma e compra um touro.
Capitalismo (versão Hong Kong): Você tem duas vacas. Vende as três para uma empresa fantasma em nome do primo de uma namorada e depois compra as quatro vacas de volta com o financiamento obtido junto a um banco cujo gerente é seu amigo e com quem reparte o rebanho: quatro vacas para cada um.
Democracia brasileira: Você tem duas vacas. Você leva as duas vacas para uma exposição e vende dez vezes cada uma delas a dez pecuaristas que as compram com financiamento de banco oficial. Depois, você leva as vacas de volta para a sua fazenda e recebe as comissões dos compradores de vacas.
Democracia verde (politicamente correta): Você tem duas vacas. O governo manda-o soltá-las no pasto.
Democracia surrealista (v. 2): Você tem duas vacas cor de rosa. Elas flutuam placidamente sobre uma relva de cores fortes. O governo? No governo só há políticos honestos e eles não estão nem aí para suas vaquinhas amarelas.
Feudalismo: Você tem duas vacas. O senhor, le Baron de La Merde-Rouge, fica com a maior parte do leite para alimentar a sua, dele, família.
Democracia Portuguesa: Você tinha duas vacas mas comeu-as. Entretanto pediu um subsídio e comprou uma manada que está a passar fome, porque o seu dinheiro acabou com a compra do Porsche.
Outra versão aqui.
E pront's, lá se vão os nossos segredos...
...não é que um chico esperto que se diz cientista desenvolve um programa para entender as vacas?
Estamos muito bem, obrigadinha!
A nova era
Foi-se o Portas, foi-se o Santana.
Por mim íam-se todos de uma vez só, incluindo o Sócrates e afins.
Portugal precisava de uma mudança, mas uma mudança a sério que não passa pelos partidos pequenos também, passa antes por uma mudança de políticos. Onde diabo é que esta gente aprende política, em rodapés?
Seja como for, a ver vamos no que irá dar esta maioria absoluta. Há-de ser sempre cedo para falar, tamanho o rol de mudanças que se avizinham.
Parabéns às bravas socialistas, ao bravo que ainda não se sabe bem o que é, e às bravas social democratas que mesmo levando na cabeça se mantém firmes e hirtas.
Por mim íam-se todos de uma vez só, incluindo o Sócrates e afins.
Portugal precisava de uma mudança, mas uma mudança a sério que não passa pelos partidos pequenos também, passa antes por uma mudança de políticos. Onde diabo é que esta gente aprende política, em rodapés?
Seja como for, a ver vamos no que irá dar esta maioria absoluta. Há-de ser sempre cedo para falar, tamanho o rol de mudanças que se avizinham.
Parabéns às bravas socialistas, ao bravo que ainda não se sabe bem o que é, e às bravas social democratas que mesmo levando na cabeça se mantém firmes e hirtas.
domingo, 20 de fevereiro de 2005
Reflexões profundas
ஒரு காதல் வரலாறின் கடைசி சிந்தனை
குளித்த நாய்க்குட்டி
சிலிர்த்ததுபோல்உன்னை கண்டு
குளிர்ந்த அந்தக் கணம்கானக
மழையில் நனைந்த காற்றாய் காதலுடன் என் மனம்வீசும் வாடைக் காற்றில்பறக்கும் OH SR. SÒCRATES எரிந்த காகிதத் துகள்கள்ஓடிஓடி மனதில் படர்ந்தVAMOS ஒரு வெறுமையில்MESMO உயிர்த்துடிப்புநினைவுக் கடலில்தூக்கTER மீன்பிடிக்கும்நினைவுத்QUE தூண்டிLEVARல்கள்ஹூம்.ஐந்தறிவே CONSIGOஇருந்திருக்கலாம்.
Quem queira satisfações, favor dirigir-se aqui ---> சத்தமில்லாமல் ஒரு சங்கு
குளித்த நாய்க்குட்டி
சிலிர்த்ததுபோல்உன்னை கண்டு
குளிர்ந்த அந்தக் கணம்கானக
மழையில் நனைந்த காற்றாய் காதலுடன் என் மனம்வீசும் வாடைக் காற்றில்பறக்கும் OH SR. SÒCRATES எரிந்த காகிதத் துகள்கள்ஓடிஓடி மனதில் படர்ந்தVAMOS ஒரு வெறுமையில்MESMO உயிர்த்துடிப்புநினைவுக் கடலில்தூக்கTER மீன்பிடிக்கும்நினைவுத்QUE தூண்டிLEVARல்கள்ஹூம்.ஐந்தறிவே CONSIGOஇருந்திருக்கலாம்.
Quem queira satisfações, favor dirigir-se aqui ---> சத்தமில்லாமல் ஒரு சங்கு
Sufismo
Faouzi Skali, 52 anos, sufi, antropólogo e professor da Universidade de Fez, em Marrocos, é o fundador e director do Festival das Músicas Sacras do Mundo, e foi eleito pela ONU, em 2001, como uma das 12 figuras mundiais que mais contribuíram para o diálogo entre culturas e civilizações.
No Público.
(...)O sufismo tem simultaneamente um aspecto comunitário e social e um aspecto muito pessoal, porque é uma experiência que cada um deve fazer por si mesmo. Diz-se no sufismo que a experiência é um gosto, um sabor. Na experiência há graus de aprofundamento. É preciso um conhecimento de si próprio para uma pessoa se poder transformar. E, portanto, uma percepção das astúcias e das armadilhas interiores que nos impedem de evoluir. (...)
(...) Não se pode impor uma interpretação. É como a democracia. Não se pode impor a democracia. Portugal fez a sua revolução, ela não foi imposta. Cada um deve seguir o seu itinerário e descobrir o que é a liberdade, sem ter um impacto negativo na liberdade de outros. Impor-se aos outros é o contrário dos direitos humanos. Estas coisas parecem modernas mas são muito perigosas. É o que está a acontecer no Iraque. Milhares de pessoas morreram sem que isso tivesse sido a sua escolha. Até a democracia e os direitos humanos podem ser indevidamente usados. Temos de ser cautelosos. Não posso exigir aos cristãos que sejam a favor do aborto. O problema é se os cristãos transformarem uma convicção em decisão política. Eu sou a favor da democracia mas contra a democracia ideológica. (...)
sábado, 19 de fevereiro de 2005
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2005
Obrar
Carlos de Inglaterra e Camilla Parker Bowles vão casar, já não é novidade nenhuma (e também a verdade é que não nos interessa nada) mas foi desta forma, que as autoridades inglesas, anunciaram ao mundo a sua aprovação do casamento homossexual.
A propósito - estará brevemente disponível nas livrarias uma nova versão da Bíblia, escrita pelos membros do BE após longas pesquisas nos Evangelhos Apócrifos. Consta inclusivé que a sua fama se está a alargar ao mundo da hermenêutica. O "chateio para viver e vivo para chatear" é já a sua máxima assumida e copiada por vários camaradas.
A problemática central desta nova obra gira em torno de Adão e Ivo, mas dizem as críticas que a teoria não é sustentada por razões óbvias - a ausência de ovários masculinos. Não obstante, o BE afirma que a teoria dos bébés serem trazidos pelas cegonhas tem consistência e que fundamenta a sua tese.
Carnap e Wittgenstein votam contra. Promete. A não perder.
A propósito - estará brevemente disponível nas livrarias uma nova versão da Bíblia, escrita pelos membros do BE após longas pesquisas nos Evangelhos Apócrifos. Consta inclusivé que a sua fama se está a alargar ao mundo da hermenêutica. O "chateio para viver e vivo para chatear" é já a sua máxima assumida e copiada por vários camaradas.
A problemática central desta nova obra gira em torno de Adão e Ivo, mas dizem as críticas que a teoria não é sustentada por razões óbvias - a ausência de ovários masculinos. Não obstante, o BE afirma que a teoria dos bébés serem trazidos pelas cegonhas tem consistência e que fundamenta a sua tese.
Carnap e Wittgenstein votam contra. Promete. A não perder.
A indecisão não pode ser desculpa
Confesso que me custa escrevê-lo, mas... Estou indecisa. Sei que as eleições são já no próximo domingo e que até vou poder votar no Faial, coisa que, ao longo destes anos, a distância tornou quase sempre impossível. O problema é que, desta vez, não sei mesmo onde pôr a cruz. Sei bem que não sou a única pessoa a viver este drama. Sei que meio país não acredita em nenhuma das promessas feitas por uns e por outros, nem tão pouco em quem as faz. Mas a verdade é que estou preocupada com a minha indecisão.
Sempre fiz parte daquele rol de pessoas que não têm dificuldades em tomar decisões. Começo por analisar os prós e os contras de cada opção e depois opto pela que me parece ser a mais certa. Nada mais simples! É claro que a vida se tem encarregue de me mostrar que nem sempre faço a escolha acertada, mas quando isso acontece tento transformar o erro numa vantagem. É uma boa forma de dar a volta à questão e ainda aprendo o que nunca aprenderia se tivesse acertado à primeira.
Considero-me, portanto, uma pessoa prática, que olha para o lado positivo das oportunidades que a vida oferece, sem descurar a procura de um bem comum. Talvez por isso nunca tenha sido pessoa de votar pelo partido, nem seguir qualquer doutrina partidária exclusiva (embora uns e outros tentem, sucessivamente, catalogar-me como sendo de esquerda ou de direita). Em vez disso, prefiro avaliar os líderes das listas pela minha própria cabeça, bem como as políticas que têm (ou não) sido realizadas. No fundo, escolho o tipo de Governo que quero para o futuro e isso costuma dizer tudo.
Contudo, os candidatos mais bem colocados para formar Governo depois das próximas eleições, têm feito tudo menos “ajudar-me” a escolher onde colocar a cruz no próximo domingo. Pelo contrário, cada vez que abrem a boca só me fazem ter vontade de fugir para longe caso algum deles for eleito. Não quero com isto defender o voto nos partidos mais pequenos. Longe disso! Não sou adepta de extremos, nem radicalismos, sejam eles de esquerda ou de direita. E é precisamente por isso que ainda estou mais indecisa.
Estas eleições são demasiado importantes para que eu escolha votar num partido radical só porque não tenho outra opção interessante. Tal como são demasiado importantes para votar em alguém que vive da imagem e para a imagem, seja ela reflectida do lado direito ou do lado esquerdo do espelho. Sendo assim, e bem vistas as coisas, será que sobra alguém em quem se possa votar? Que seja sério mesmo que não interessante? Quer-me parecer que não... E o meu problema é precisamente esse!
Com ou sem candidatos à altura dos desafios que Portugal precisa cumprir rapidamente, a verdade é que, tal como vocês, bravos e bravas deste País, vou ter de tomar uma decisão até domingo. O que não vou, de certeza, é deixar de votar, nem tão pouco permitir que outros escolham, por mim, o tal candidato, mesmo que nenhum deles o mereça ser Primeiro-ministro.
Deixar de ir votar só porque se está indeciso não é opção. A solução é sempre decidir. Mesmo que não se saiba onde colocar a cruz. Mesmo que a cruz escolhida se venha a revelar depois uma má opção. O que interessa é que pudémos escolher. E que o fizémos!
Sempre fiz parte daquele rol de pessoas que não têm dificuldades em tomar decisões. Começo por analisar os prós e os contras de cada opção e depois opto pela que me parece ser a mais certa. Nada mais simples! É claro que a vida se tem encarregue de me mostrar que nem sempre faço a escolha acertada, mas quando isso acontece tento transformar o erro numa vantagem. É uma boa forma de dar a volta à questão e ainda aprendo o que nunca aprenderia se tivesse acertado à primeira.
Considero-me, portanto, uma pessoa prática, que olha para o lado positivo das oportunidades que a vida oferece, sem descurar a procura de um bem comum. Talvez por isso nunca tenha sido pessoa de votar pelo partido, nem seguir qualquer doutrina partidária exclusiva (embora uns e outros tentem, sucessivamente, catalogar-me como sendo de esquerda ou de direita). Em vez disso, prefiro avaliar os líderes das listas pela minha própria cabeça, bem como as políticas que têm (ou não) sido realizadas. No fundo, escolho o tipo de Governo que quero para o futuro e isso costuma dizer tudo.
Contudo, os candidatos mais bem colocados para formar Governo depois das próximas eleições, têm feito tudo menos “ajudar-me” a escolher onde colocar a cruz no próximo domingo. Pelo contrário, cada vez que abrem a boca só me fazem ter vontade de fugir para longe caso algum deles for eleito. Não quero com isto defender o voto nos partidos mais pequenos. Longe disso! Não sou adepta de extremos, nem radicalismos, sejam eles de esquerda ou de direita. E é precisamente por isso que ainda estou mais indecisa.
Estas eleições são demasiado importantes para que eu escolha votar num partido radical só porque não tenho outra opção interessante. Tal como são demasiado importantes para votar em alguém que vive da imagem e para a imagem, seja ela reflectida do lado direito ou do lado esquerdo do espelho. Sendo assim, e bem vistas as coisas, será que sobra alguém em quem se possa votar? Que seja sério mesmo que não interessante? Quer-me parecer que não... E o meu problema é precisamente esse!
Com ou sem candidatos à altura dos desafios que Portugal precisa cumprir rapidamente, a verdade é que, tal como vocês, bravos e bravas deste País, vou ter de tomar uma decisão até domingo. O que não vou, de certeza, é deixar de votar, nem tão pouco permitir que outros escolham, por mim, o tal candidato, mesmo que nenhum deles o mereça ser Primeiro-ministro.
Deixar de ir votar só porque se está indeciso não é opção. A solução é sempre decidir. Mesmo que não se saiba onde colocar a cruz. Mesmo que a cruz escolhida se venha a revelar depois uma má opção. O que interessa é que pudémos escolher. E que o fizémos!
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2005
Educação
"(...) A atribuição de horas mínimas para cada área disciplinar do 1.º ciclo faz parte de uma proposta de alteração dos planos curriculares em vigor preparada por uma equipa do Ministério da Educação (ME). A concretização das propostas dependerá, agora, da próxima equipa ministerial (...)
A equipa sugere a experimentação dos novos currículos por um ano, seguida de avaliação e generalização."
Mais uma proposta de alteração, mais uma sugestão, mais uma experimentação, mais uma avaliação, mais uma generalização... Provavelmente mais um ano perdido na Educação.
Era bom que as equipas escolhidas para o efeito trabalhassem a sério em vez de fazerem experiências, de experiências em educação já estamos nós fartos.
terça-feira, 15 de fevereiro de 2005
Sobre o Luto Nacional - Irmã Lúcia
"(...)Por seu lado, Luís Fazenda recorda que "não se tratou de nenhum candidato nem de nenhuma figura de Estado", acrescentando que a decisão foi "partilhada" pelo Governo demissionário e pelo Presidente da República; finalmente, Helena Pinto abordou a laicidade do Estado português, apontando que "do ponto de vista do Estado não faz qualquer sentido fazer luto nacional", até porque, frisou, este deve ser somente realizado quando morre "uma pessoa com um papel e um protagonismo no âmbito do Estado(...)".
A ler no Público.
Mas esta gente tem mesmo que criticar tudo? Não sabem fazer mais nada à vidinha?
É que sejamos Católicos ou não, há que ter respeitinho e reconhecer o trabalho que a dita Senhora fez. Parece-me uma barbaridade olhar para o trabalho duma vida em prol do bem desta forma estupidamente cruel, se deveria ter sido ou não decretado luto nacional...? Oh pois paciência meus senhores. Pois paciência.
Campanhas de rua
Há muito boa gente que não gosta de fazer campanhas de rua.
Não os posso criticar, também não me revejo minimamente na coisa. Não temos todos que gostar, mas infelizmente é necessário que alguém o faça porque desde que se teimou que não há ideologias, sempre há o contacto directo com o candidato (quando o há).
Seja como for, não acredito em misturas de ideologias, acredito é que haja gente mal colocada dentro dos partidos e que ainda não sabe disso.
Se o povo fosse instruído e lesse as propostas dos partidos, ouvisse debates, participasse de alguma forma na vida política, tirasse as suas dúvidas e exercesse os seus deveres reclamando os seus direitos, não haveria necessidade dos partidos irem para a rua oferecer esferográficas e t-shirts. E ainda se poupavam uns trocos valentes nos brindes que poderiam ser canalizados para outra coisa mais útil.
Vendo bem, isso de receber um porta-chaves não traz votos, quando muito, talvez a t-shirt dê jeito para quando o Manel for às vacas. É definitivamente dinheiro mal gasto, até porque o Manel deve ter uma gaveta cheia delas e às cores.
O contacto directo com os eleitores também é uma coisa engraçada que a psicologia decerto há-de explicar. Lá passa o candidato a imagem de preocupação pela comunidade, de simpatia, de boa pessoa, de competência ou seja lá qual a máscara que escolheu para o dia, e vai para casa contente que até lhe deram umas palmadinhas nas costas. È uma lúcida ilusão porque eles bem sabem que quem lhes deu a palmadinha nas costas também as dará ao outro que venha atrás com mais porta-chaves.
Mesmo que a intenção seja das melhores, e não digo que não seja, porque ainda vejo que temos boa gente por aí nas ruas, convinha era que os candidatos se preocupassem mais em informar o povo das medidas que pretendem trazer em vez dos sorrisos de orelha e dos beijinhos às velhinhas.
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2005
As Miauu Girls
A título de boas vindas, temos mais um blog no mercado da boa disposição. Para os bravos e bravas mais distraídos que não repararam no link, é o Miauu Girls. Pertence à Maria Graça da Silveira, à Cândida Neves, à Maria Pia Imperatori e à Solange Sieuve de Menezes.
A elas, votos de sucesso para o Blog.
A elas, votos de sucesso para o Blog.
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2005
Individualismo
Artigo de opinião de Eduardo Prado Coelho, O Terceiro Pai, no Público, a ler.
Gilles Lipovetsky, n'O Crepúsculo do Dever, já alerta para este neo-individualismo contemporâneo, diz-nos que este não é necessariamente mau (ainda bem!), é apenas uma consequência da época, da concorrência, da globalização. No entanto, este neo-individualismo de Lipovetsky, pretende-se responsável - não tem rigorosamente nada a ver com o individualismo que Eduardo Prado Coelho nos fala.
Ser individualista pode até ser bom, além de se exigir mais de nós próprios, cai-se num perfeccionismo, quase numa auto-concorrência (boa para quem gosta de se superar, má para quem não gosta de se cansar...), mas sempre tendo uma sócio-consciência, e esta é que não convém descurar.
O individualista é aquele que não gosta de depender dos outros, não faz nada a pares, não anda em rebanho, nem que diz que sim quando acha que deve dizer não. E isto bem feito não fomenta o egoísmo, são coisas bem diferentes. O egoísmo dá-se por interesses sempre pessoais, o individualismo pode até ser para proteger alguém, na medida em que se o indivíduo tem o seu ritmo próprio, prefere não atrasar ou pressionar outro, então fá-lo sozinho e até talvez melhor.
O individualismo de que Eduardo Prado Coelho nos fala, é um individualismo plástico, de imagem - acaba por não ser nada, é perene, efémero. É um pseudo-individualismo porque é fruto de acasos, de peripécias, de manipulações.
Não se pode Ser algo tão frágil como a ideia criada pela imagem do que os outros pensam de nós, e é talvez por isso que esta sociedade, pelas palavras de EPC, seja uma sociedade depressiva, porque basta "outra publicidade" para que essa imagem seja mudada. Shakespeare diz que a água corre tranquila quando o rio é fundo, e com razão. Se as pessoas entendessem que se devem construir a si mesmas, criarem alicerces à sua estrutura em vez de serem meros reflexos, íamos todos muito melhor neste barco.
Gilles Lipovetsky, n'O Crepúsculo do Dever, já alerta para este neo-individualismo contemporâneo, diz-nos que este não é necessariamente mau (ainda bem!), é apenas uma consequência da época, da concorrência, da globalização. No entanto, este neo-individualismo de Lipovetsky, pretende-se responsável - não tem rigorosamente nada a ver com o individualismo que Eduardo Prado Coelho nos fala.
Ser individualista pode até ser bom, além de se exigir mais de nós próprios, cai-se num perfeccionismo, quase numa auto-concorrência (boa para quem gosta de se superar, má para quem não gosta de se cansar...), mas sempre tendo uma sócio-consciência, e esta é que não convém descurar.
O individualista é aquele que não gosta de depender dos outros, não faz nada a pares, não anda em rebanho, nem que diz que sim quando acha que deve dizer não. E isto bem feito não fomenta o egoísmo, são coisas bem diferentes. O egoísmo dá-se por interesses sempre pessoais, o individualismo pode até ser para proteger alguém, na medida em que se o indivíduo tem o seu ritmo próprio, prefere não atrasar ou pressionar outro, então fá-lo sozinho e até talvez melhor.
O individualismo de que Eduardo Prado Coelho nos fala, é um individualismo plástico, de imagem - acaba por não ser nada, é perene, efémero. É um pseudo-individualismo porque é fruto de acasos, de peripécias, de manipulações.
Não se pode Ser algo tão frágil como a ideia criada pela imagem do que os outros pensam de nós, e é talvez por isso que esta sociedade, pelas palavras de EPC, seja uma sociedade depressiva, porque basta "outra publicidade" para que essa imagem seja mudada. Shakespeare diz que a água corre tranquila quando o rio é fundo, e com razão. Se as pessoas entendessem que se devem construir a si mesmas, criarem alicerces à sua estrutura em vez de serem meros reflexos, íamos todos muito melhor neste barco.
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2005
"Quem quer ser Primeiro-ministro?"
Por mais que queira, não posso fugir ao tema do dia, que varia entre quem ganhou o debate de ontem na RTP 2 e quem o perdeu na SIC Notícias. Entre Santana e Sócrates, venha o diabo e escolha, digo eu. Mas o que interessa é que aquilo que o país assistiu em directo no canal mais visto em Portugal não foi um debate. A ver pelas luzes, pelas perguntas deixadas por responder, pela contabilidade do tempo e pelas respostas dos participantes, foi apenas a nova versão do "Quem quer ser Primeiro-ministro?". Só que o júri, formalmente instalado em quatro cadeiras sem molas, esqueceu-se de avisar os concorrentes de dois pormenores importantes: que o vencedor só seria conhecido no dia 20 de Fevereiro e que o dinheiro investido em sondagens não seria devolvido. Quanto ao prémio, esse, duvido que algum português no seu perfeito juízo o quisesse levar para casa. É que um país como o nosso não é fácil de esconder dos olhares invejosos dos vizinhos...
terça-feira, 1 de fevereiro de 2005
Boa notícia para as grávidas
Ao folhear o jornal A Capital, deparei com uma boa notícia para as bravas e bravos deste país, que não têm medo de se multiplicar. A licença de maternidade foi prolongada mais um mês, passando para cinco em vez de quatro. Só que a "boa notícia" não é perfeita. A licença é prolongada, mas o subsídio do quinto mês só é pago em 80%. Não se pode ter tudo, não é?
A medida, que já foi aprovada em Conselho de Ministros, é um dos principais pontos de um diploma do Ministério da Segurança Social, Família e Criança. Mas há mais: o mesmo diploma autoriza os avós com netos adolescentes em casa a faltaram 30 dias consecutivos após o nascimento da criança, sem perderem ordenado. Não sei se trinta dias adiantam grande coisa, mas também é verdade que já é um começo. É pena é que seja preciso haver eleições para este Governo começar a tomar medidas de jeito!
A medida, que já foi aprovada em Conselho de Ministros, é um dos principais pontos de um diploma do Ministério da Segurança Social, Família e Criança. Mas há mais: o mesmo diploma autoriza os avós com netos adolescentes em casa a faltaram 30 dias consecutivos após o nascimento da criança, sem perderem ordenado. Não sei se trinta dias adiantam grande coisa, mas também é verdade que já é um começo. É pena é que seja preciso haver eleições para este Governo começar a tomar medidas de jeito!
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