E viva o nosso andebol do Sporting da Horta!
Já só falta o Benfica... :)
domingo, 26 de fevereiro de 2006
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2006
Para quem quer melhorar a "Semana do Mar"
A Câmara Municipal da Horta teve uma boa ideia: criou um blogue para discutir o futuro da Semana do Mar.
«Se pensas que a Semana do Mar está a perder fôlego e que está na hora de renovar, não te limites a criticar, dá-nos ideias concretas e reais do que pode ser melhorado, atendendo à população da ilha do Faial e aos seus visitantes nessa época, evitando comparações desmedidas com outras festas!»
Este é o desafio que se pode ler em http://semanadomar.blogspot.com/. Aproveitem para ir lá dar uma maozinha!
terça-feira, 21 de fevereiro de 2006
Não resisti....aqui vai mais uma poesia
Não resisti a dar mais poesia a este pasto.
Aqui junto uma das minhas poesias preferidas de todo o sempre....mesmo depois de um dia negro, de uma queda neste labirinto que é a vida há sempre uma estrela a guiar os nossos passos. Nem sempre seguros mas sempre em frente!!
ON THE BEACH AT NIGHT de Walt Whitman
On the beach at night,
Stands a child with her father,
Watching the east, the autumn sky.
Up through the darkness,
While ravening clouds, the burial clouds, in black masses spreading,
Lower sullen and fast athwart and down the sky,
Amid a transparent clear belt of ether yet left in the east,
Ascends large and calm the lord-star Jupiter,
And nigh at hand, only a very little above,
Swim the delicate sisters the Pleiades.
From the beach the child holding the hand of her father,
Those burial-clouds that lower victorious soon to devour all,
Watching, silently weeps.
Weep not, child,
Weep not, my darling,
With these kisses let me remove your tears,
The ravening clouds shall not long be victorious,
They shall not long possess the sky, they devour the stars only in apparition,
Jupiter shall emerge, be patient, watch again another night, the Pleiades shall emerge,
They are immortal, all those stars both silvery and golden shall shine out again,
The great stars and the little ones shall shine out again, they endure,
The vast immortal suns and the long-enduring pensive moons shall again shine.
Then dearest child mournest thou only for Jupiter?
Considerest thou alone the burial of the stars?
Something there is,
(With my lips soothing thee, adding I whisper,
I give thee the first suggestion, the problem and indirection,)
Something there is more immortal even than the stars,
(Many the burials, many the days and night, passing away,)
Something that shall endure longer even than lustrous Jupiter,
Longer than sun or any revolving satellite,
Or the radiant sisters the Pleiades.
Aqui junto uma das minhas poesias preferidas de todo o sempre....mesmo depois de um dia negro, de uma queda neste labirinto que é a vida há sempre uma estrela a guiar os nossos passos. Nem sempre seguros mas sempre em frente!!
ON THE BEACH AT NIGHT de Walt Whitman
On the beach at night,
Stands a child with her father,
Watching the east, the autumn sky.
Up through the darkness,
While ravening clouds, the burial clouds, in black masses spreading,
Lower sullen and fast athwart and down the sky,
Amid a transparent clear belt of ether yet left in the east,
Ascends large and calm the lord-star Jupiter,
And nigh at hand, only a very little above,
Swim the delicate sisters the Pleiades.
From the beach the child holding the hand of her father,
Those burial-clouds that lower victorious soon to devour all,
Watching, silently weeps.
Weep not, child,
Weep not, my darling,
With these kisses let me remove your tears,
The ravening clouds shall not long be victorious,
They shall not long possess the sky, they devour the stars only in apparition,
Jupiter shall emerge, be patient, watch again another night, the Pleiades shall emerge,
They are immortal, all those stars both silvery and golden shall shine out again,
The great stars and the little ones shall shine out again, they endure,
The vast immortal suns and the long-enduring pensive moons shall again shine.
Then dearest child mournest thou only for Jupiter?
Considerest thou alone the burial of the stars?
Something there is,
(With my lips soothing thee, adding I whisper,
I give thee the first suggestion, the problem and indirection,)
Something there is more immortal even than the stars,
(Many the burials, many the days and night, passing away,)
Something that shall endure longer even than lustrous Jupiter,
Longer than sun or any revolving satellite,
Or the radiant sisters the Pleiades.
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2006
Aquarela de Toquinho
Quem tiver tempo vá espreitar este site com esta musica maravilhosa de Toquinho!!!
http://www.laboratoriodedesenhos.com.br/aquarela.htm
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo
Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva
E se faço chover com dois riscos tenho um guarda-chuva
Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel
Num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu
Vai voando contornando
A imensa curva norte sul
Vou com ela viajando
Havaí, Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela branco navegando
é tanto céu e mar num beijo azul
Entre as nuvens vem surgindo
Um lindo avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo
Com suas luzes a piscar
Basta imaginar e ele está partindo
Sereno indo
E se a gente quiser
Ele vai pousar
Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida
Com alguns bons amigos, bebendo de bem com a vida
De uma América à outra consigo passar num segundo
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo
Um menino caminha e caminhando chega no muro
E ali logo em frente a esperar pela gente o futuro está
E o futuro é uma astronave
Que tentamos pilotar
Não tem tempo nem piedade
Nem tem hora de chegar
Sem pedir licença muda nossa vida
E depois convida a rir ou chorar
Nessa estrada não nos cabe
Conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe
Bem ao certo onde vai dar
Vamos todos numa linda passarela
De uma aquarela que um dia enfim
Descolorirá
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
Que descolorirá
E se faco chover com dois riscos tenho um guarda-chuva
Que descolorirá
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo
Que descolorirá
http://www.laboratoriodedesenhos.com.br/aquarela.htm
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo
Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva
E se faço chover com dois riscos tenho um guarda-chuva
Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel
Num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu
Vai voando contornando
A imensa curva norte sul
Vou com ela viajando
Havaí, Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela branco navegando
é tanto céu e mar num beijo azul
Entre as nuvens vem surgindo
Um lindo avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo
Com suas luzes a piscar
Basta imaginar e ele está partindo
Sereno indo
E se a gente quiser
Ele vai pousar
Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida
Com alguns bons amigos, bebendo de bem com a vida
De uma América à outra consigo passar num segundo
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo
Um menino caminha e caminhando chega no muro
E ali logo em frente a esperar pela gente o futuro está
E o futuro é uma astronave
Que tentamos pilotar
Não tem tempo nem piedade
Nem tem hora de chegar
Sem pedir licença muda nossa vida
E depois convida a rir ou chorar
Nessa estrada não nos cabe
Conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe
Bem ao certo onde vai dar
Vamos todos numa linda passarela
De uma aquarela que um dia enfim
Descolorirá
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
Que descolorirá
E se faco chover com dois riscos tenho um guarda-chuva
Que descolorirá
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo
Que descolorirá
«O peso dos instintos e das multidões»
«Fecho os olhos e ainda vejo aquela mulher que poderia ser minha tia-avó a calcorrear a sala do pub com mamas postiças e piadas brejeiras. Ainda sinto a euforia das vozes femininas alcoolicamente alteradas, reagindo ao fogo ateado por um stripper vestido de malabarista. E não esqueço o rosto da rapariga a quem nos tempos de liceu chamávamos rata de sacristia, perfeitamente deslumbrada perante o erotismo do espectáculo que os seus olhos viam.
Já se passaram dois anos sobre o dia em que vivi este cenário, mas ainda sinto a vergonha que experimentei ao perceber que aquele jantar era tudo menos um encontro de Amigas como o que eu esperava.
Alguns amigos já me tinham avisado que as mulheres ficavam loucas nesse dia, mas nunca pensei que fosse efectivamente assim. Na altura, estava fora das ilhas há nove anos e ansiava com saudade retomar a tradição de outros tempos. Só não esperava que esse dia parecesse um pesadelo de mau gosto.
Hoje, à luz da distância temporal e espacial, consigo finalmente escrever sobre o dia em que percebi que a tradição da Quinta-feira de Amigas havia sido mercantilizada da pior forma possível.
Poderá parecer caricato, mas a verdade é que senti mais o valor da amizade comemorando a tradição num qualquer recanto de Lisboa do que nos Açores, onde a partilha da intimidade com as amigas do peito deu lugar à partilha dos excessos com a multidão; onde as brincadeiras carnavalescas tradicionais deram lugar a uma curtição desmedida da noite; onde as amigas que passam o ano sem sair de casa se vingam dando asas à loucura insana, qual despedida de uma vida que não voltarão a viver.
Chamem-me conservadora se quiserem, mas ver mães e até avós perder a noção da realidade foi mais do que o meu coração conseguia aguentar. Decididamente, não fui feita para multidões e não gosto do que as multidões fazem aos homens e às mulheres de todos os dias.
Perante uma multidão, basta um click para que a euforia tome conta da massa e o descontrolo aconteça. A vivência açoriana do Dia das Amigas está a ser disso exemplo, mas não é o único. Os incidentes provocados na sequência da publicação de cartoons de Maomé ou os distúrbios que abalaram recentemente Paris podem entrar na mesma categoria.
Sei que é Carnaval e é suposto ninguém levar a mal, mas fiquei chocada com o comportamento das Amigas que festejam o seu dia trocando a amizade pela euforia de enlouquecerem sem que ninguém as chame à razão. Posso dizer mesmo que, apesar de ser católica convicta, fiquei mais chocada com o que vi entre as mulheres do que com as caricaturas de Deus que agora varrem a Internet em retaliação às de Maomé.
Ao contrário do que possa pensar quem ler estas linhas, a fé não me fez perder o sentido de humor. E conheço bem o valor da tolerância, tão fundamental quanto distinguir entre o bem e o mal. Mas por mais tolerante que seja, não consigo digerir bem certos excessos. Não percebo o porquê de se comemorar o Dia das Amigas com uma sessão de striptease, e ainda menos a necessidade de responder a uma caricatura ofensiva com actos de destruição e violência.
Talvez o mulherio pareça perder a noção do seu poder e use a loucura como forma de escape a uma vida demasiado reprimida. Talvez a multidão violenta descarregue a sua frustação naqueles que secretamente inveja. Talvez ambos sejam demasiado fracos para fugir ao peso da multidão. Mas nem uns nem outros podem dizer que não sabiam o que faziam ou que não tiveram noção do alcance dos seus actos.
Olho para estes acontecimentos tão distantes entre si, no espaço e nos protagonistas, com uma sombra no coração. Sinto que a natureza humana está muito longe da maturidade que o avanço das sociedades deveria ter permitido alcançar. Vejo que os instintos ainda são muito mais fortes do que a razão. E que, tal como nos animais, são demasiado fáceis de atiçar.»
Lídia Bulcão, in Jornal dos Açores de 13/02/2006
Já se passaram dois anos sobre o dia em que vivi este cenário, mas ainda sinto a vergonha que experimentei ao perceber que aquele jantar era tudo menos um encontro de Amigas como o que eu esperava.
Alguns amigos já me tinham avisado que as mulheres ficavam loucas nesse dia, mas nunca pensei que fosse efectivamente assim. Na altura, estava fora das ilhas há nove anos e ansiava com saudade retomar a tradição de outros tempos. Só não esperava que esse dia parecesse um pesadelo de mau gosto.
Hoje, à luz da distância temporal e espacial, consigo finalmente escrever sobre o dia em que percebi que a tradição da Quinta-feira de Amigas havia sido mercantilizada da pior forma possível.
Poderá parecer caricato, mas a verdade é que senti mais o valor da amizade comemorando a tradição num qualquer recanto de Lisboa do que nos Açores, onde a partilha da intimidade com as amigas do peito deu lugar à partilha dos excessos com a multidão; onde as brincadeiras carnavalescas tradicionais deram lugar a uma curtição desmedida da noite; onde as amigas que passam o ano sem sair de casa se vingam dando asas à loucura insana, qual despedida de uma vida que não voltarão a viver.
Chamem-me conservadora se quiserem, mas ver mães e até avós perder a noção da realidade foi mais do que o meu coração conseguia aguentar. Decididamente, não fui feita para multidões e não gosto do que as multidões fazem aos homens e às mulheres de todos os dias.
Perante uma multidão, basta um click para que a euforia tome conta da massa e o descontrolo aconteça. A vivência açoriana do Dia das Amigas está a ser disso exemplo, mas não é o único. Os incidentes provocados na sequência da publicação de cartoons de Maomé ou os distúrbios que abalaram recentemente Paris podem entrar na mesma categoria.
Sei que é Carnaval e é suposto ninguém levar a mal, mas fiquei chocada com o comportamento das Amigas que festejam o seu dia trocando a amizade pela euforia de enlouquecerem sem que ninguém as chame à razão. Posso dizer mesmo que, apesar de ser católica convicta, fiquei mais chocada com o que vi entre as mulheres do que com as caricaturas de Deus que agora varrem a Internet em retaliação às de Maomé.
Ao contrário do que possa pensar quem ler estas linhas, a fé não me fez perder o sentido de humor. E conheço bem o valor da tolerância, tão fundamental quanto distinguir entre o bem e o mal. Mas por mais tolerante que seja, não consigo digerir bem certos excessos. Não percebo o porquê de se comemorar o Dia das Amigas com uma sessão de striptease, e ainda menos a necessidade de responder a uma caricatura ofensiva com actos de destruição e violência.
Talvez o mulherio pareça perder a noção do seu poder e use a loucura como forma de escape a uma vida demasiado reprimida. Talvez a multidão violenta descarregue a sua frustação naqueles que secretamente inveja. Talvez ambos sejam demasiado fracos para fugir ao peso da multidão. Mas nem uns nem outros podem dizer que não sabiam o que faziam ou que não tiveram noção do alcance dos seus actos.
Olho para estes acontecimentos tão distantes entre si, no espaço e nos protagonistas, com uma sombra no coração. Sinto que a natureza humana está muito longe da maturidade que o avanço das sociedades deveria ter permitido alcançar. Vejo que os instintos ainda são muito mais fortes do que a razão. E que, tal como nos animais, são demasiado fáceis de atiçar.»
Lídia Bulcão, in Jornal dos Açores de 13/02/2006
terça-feira, 14 de fevereiro de 2006
To my love on Valentine's Day
Em honra do meu santo e de todos os que amam.
Lullaby de W.H. Auden
Lay Your Sleeping head, my love,
Human on my faithless arm:
Time and fevers burn away
Individual beauty from
Thoughtful children,and the grave
Proves the child ephemeral:
But in my arms till break of day
Let the living creature lie,
Mortal, guilty, but to me
The entirely beautiful.
Soul and body have no bounds:
To lovers as they lie upon
Her tolerant enchanted slope
In their ordinary swoon,
Grave the vision Venus sends
Of supernatural sympathy,
Universal love and hope;
While an abstract insight wakes
Among the glaciers and the rocks
The hermit's carnal ecstasy,
Certainty, fidelity
On the stroke of midnight pass
Like vibrations of a bell
And fashionable madmen raise
Their pedantic boring cry:
Every farthing of the cost.
All the dreaded cards foretell.
Shall be paid, but from this night
Not a whisper, not a thought.
Not a kiss nor look be lost.
Beauty, midnight, vision dies:
Let the winds of dawn that blow
Softly round your dreaming head
Such a day of welcome show
Eye and knocking heart may bless,
Find our mortal world enough;
Noons of dryness find you fed
By the involuntary powers,
Nights of insult let you pass
Watched by every human love.
Lullaby de W.H. Auden
Lay Your Sleeping head, my love,
Human on my faithless arm:
Time and fevers burn away
Individual beauty from
Thoughtful children,and the grave
Proves the child ephemeral:
But in my arms till break of day
Let the living creature lie,
Mortal, guilty, but to me
The entirely beautiful.
Soul and body have no bounds:
To lovers as they lie upon
Her tolerant enchanted slope
In their ordinary swoon,
Grave the vision Venus sends
Of supernatural sympathy,
Universal love and hope;
While an abstract insight wakes
Among the glaciers and the rocks
The hermit's carnal ecstasy,
Certainty, fidelity
On the stroke of midnight pass
Like vibrations of a bell
And fashionable madmen raise
Their pedantic boring cry:
Every farthing of the cost.
All the dreaded cards foretell.
Shall be paid, but from this night
Not a whisper, not a thought.
Not a kiss nor look be lost.
Beauty, midnight, vision dies:
Let the winds of dawn that blow
Softly round your dreaming head
Such a day of welcome show
Eye and knocking heart may bless,
Find our mortal world enough;
Noons of dryness find you fed
By the involuntary powers,
Nights of insult let you pass
Watched by every human love.
Nem o vento quer levar o CP Valour...
Será que alguém me pode explicar porque é que, MAIS DE DOIS MESES DEPOIS, o navio CP Valour ainda continua encalhado ao largo da Praia da Fajã, no Faial?
Tenho sido assídua frequentadora da página que o Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores criou para acompanhar o desastre (www.horta.uac.pt/projectos/cp_valour) e tenho lido o que vai sendo publicado nos jornais regionais e nacionais, mas a verdade é que ainda não percebi porque é que o navio continua ali, cheio de contentores, à espera que o mar faça dele um brinquedo.
Todos dizem que é urgente resolver o problema, mas pouco se tem visto fazer para que seja efectivamente resolvido. E a culpa é de quem? Da Marinha? Do Governo Regional dos Açores? Do Governo da República? Da União Europeia? Não, a culpa não é de nenhuma destas entidades.
Pelos vistos, será do vento, que ainda não terminou a árdua tarefa que alguém esperava que ele já tivesse cumprido - destruir o navio e levar os seus pedaços aos quatro cantos do mundo...
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2006
Feliz Dia de Amigas!
Com distância ou sem distância, há tradições que a saudade não esquece. As amigas do coração não precisam destes dias para saber o quão importantes são na nossa vida. Mas é precisamente a essas que me apetece sempre enviar um Feliz Dia de Amigas!
terça-feira, 7 de fevereiro de 2006
Aposte neste "Jogo de Cartas"
O teatro parece estar a recuperar algum do fôlego de outros tempos no burgo faialense. Os grupos existentes são dinâmicos, tem vontade de fazer coisas novas e apostam na formação dos seus actores.
Um bom exemplo é o Teatro de Giz, que acabou de estrear uma nova peça. "Jogo de Cartas" está em cena no Teatro Faialense. Ainda não vi a peça, mas tenho ouvido dizer que vale a pena. Por isso, recomendo que a vejam. Afinal, cada um tem a sua própria sensibilidade e só depois de assitirem poderão formar opinião.
De qualquer modo, o Teatro de Giz já ganhou, por não ter esmorecido as vontades quando nem tudo eram rosas e nem sala de espectáculos em condições havia na ilha. Mas é bom ver que não perdeu a dinâmica!
IV Ciclo Agostiniano
A Faialentejo continua o seu bom trabalho em prol da divulgação cultural e filosófica, com a organização de mais um Ciclo Agostiniano. Deixo aqui o programa, a pedido da nossa Gado Bravo filósofa, para que os privilegiados que pastam em terras faialenses possam aproveitar. Como diz a organização, «faz toda a diferença a vossa participação neste Ciclo».
IV CICLO AGOSTINIANO - AÇORES "A DIFERENÇA"
FAIAL
10 DE FEVEREIRO DE 2006 (Sexta-Feira)
15:00 - Recepção dos convidados.
BIBLIOTECA PÚBLICA E ARQUIVO REGIONAL DA HORTA
20:00 - Vamos falar de Agostinho da Silva:
- Apresentação do Livro "Agostinho da Silva. Uma antologia Temática e Cronológica", de Paulo Borges, edição de Âncora Editora;
- Apresentação do livro: "Agostinho e a Cultura Luso-Brasileira (actas doColóquio de 2004)", edição Âncora Editora;Leitura de textos;
- Relatos de acontecimentos da sua vida.
11 DE FEVEREIRO DE 2006 (Sábado)
POLIVALENTE DO CAPELO
09:45 - Abertura do IV Ciclo Agostiniano - Açores.
10:00 - Apresentação do livro de actas do III Ciclo.
10:15 - Conferência sobre A Diferença.
17:00 - Encerramento da Conferência.
21:00 - Leitura das Conclusões da Conferência.
21:30 - Noite Surpresa - ANAMAR ao vivo.
12 DE FEVEREIRO DE 2006 (Domingo)
09:45 - Visita à Ilha.
POLIVALENTE DO CAPELO
21:00 - Noite Regional, pelo Grupo Margens.
13 DE FEVEREIRO DE 2006 (Segunda-feira)
POLIVALENTE DO CAPELO
15:00 - Representação da Peça de Teatro "Liberdade de Pensar", texto deVoltaire, com tradução de Agostinho da Silva, pelo Grupo de Teatro emMovimento e encenação de Leandro Vale.
21:00 - Passagem do filme: "A vida e obra de Agostinho da Silva", de JoãoRodrigo Mattos e Silva.
DURANTE O CICLO
BIBLIOTECA PÚBLICA E ARQUIVO REGIONAL DA HORTA
Exposições Bibliográfica e Fotobiográfica.
Feira do Livro.
Lugar de Cultura Elisa Cabral da Silva, 2006
IV CICLO AGOSTINIANO - AÇORES "A DIFERENÇA"
FAIAL
10 DE FEVEREIRO DE 2006 (Sexta-Feira)
15:00 - Recepção dos convidados.
BIBLIOTECA PÚBLICA E ARQUIVO REGIONAL DA HORTA
20:00 - Vamos falar de Agostinho da Silva:
- Apresentação do Livro "Agostinho da Silva. Uma antologia Temática e Cronológica", de Paulo Borges, edição de Âncora Editora;
- Apresentação do livro: "Agostinho e a Cultura Luso-Brasileira (actas doColóquio de 2004)", edição Âncora Editora;Leitura de textos;
- Relatos de acontecimentos da sua vida.
11 DE FEVEREIRO DE 2006 (Sábado)
POLIVALENTE DO CAPELO
09:45 - Abertura do IV Ciclo Agostiniano - Açores.
10:00 - Apresentação do livro de actas do III Ciclo.
10:15 - Conferência sobre A Diferença.
17:00 - Encerramento da Conferência.
21:00 - Leitura das Conclusões da Conferência.
21:30 - Noite Surpresa - ANAMAR ao vivo.
12 DE FEVEREIRO DE 2006 (Domingo)
09:45 - Visita à Ilha.
POLIVALENTE DO CAPELO
21:00 - Noite Regional, pelo Grupo Margens.
13 DE FEVEREIRO DE 2006 (Segunda-feira)
POLIVALENTE DO CAPELO
15:00 - Representação da Peça de Teatro "Liberdade de Pensar", texto deVoltaire, com tradução de Agostinho da Silva, pelo Grupo de Teatro emMovimento e encenação de Leandro Vale.
21:00 - Passagem do filme: "A vida e obra de Agostinho da Silva", de JoãoRodrigo Mattos e Silva.
DURANTE O CICLO
BIBLIOTECA PÚBLICA E ARQUIVO REGIONAL DA HORTA
Exposições Bibliográfica e Fotobiográfica.
Feira do Livro.
Lugar de Cultura Elisa Cabral da Silva, 2006
Filmes faialenses premiados na "Macaquins"
«Os filmes "Amor de Mãe", de Cláudia Pito, Luís Carlos Vargas e Marlene Luna, e "Endocranium", de Paulo Neves, foram os vencedores dos prémios Escola dos Açores e Realizador dos Açores, respectivamente, da edição deste ano da mostra de cinema de animação de São Miguel "Macaquins".
"Amor de Mãe", produzido pela Escola Secundária Dr. Manuel de Arriaga, da Horta, e "Endocranium" (Ovarvídeo – Festival de Vídeo de Ovar 2005: Pré-Selecção do Júri), com Produção do Cineclube da Horta, foram premiados por um júri, composto por: Carlos Decq Mota, Director do Anima; Osvaldo Cabral, Director da RTP-Açores; Bernardo Cabral, Realizador; Carlos Miranda, Director do Cine-Solmar, e João Pedro Vaz de Medeiros, Professor e membro da MUU - Produções Culturais.
(...) A “Macaquins”, mostra de cinema de animação de São Miguel, organizada pela MUU – Produções Culturais, completou este ano a sua 4ª edição, impondo-se cada vez mais como um importante acontecimento cultural nos Açores, no âmbito do Cinema.»
in site do Cineclube da Horta (http://www.cineclube.org/art.php?artid=59)
"Amor de Mãe", produzido pela Escola Secundária Dr. Manuel de Arriaga, da Horta, e "Endocranium" (Ovarvídeo – Festival de Vídeo de Ovar 2005: Pré-Selecção do Júri), com Produção do Cineclube da Horta, foram premiados por um júri, composto por: Carlos Decq Mota, Director do Anima; Osvaldo Cabral, Director da RTP-Açores; Bernardo Cabral, Realizador; Carlos Miranda, Director do Cine-Solmar, e João Pedro Vaz de Medeiros, Professor e membro da MUU - Produções Culturais.
(...) A “Macaquins”, mostra de cinema de animação de São Miguel, organizada pela MUU – Produções Culturais, completou este ano a sua 4ª edição, impondo-se cada vez mais como um importante acontecimento cultural nos Açores, no âmbito do Cinema.»
in site do Cineclube da Horta (http://www.cineclube.org/art.php?artid=59)
«A propósito de Jornadas Turísticas»
«Foi precisamente o presidente da Câmara de Comércio e Indústria dos Açores que, para adiantar serviço, foi dizendo que dois dos principais problemas são a animação e as acessibilidades. Avançou ainda que a natureza fechada dos Açores e a pobreza da gastronomia são alguns dos factores a merecer particular atenção.
É aqui que entramos em desacordo, uma vez que (...) a gastronima açoriana, sem ser muito variada, chega bem para preencher um saboroso cardápio, se for confeccionada com a devida matéria-prima.
Se se consente que se sirva morcela acompanhada de batata frita e se lhe chama um prato típico é evidente que algo está muito mal e deve ser, além de evitado, seriamente reprimido. (...)
Qto à natureza fechada dos açorianos é bom não generalizar visto que os faialenses, embora não tenham o encanto nem o brilho intelectual de Lili Caneças, não se têm dado mal com o contacto que têm mantido com portugueses e estrangeiros que nos visitam ou mesmo se radicam cá. (...)
O que realmente parece faltar em algumas áreas é resumido numa palavra e essa palavra é profissionalismo, que com o tempo virá, mas que já tarda...»
António Ramos, in Tribuna das Ilhas de 3 de Fevereiro
Se isto é o que se diz antes das V Jornadas de Turismo dos Açores começarem, imagino o que se dirá durante o certame. Recomendo vivamente que alguém ofereça um livro de gastronomia açoriana ao Presidente da Câmara de Comércio e Indústria dos Açores (para os sabores faialenses, recomento "As Receitas da Isaura") e, já agora, uma visita guiada ao Peter's. Talvez ajude a evitar destroços demolidores como estes que o colunista do Tribuna das Ilhas refere.
É aqui que entramos em desacordo, uma vez que (...) a gastronima açoriana, sem ser muito variada, chega bem para preencher um saboroso cardápio, se for confeccionada com a devida matéria-prima.
Se se consente que se sirva morcela acompanhada de batata frita e se lhe chama um prato típico é evidente que algo está muito mal e deve ser, além de evitado, seriamente reprimido. (...)
Qto à natureza fechada dos açorianos é bom não generalizar visto que os faialenses, embora não tenham o encanto nem o brilho intelectual de Lili Caneças, não se têm dado mal com o contacto que têm mantido com portugueses e estrangeiros que nos visitam ou mesmo se radicam cá. (...)
O que realmente parece faltar em algumas áreas é resumido numa palavra e essa palavra é profissionalismo, que com o tempo virá, mas que já tarda...»
António Ramos, in Tribuna das Ilhas de 3 de Fevereiro
Se isto é o que se diz antes das V Jornadas de Turismo dos Açores começarem, imagino o que se dirá durante o certame. Recomendo vivamente que alguém ofereça um livro de gastronomia açoriana ao Presidente da Câmara de Comércio e Indústria dos Açores (para os sabores faialenses, recomento "As Receitas da Isaura") e, já agora, uma visita guiada ao Peter's. Talvez ajude a evitar destroços demolidores como estes que o colunista do Tribuna das Ilhas refere.
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2006
Quando o chefe manda...
«O presidente do Governo açoriano afirmou que o endividamento da região constitui um "instrumento ao serviço do desenvolvimento" das ilhas, uma interpretação que admitiu ser diferente da do Tribunal de Contas.
"Este é um exemplo de como é possível ter uma opinião diferente da do Tribunal de Contas, sem cultivar a ilegalidade, nem uma rebelião em relação às directrizes que devemos acatar em matérias que são estritamente legais", salientou Carlos César, durante o plenário da Assembleia Regional.
Na discussão parlamentar sobre da Conta da Região referente a 2003, o presidente do executivo açoriano considerou que o endividamento, directo e indirecto, representa um instrumento com a finalidade de desenvolver as ilhas.
"Em todas as administrações, em todas as autarquias, em todos os países e a todos os níveis, fazem-se endividamentos por este mundo fora. Só não tem endividamento quem é caloteiro ou não tem capacidade para se endividar", sublinhou.»
in Lusa
Perante tão brilhante exemplo do nosso governante máximo, que mais pode o povo fazer senão correr ao banco para pedir mais um créditozinho. Afinal, ninguém gosta de ser chamado de caloteiro, nem tão pouco de pobretanas.
Com sorte, o crédito vai dar para pagar as férias do ano passado e as do próximo, deixando uns tostõeszinhos para pagar os juros do cartão de crédito...
"Este é um exemplo de como é possível ter uma opinião diferente da do Tribunal de Contas, sem cultivar a ilegalidade, nem uma rebelião em relação às directrizes que devemos acatar em matérias que são estritamente legais", salientou Carlos César, durante o plenário da Assembleia Regional.
Na discussão parlamentar sobre da Conta da Região referente a 2003, o presidente do executivo açoriano considerou que o endividamento, directo e indirecto, representa um instrumento com a finalidade de desenvolver as ilhas.
"Em todas as administrações, em todas as autarquias, em todos os países e a todos os níveis, fazem-se endividamentos por este mundo fora. Só não tem endividamento quem é caloteiro ou não tem capacidade para se endividar", sublinhou.»
in Lusa
Perante tão brilhante exemplo do nosso governante máximo, que mais pode o povo fazer senão correr ao banco para pedir mais um créditozinho. Afinal, ninguém gosta de ser chamado de caloteiro, nem tão pouco de pobretanas.
Com sorte, o crédito vai dar para pagar as férias do ano passado e as do próximo, deixando uns tostõeszinhos para pagar os juros do cartão de crédito...
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