Ao folhear os jornais faialenses, coisa que faço frequentemente, vejo mais do que os defeitos de um produto com falhas. Vejo muito mais do que a incapacidade dos jornalistas locais para lidarem com os problemas de uma terra pequena e com um mercado limitado. Vejo sobretudo que os leitores e colaboradores se renderam ao conformismo.
É mais fácil lutar pelo seu próprio conforto do que defender as causas dos outros e essa é a única razão que vejo para que a maioria dos leitores faialenses tenha descuidado a intervenção pública, que se quer pertinente e acutilante quante baste.
Sem colaboradores regulares de qualidade e sem compradores fiéis, não há força de vontade que aguente uma redacção a lutar eternamente contra os desvarios da maré, que teima em trazer nas suas ondas o lixo que todos rejeitaram. E isso também se vê nas primeiras páginas!
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5 comentários:
Nos Açores lida-se muito mal com a crítica, sabes.
Leva-se a crítica a uma forma exponenciada como se fosse uma ofensa pessoal.
E o mais normal é enfiar-se o barrete e ripostar irracional e desesperadamente na tentativa de limpar a cara.
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Nisso dou todo o mérito à C. quando tinha a sua coluna levada do caneco. Não tinha medo de ninguém. :) Gostassem ou não, todos falavam.
Cara (s) amiga (s),
não vão mais longe nessa da crítica. Dêem um passeio pelos blogues açoreanos, bem mais latos que o Faial e com peso de anonimato, e vejam bem como as pessoas levam tudo a peito e têm ainda o belo vício do elogio e da pancadinha nas costas para dizer "ná, percebeste mal, amigo, agora eu ia lá criticar-te! eu até quero que me faças eu jeito muito em breve!" lol
Existe um défice democrático nos jornais (quase todos) faialenses.
As colaborações são aceites em função da côr partidária do colaborador e do teor da critica.
O compadrio, o interesse politico e pessoal está instalado. O exemplo do C. Horta é bem claro. O novo director baniu das colunas uma mão cheia de colaboradores, entre eles jornalistas nacionais de nomeada , que prestavam a sua colaboração após longo e aturado esforço do s. prof Rúben Rodrigues. Porquê? A côr politica ou o teor da critica. Quase que se impede os denominados "inimigos" de publicitarem algo, mesmo pagando!
Mas fez ainda pior. Aceitou o escrito do colaborador, não opublicou, quando se perguntava se esqueçera ou outra coisa, diza que por falta de espaço(?) mas ia ser publicado e não publicou! Nem coragem teve para p.e.dizer que o teor do artigo iacontra os principios redactorias ou outra coisa! No C. Horta é assim, Incentivo quase igual e T. Ilhas um pouoc menos, mas...
"O coração tem razões que a própria razão desconhece"
Pascal
"Há razões que a própria razão desconhece"
Periquito
ihihih. :)
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