terça-feira, 26 de julho de 2005

Rir faz bem à saúde!

Segundo um estudo da Universidade de Valência, em Espanha, o humor em geral e a gargalhada em particular têm efeitos terapêuticos. Segundo este estudo, 5 minutos de gargalhadas equivalem a 45 minutos de exercício físico, vejam só! Se queimasse a mesma quantidade de calorias podem ter a certeza que haveria muitas mais pessoas a rirem... Hihihi

segunda-feira, 25 de julho de 2005

A despedida de um campeão...

Ontem o mundo despediu-se de mais um campeão, o que não podemos deixar passar em branco. Não é apenas um campeão na luta pelo pódio, mas também um campeão na luta contra o cancro.
Lance Armstrong terminou ontem a sua carreira desportiva no ciclismo, para tristeza de uns e alegria de outros. Isto porque há quem diga que é bom que isto tenha acontecido, tendo em conta que Armstrong venceu o Tour de France 7 anos consecutivos, e que estava na altura de dar lugar a novas estrelas!
Apesar de Armstrong ser apenas um campeão do Tour, já que foi a única prova que venceu, isso não lhe tira o mérito. Foi o único ciclista até hoje que cometeu uma proeza difícil de igualar: venceu 7 Tours de França consecutivos. Isto ainda ganha mais mérito se pensarmos que foi concretizado após um cancro...
Resta-nos agora recordar este grande atleta e aguardar pelo surgimento de novos campeões, entre os quais gostaríamos de encontrar o português José Azevedo, companheiro de equipa de Lance na "Discovery Channel".
Armstrong é, sem dúvida, fonte de inspiração para muitos, pela sua determinação na vida e no desporto, e uma lição de vida para todos nós. Por isso...
... Obrigado Lance!

sábado, 23 de julho de 2005

Que fazer com os escritores açorianos?

A revista Grande Reportagem de hoje publica uma interessante reportagem de Joel Neto, sob o título que aborda o encerramento da editora Salamandra e questiona o futuro da literatura açoriana. “Que farei com esta bruma?” é o título do texto do jornalista terceirense, que deixa no ar muitas questões pertinentes. Recomendo a leitura, mas para quem não tiver acesso ao original, deixo aqui alguns excertos.

«“A morte de uma editora é sempre de lamentar”, reage Eugénio Lisboa, poeta, ensaísta, crítico literário e um dos académicos do Continente que, nos últimos anos, mais atenção têm dado à literatura açoriana. “No caso da Salamandra, essa morte é especialmente grave, porque não haverá muitas outras editoras dispostas a publicar os autores dos Açores. Corremos o risco de calar por um período relativamente longo uma série de vozes importantes da língua portuguesa.”

(...) Que uma boa parte destes autores fique agora privada de editor há-de ter um lado bom e outro mau. Francisco José Viegas, escritor, jornalista e crítico continental que há muitos anos mantém atenção especial ao fenómeno, tenta não dramatizar: «Se calhar, a literatura açoriana precisa é de ser menos açoriana e mais literatura», dispara.

(...) E mesmo Nuno Costa Santos (...), um dos últimos autores a publicar na colecção Garajau – e o mais jovem ficcionista a aderir à Salamandra em muitos anos – também acha que o desespero será o pior dos caminhos, e prefere ironizar: “À partida, não é, digamos, uma boa notícia. A Salamandra e Bruno Ponte eram um porto de abrigo para a escrita açoriana (e uma forte forma de incentivo). Mas, ao mesmo tempo, isto poderá funcionar como desafio. Utilizando a facilidade da metáfora, pode ser que agora muitos escritores açorianos se façam finalmente ao mar (eu, por exemplo, já comprei as braçadeiras).”»

Souvenir de Angola

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sexta-feira, 22 de julho de 2005

O cheiro do mar

O cheiro do mar tem um tempero que os cozinheiros desconhecem,
um sabor que os peixes mais apetitosos deixam apenas adivinhar,
um som que os cristais mais puros não são capazes de produzir.

O cheiro do mar é quente como o sol que tosta a pele,
deixando plantadas sementes de sal.

O cheiro do mar é um odor intenso e por vezes profundo,
como profunda é a mais longínqua escuridão,
perdida por entre montes submarinos
e placas de nenhuma existência.

O cheiro do mar, é apenas isso:
um cheiro. O mar é que é tudo o resto.

Música também é poesia

Explicar a razão porque se gosta deste tipo de música, ou deste tipo de poesia é um bocado complicado, mas existem certas músicas/poesias que ao ouvirmos sentimos uma inexplicável necessidade de acompanhar e/ou cantar em plenos pulmões (mais ou menos desafinados) e que no final nos fazem sorrir sem preconceitos nem razão.

Para todas um pouco de Adriana Partimpim, que de canhoto tem pouco!


Avião sem asa,
fogueira sem brasa, sou eu assim sem você...
futebol sem bola, piu-piu sem frajola, sou eu assim sem você...
porque é que tem que ser assim. Se o meu desejo não tem fim.
Eu te quero a todo o instante, nem mil altifalantes vão poder falar por mim.

Amor sem beijinho, bochecha sem claudinho, sou eu assim sem você...
Circo sem palhaço , namoro sem amaço, sou eu assim sem você...
Tou louca pra te ver chegar, tou louca para te ter nas mãos, deitar no teu abraço, retomar o pedaço que falta no meu coração.

Eu não existo longe de voce e a solidão é o meu pior castigo,
eu conto as horas pra poder te ver mas o relogio ta de mal comigo porque? porquee?!...

Nénem sem chupeta, romeu sem julieta, sou eu assim sem voce...
Carro sem estrada, queijo sem goiabada, sou eu assim sem voce...
Porque é que tem quer ser assim? Se o meu desejo não tem fim, eu te quero a todo o instante nem mil altifalantes vão poder falar por mim.

Eu não existo longe de voce e a solidão é o meu pior castigo,
eu conto as horas para poder te ver mas o relogio ta de mal comigo.

Eu não existo longe de voce e a solidão é o meu pior castigo,
eu conto as horas pra poder te ver mas o relogio ta de mal comigo.

quinta-feira, 21 de julho de 2005

Novo ataque em Londres

Os terroristas gostaram da brincadeira e resolveram atacar Londres outra vez. Desta vez, as bombas são mais pequenas, mas parece que já há mortos e feridos também. Será que isto nunca vai acabar?

quarta-feira, 20 de julho de 2005

"Cântico Negro"

Pois é, depois deste tempo todo, resolvi aproveitar uns diazinhos de férias antes do regresso a casa para voltar ao pasto. Um dia destes, eu e a minha irmazinha Li, após uma descida do Zêzere de kayak, resolvemos regressar aos nossos tempos áureos em que decorávamos e declamávamos poemas. Enquanto visitámos o Castelo de Almourol, íamos nós recitando poemas... Pois é, devem estar a pensar: "estas gajas não batem bem da tola!"... Pois não...
Um desse poemas, embora seja um pouco "negro", sempre me fascinou. E por isso, resolvi deixá-lo aqui...

"Vem por aqui - dizem-me alguns com olhos doces,
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: Vem por aqui!
Eu olho-os com olhos lassos
(Há nos meus olhos, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali....

A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém!
- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe.

Não, não vou por aí! Só vou por onde me levam meus próprios passos...

Se ao que busco saber nenhum de vós responde,
Porque me repetis: Vem por aqui?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...

Se vim ao mundo foi só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho de avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátrias, tendes tectos;
Tendes livros, e tratados, e filósofos e sábios.

Eu tenho a minha loucura!
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o diabo é que me guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah! Que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça defenições!
Ninguém me diga: Vem por aqui!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou.
Não sei para onde vou.
- Sei que não vou por aí!"

José Régio
(in "Poemas de Deus e do Diabo")

terça-feira, 19 de julho de 2005

Esta manada já tá toda de férias?

Dois meses depois, cá estou eu de novo para deixar a minha posta nesta casa. Com a anilha no dedo, a licença gozada e o trabalho em dia, parecem-me reunidas as condições para poder escrevinhar umas palavras a esta manada. Mas... Cadê ôces? Tá tudo de ferinhas é? Trocasteis os pastos verdejantes deste blogue pelas areia cinzenta de Porto Pim? Ou fosteis mesmo pastar para a Caldeira? E eu que pensava que a única desculpa aceitável era o excesso de trabalho! Deixem estar, que daqui a duas semanas já vos apanho! Mas, até lá... Bem, até lá, alguém tem de garantir uma boa posta de vez em quando, não é?

sexta-feira, 15 de julho de 2005

quarta-feira, 13 de julho de 2005

terça-feira, 12 de julho de 2005

Parabolescamente

Um dia, numa expedição, um cachorrinho começa a brincar entretido a caçar borboletas e quando se dá conta já está muito longe do grupo do safari. Nisto vê bem perto uma pantera a correr na sua direcção. Ao aperceber-se que a pantera o vai devorar, pensa rapidamente no que fazer. Vê uns ossos e um animal morto e põe-se a mordê-los. Entâo, quando a pantera está quase a atacá-lo, o cachorrinho diz: "Ah, estava deliciosa esta pantera que acabo de comer!"
A pantera pára bruscamente e desaparece apavorada pensando: "Que cachorro corajoso! Por pouco nao me comia também!"
Um macaco que estava numa árvore perto e que tinha assistido à cena, vai a correr atrás da pantera para lhe contar como foi enganada pelo cachorro. A pantera furiosa diz: "Maldito cachorro! Agora vamos ver quem come quem!" "Depressa!" - disse o macaco. "Vamos alcançá-lo."
O cachorrinho vê que a pantera vem de novo atrás dele com o macaco ás cavalitas e pensa... "O que faço agora?" O cachorrinho, em vez de fugir, senta-se de costas para a pantera como se não a visse e, quando esta está quase a atacá-lo, diz: "Raios partam o maldito macaco! Há meia hora que eu o mandei trazer-me outra pantera e ele ainda nao voltou!"

"Em momentos de crise, a imaginacao é mais importante que o conhecimento"
Albert Einstein

quinta-feira, 7 de julho de 2005

Londres - BOMBAS

Alguém tem noticias do pessoal de cá que está em Londres?
- Isabel;
- Irmão da Ilídia e família;
- Lara (filha da Fátima Feijõ)

Obrigado

quarta-feira, 6 de julho de 2005

Parabéns à Vera!

Parabéns Parabéns!!!!!!!
Ía-te ligar para conversarmos um bocadinho, mas fui visitar o Cowboy Rodrigo e vi lá post, como achei tão querido quis fazer o mesmo! Coisa feia a inveja :)
Amiga, espero que tenhas um dia de anos muito feliz e rodeada de montes de amigos. Bem sei que não será o mesmo sem mim (hihi), mas tenho a certeza que com essa boa disposição contagiante que te caracteriza, vai ser um dia em cheio!
Um beijinho muito grande meu e de toda a tua família adoptiva faialense.
Até breve Vera.

terça-feira, 5 de julho de 2005

Duck Pond

Uma rapariga que trabalha em PDL (não, não é o bar, é mesmo a cidade!) e é da Horta não faz outra coisa senão ir à marina porque apesar de não ter nada a ver com a nossa, sempre cheira um bocadinho a mar e tem-se a ilusão que alguns daqueles iates hão-de pertencer a estrangeiros que cruzam o Atlântico - passado algum tempo, a ilusão passa e percebe-se que, ao contrário da Horta, são iates dos locais que nunca deixam o seu local do pontão a não ser para irem à vizinha Santa Maria ( e é quando é, Yemanjá!).

Bom, mas voltando ao tema... Gostava imenso que me explicassem de quem terá sido a soberana ideia de dotar a marina de PDL com patos. Pois eles lá estão, passeando entre os veleiros, calmamente e sem atritos na sua vida pateira... ;)

Patos ficam bem bonitos num lago. Por exemplo, no lago da Universidade - na verdade é tipo tanque limoso e esverdeado, mas tem o pomposo nome de "lago", que é para não assustar as visitas nem os caloiros que lá vão tomar banhoca todos os santos meses de Outubro, olé!

Mas numa marina... Valha-nos D-us! Dificulta o trânsito das embarcações ( a não ser que ele seja totalmente inexistente, o que a julgar pela pacatez dos patos e pela ideia de quem lá os pôs não será de desprezar...) . Ao menos, respeitem os meninos da Escola de Vela. Isso, o Clube Naval de Pdl tem e merece respeitinho. E, já agora, respeitem os patos que não gostam de água salgada que eu saiba...

segunda-feira, 4 de julho de 2005

Voltei, voltei, voltei de lá...

Allo, Allo!!

Estou de volta gado amigo. Tenho andado a ler este tempo todo!!!! Agora já posso pastar as minhas barbaridades. Ai que bem que sabe voltar à nossa bela pastagem.

Por falar nisso, estou cheia de saudades das nossas vaquinhas lindas. Não vejo a hora de chegar ao nosso Faialzinho!!!!!! Este ano, estou com as minhas espectativas em alta. Só espero que o tempo colabore!

Por agora é só. Foi só para dar um ar da minha graça.

Beijos e abraços

Food for Thoughts

Sem politiquiçes, só para dar que pensar!

Portugal não se respeita
por Vasco Pulido Valente in Público


"Parece que Álvaro Cunhal foi uma figura "importante, "central", "ímpar" do século XX português. Muito bem. Estaline não foi uma figura "importante", "central", "ímpar" do século XX?
Parece que Álvaro Cunhal foi "determinado" e "coerente". Hitler não foi? Parece que Álvaro Cunhal era "desinteressado", "dedicado" e "espartano". Salazar não era? Parece que Álvaro Cunhal era "inteligente". Hitler e Salazar não eram? Parece que Álvaro Cunhal sofreu a prisão e o exílio. Lenine e Estaline não sofreram?
As virtudes pessoais de Álvaro Cunhal não estão em causa, como não estão as de Hitler, de Estaline, de Lenine ou de Salazar.
O que está em causa é o uso que ele fez dessas virtudes, nomeadamente o de promover e defender a vida inteira um regime abjecto e assassino. Álvaro Cunhal nunca por um instante estremeceu com os 20 milhões de mortos, que apuradamente custou o comunismo soviético, nem com a escravidão e o genocídio dos povos do império, nem sequer com a miséria indesculpável e visível do "sol da terra".
Para ele, o "ideal", a religião leninista e estalinista, justificava tudo.
Dizem também que o "grande resistente" Álvaro Cunhal contribuiu decisivamente para o "25 de Abril" e a democracia portuguesa.
Pese embora à tradição romântica da oposição, a resistência comunista, como a outra, em nada contribuiu para o fim da ditadura. A ditadura morreu em parte por si própria e em parte por efeito directo da guerra de África. Em França, a descolonização trouxe De Gaulle; aqui, desgraçadamente, o MFA. Só depois, como é clássico, Álvaro Cunhal aproveitou o vácuo do poder para a "sua" revolução. Com isso, ia provocando uma guerra civil e arrasou a economia (o que ainda hoje nos custa caro). Por causa do PREC, o país perdeu, pelo menos, 15 anos. Nenhum democrata lhe tem de agradecer coisa nenhuma.
Toda a gente sabe, ou devia saber, isto.
O extraordinário é que as televisões tratassem a morte de Cunhal como a de um benemérito da pátria. E o impensável é que o sr. Presidente da República, o sr. presidente da Assembleia da República, o sr. primeiro-ministro e dezenas de "notáveis" resolvessem homenagear Cunhal, em nome do Estado democrático, que ele sempre odiou e sempre se esforçou por destruir e perverter. A originalidade indígena, desta vez, passou os limites da decência.

Obviamente, Portugal não se respeita."

...

Isto não anda nada fácil para blogar. A ver se nos próximos dias sai qualquer coisa.
Abraços aos amigos do costume.